Pickleball desembarca em Gaspar

Thursday, 17 July 2025
Etapa Skechers da Liga Supremo reunirá mais de 250 atletas na mais moderna arena da modalidade no Brasil, oferecendo ainda diversas ativações ao público
Gaspar será a capital brasileira do pickleball entre os dias 18 e 20 de julho. Isso porque a cidade catarinense receberá mais de 250 atletas para a disputa da 6ª etapa da Liga Supremo, principal circuito profissional da América Latina. Modalidade que combina tênis, badminton e até tênis de mesa, o pickleball vem ganhando milhares de praticantes no país e reunirá neste final de semana os maiores atletas do continente, na Arena Gaspar (Rua Antonio Frederico Schramm, 268).
Com entrada gratuita, o evento em Gaspar vai muito além das competições esportivas. A organização promete realizar um festival com diversas atrações voltadas ao bem-estar: espaço para yoga, clínicas de diversas modalidades (pickleball, padel e beach tennis) e serviços de recovery. Para realizar estas ações e ainda receber os jogadores e o público nas melhores condições possíveis, a Liga Supremo promoveu uma reforma completa na Arena Gaspar, que agora se torna a mais moderna arena de pickleball do Brasil.
Com mais de 100 milhões de praticantes no mundo, sendo os Estados Unidos responsáveis por cerca de 40% deste total, o pickleball tem cerca de 30 mil atletas no Brasil e estimativas otimistas indicam que o país pode atingir a marca de 1 milhão de jogadores já nos próximos anos. Um dos segredos do sucesso está em seu caráter democrático e inclusivo, isto é, um esporte capaz de contemplar homens e mulheres de todas as idades.
Isso se deve à medida reduzida da quadra (13 metros de comprimento por 6m de largura), à menor velocidade dos golpes e à bola mais leve, feita de plástico e cheia de furinhos. Os jogadores são separados por uma rede e podem disputar partidas de simples e duplas, cujos sets vão até 15 pontos.
“O pickleball é um esporte que você aprende rápido a jogar, que em poucos minutos você já consegue bater bola. As partidas são de curta duração e ainda têm uma grande vantagem para quem está em uma faixa etária mais avançada, porque as quadras são menores e não exigem muito deslocamento, como no tênis”, explica Paulo Cantoli, CEO da Liga Supremo.
Em Gaspar, a Liga Supremo distribuirá R$30 mil em premiação aos atletas. As disputas profissionais vão reunir 64 jogadores, incluindo destaques internacionais, caso da venezuelana Muya Bresh, e os principais nomes do Brasil, como Eliza Ramos e Marcela Donatoni.
“O boom da modalidade aconteceu depois da pandemia da Covid-19, que foi quando eu comecei a jogar também. Primeiro como uma grande brincadeira, até porque antigamente nós jogávamos e não éramos remunerados, nem recebíamos premiação”, diz Marcela, 26 anos, que hoje se dedica exclusivamente ao esporte e, além da Liga Supremo, disputa a liga australiana.
Pioneirismo na América Latina
Em sua primeira temporada, a Liga tem como principal pilar a valorização dos atletas. Inspirado no modelo norte-americano, o evento distribui cerca de 40% das suas receitas para os competidores, o que, em poucos meses, já vem contribuindo para acelerar a profissionalização da modalidade no Brasil. Ao todo, a projeção é de mais de R$ 2 milhões em premiações ao longo das 12 etapas previstas para 2025.
“A Liga está um passo à frente: está estruturando o ambiente profissional antes mesmo de o mercado fazer isso por conta própria. Para isso, é fundamental valorizar os atletas, não somente por meio de premiações e salários, mas também entregando um evento com estrutura de padrão internacional e alto nível técnico”, disse Paulo Cantoli, CEO da Liga Supremo.
A popularidade do pickleball tem avançado em ritmo acelerado em todo o mundo. Nos Estados Unidos, é o esporte que mais cresce, chegando a mais de 300% nos últimos quatro anos. A modalidade já conta com quase 40 milhões de praticantes no país, incluindo grandes personalidades e atletas, como LeBron James, que recentemente adquiriu uma franquia da Major League Pickleball, Serena Williams, André Agassi, Tom Brady e Selena Gomez.
Com regras simples, raquetes leves e quadras menores, o esporte proporciona partidas dinâmicas e de baixo impacto, ideais para todas as idades — de crianças a idosos. Essa ergonomia reduz riscos de lesão e favorece uma prática mais prazerosa e segura.
A natureza inclusiva do esporte tem sido um dos principais vetores de sua expansão, promovendo socialização entre gerações e se adaptando tanto ao ambiente recreativo quanto ao competitivo.