Ministro dos Jogos de Tóquio visita instalações olímpicas no Rio
Foto: Rafael BraisTuesday, 16 January 2018
Rogério Sampaio, Henrique Pereira e o ministro japonês Shunichi Suzuki no LBCD.
O ministro japonês encarregado de organizar os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, Shunichi Suzuki, veio ao Rio de Janeiro para fazer um tour pelas instalações esportivas e de suporte aos Jogos Olímpicos de 2016. Na segunda-feira, (08.01), ele conheceu o Centro Integrado de Comando e Controle, órgão que centralizou as ações de segurança durante o megaevento, e fez um tour pelas instalações do Laboratório Brasileiro de Controle de Dopagem (LBCD). Nesta terça (09.01), viu de perto o Parque Olímpico da Barra e o programa de gestão do legado brasileiro.
No LBCD, a visita foi acompanhada pelo secretário Nacional de Alto Rendimento, Rogério Sampaio, e teve como objetivo conhecer a estrutura criada para os Jogos Rio 2016. Em pouco mais de uma hora, Suzuki assistiu a uma apresentação sobre a atuação do laboratório, os investimentos realizados e os profissionais envolvidos no controle de dopagem. Depois, o ministro conheceu a sala de equipamentos, um dos laboratórios de preparação de amostras e a recepção olímpica, espaço onde se concentravam vários funcionários durante os Jogos para otimizar e acelerar a liberação de resultados.
O LBCD é o principal instrumento da política do Estado brasileiro de combate à dopagem no esporte, implementada pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD). O Laboratório integra o Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec) do Instituto de Química da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), e atua em ensino, pesquisa e extensão. O Ladetec congrega vários outros laboratórios satélites.
Para o secretário Nacional de Alto Rendimento, Rogério Sampaio, é fundamental que o Brasil auxilie a próxima sede olímpica com a experiência construída durante a preparação dos Jogos Olímpicos. "Essa visita demonstra a importância do laboratório brasileiro e o respeito internacional por ele. É importante que o conhecimento adquirido seja transferido para a próxima sede olímpica. Fazer a análise de quase 6 mil amostras no período das competições é um grande desafio".
Capacitação
Sampaio reforçou que o trabalho desenvolvido pelo LBCD é uma das heranças da Rio 2016. "Demonstramos também que o LBCD segue funcionando em nível de excelência e se consolidando como um dos principais legados dos Jogos no Brasil. Além dos equipamentos, formamos uma equipe altamente capacitada", afirmou.
Shunichi Suzuki afirmou ter ficado bem impressionado com o LBCD e destacou o know how adquirido pelo Brasil nos últimos anos. "O Brasil sediou muitas competições internacionais e adquiriu conhecimento tanto na preparação de um laboratório antidopagem quanto na realização de grandes eventos", disse.
Suzuki destacou a importância de traçar desde já os planos para uso dos equipamentos esportivos em Tóquio após 2020. "Pela manhã estive em alguns equipamentos usados nos Jogos do Rio. O governo japonês está analisando possibilidades de uso das instalações no pós-Jogos e vai levar daqui do Brasil algumas experiências para implementar lá", afirmou.
Diretor do LBCD e responsável por apresentar a estrutura do laboratório à comitiva, Henrique Pereira enfatizou que, para a equipe dele, os Jogos foram apenas o ponto de partida. "Estamos vivendo o legado. O Laboratório e a Universidade se orgulham da forma como o investimento aqui tem sido aproveitado".
Para o diretor de Educação da ABCD, Sandro Teixeira, a importância da visita da comitiva japonesa é reafirmar para o Brasil e para o mundo o legado olímpico. "Tanto a ABCD como o Laboratório têm uma responsabilidade muito grande para com os próximos Jogos, em Tóquio. Esse legado criado aqui tem reverberado em todo o mundo", comentou. "A responsabilidade do Japão com os Jogos e a própria cultura japonesa em relação a sua maneira de agir mostra pra gente, numa visita dessas, o quão relevante somos e qual a importância do Brasil em relação a esse legado".
Investimentos
O Ministério do Esporte investiu R$ 61,3 milhões na Escola de Educação Física da UFRJ e R$ 163,7 milhões no LBCD. Os recursos foram aplicados em obras físicas, compra de novos equipamentos, de materiais, de insumos, de mobiliário e operação do Laboratório, além de atividades realizadas durante os Jogos Rio 2016.