A praia e a natação: os riscos de uma criança não saber nadar
Foto: DivulgaçãoMonday, 16 July 2018
Segundo a UNICEF, o afogamento ainda é responsável por meio milhão de mortes por ano, em todo o mundo, continuando a ser a segunda causa de morte acidental nas crianças, apenas ultrapassada pelos acidentes rodoviários.
O fato de a criança não saber nadar é um dos fatores para que este acidente seja mortal. Uma das recomendações da APSI (Associação para a Promoção da Segurança Infantil) para o Governo é que as escolas introduzam um programa de aulas de natação.
A natação para bebés já é recomendada a partir dos três meses, desde que existam condições adequadas para a sua prática. Este contato antecipado com a água, vai permitir ao bebé ter a vontade, conseguindo também precaver alguns dos comportamentos fóbicos que se adquirem posteriormente, tornando a água um meio cada vez mais natural e de contentamento para se estar.
Depois desta fase, de criar uma relação mais natural com o meio, é instintivo que a fase seguinte de AMA (Adaptação ao Meio Aquático) seja mais espontânea e enriquecedora. Aqui, a criança começa a ter um contato com a água de maneira mais metodológica, e aprende a adquirir competências de sobrevivência em determinadas situações, sobretudo quando depende só dele, sem ajuda de materiais para se deslocar na água.
É nesta fase que se introduzem algumas das bases fundamentais para uma melhor adaptação ao meio aquático e também para o ensino das técnicas de nado, sendo elas: a flutuação (dorsal e ventral), batimentos de pernas e a respiração com imersão do rosto na água. Sem dúvida que a aquisição progressiva destas competências vão dar confiança para que a criança consiga deslocar-se e manter-se à superfície da água.
É essencial nesta fase que a criança aprenda a respeitar e a conhecer alguns perigos que o meio apresenta, quer seja em piscina ou mar, permitindo um controle maior por parte da criança no meio e perto dele.
Daí para a frente a evolução tende a ser também técnica, seguindo uma linha metodológica que permite à criança/jovem ter um conhecimento mais aprofundado dos diferentes estilos (crol, costas, mariposa e bruços).
O desconhecimento do meio, e o fato da criança não ter competências básicas de natação, aumenta muito o risco de acontecerem incidentes no meio aquático.
A natação, e tudo o que a sua aprendizagem envolve, é uma excelente base para a prevenção de riscos ligados ao meio aquático.