Seis anos após polêmica política, NBA volta à China

Tuesday, 07 October 2025
Segundo estatísticas oficiais, país tem quase 125 milhões de pessoas jogando basquete, mas interrompeu transmissões de jogos da liga na televisão por vários meses.
A NBA retorna ao lucrativo mercado chinês nesta semana com dois jogos de pré-temporada depois de seis anos de ausência, após uma publicação no Twitter de um executivo da franquia que apoiava os protestos pró-democracia em Hong Kong. A segunda maior economia do mundo rompeu laços com a liga em 2019, após dirigentes da NBA apoiarem Daryl Morey, então gerente geral do Houston Rockets.
Morey publicou uma imagem na rede social X, então Twitter, com o slogan "Fight for Freedom, Stand with Hong Kong" ("Lute pela Liberdade, Apoie Hong Kong"), no auge dos protestos pró-democracia no centro financeiro chinês. O chefe da NBA, Adam Silver, justificou sua posição, lembrando que um dos valores defendidos pela NBA por vários anos foi o apoio à liberdade de expressão.
A China, onde, segundo estatísticas oficiais, quase 125 milhões de pessoas jogam basquete, interrompeu as transmissões dos jogos da NBA na televisão por vários meses devido a essa controvérsia. Isso causou uma perda significativa de receita para a liga, estimada pelo comissário da NBA, Adam Silver, em "várias centenas de milhões de dólares".
"Seguimos o conselho do Departamento de Estado dos Estados Unidos em todos os lugares em que interagimos com nossos fãs ao redor do mundo, incluindo a China e mais de 200 outros países e territórios", acrescentou Mark Tatum, vice-presidente e diretor de operações da NBA, em resposta por escrito à AFP esta semana.