Malhadinho luta por cinturão do Thunder de olho no UFC
Foto: DivulgaçãoThursday, 18 February 2021
Lutador baiano de 29 anos enfrenta Edvaldo Gameth pelo cinturão meio-pesado.
Jailton Malhadinho tenta no próximo domingo emendar sua oitava vitória seguida no MMA, e de quebra pode levar o cinturão meio-pesado (até 93kg) do Thunder Fight, em São Paulo. Mas o objetivo está além: enfim assinar contrato com o UFC. No meio do caminho estará o experiente Edvaldo Gameth, 44 anos, atual dono do cinturão.
- Já tenho sete vitorias consecutivas, e quase lutei na Ilha (da Luta, em Abu Dhabi). Não lutei por alguns detalhes. O que falta agora é só o matchmaker do UFC me mandar o contrato para assinar. Acho que depois dessa luta contra Gameth não tem para onde correr - disse o lutador baiano, de 29 anos, ao Combate.
A luta com Gameth custou para acontecer, segundo Malhadinho. Ele acredita que o adversário colocou alguns empecilhos para fechar o duelo. O Thunder chegou a querer casar a luta em 2020, mas o lutador paulista teria exigido que Malhadinho fizesse uma luta antes, e o baiano finalizou o ex-UFC Ildemar Marajó em outubro.
- No mesmo dia (da vitória contra Marajó), ele estava no evento e falou que lutava comigo. Quando foram fechar, disse que queria mais dinheiro, que sou um cara muito jovem e ele é experiente, dono do cinturão. Ficou naquele impasse a acabou não acontecendo. Em dezembro, meu empresário disse que tinha fechado, e falei: “Ele aceitou? Mas será que vai correr? Será que na semana da luta ele vai correr?". Graças a Deus fechou e está caminhando tudo certinho.
Malhadinho é dono hoje de um cartel com 12 vitórias e duas derrotas. Já Gameth tem 37 vitórias e 29 derrotas. O lutador baiano prevê um jogo parecido como fez com Ildemar, quando o finalizou no primeiro round com um katagatame.
- Vou tentar trocar um pouco em cima com ele, se ver que está fácil em cima, continuo, mas se tiver um pouco complicado coloco para baixo e faço o meu jogo. Faço como fiz com Marajó, e tentar acabar a luta rapidamente para comemorar.
A expectativa de Malhadinho é grande para somar mais uma vitória e provar mais uma vez que o UFC é o seu lugar. No mês passado, ele acompanhou o peso-pesado Carlos Boi, seu companheiro na equipe Life, em Feira de Santana-BA, em sua luta em Abu Dhabi. Segundo ele mesmo contou, foi de “arrepiar”.
- Experiência única. Nunca tive uma recepção tão maravilhosa, e fui como córner de Boi. A organização do UFC é perfeita, tudo no horário certinho. É uma experiência que quero ter e vou ter, com fé em Deus vou fazer parte do time brasileiro do UFC. Quando cheguei na arena me arrepiei todo, fiquei todo me tremendo. Falei: "Léo (Pateira, empresário), se já queria participar disso aqui, agora que quero mesmo!".
Nessa mesma ocasião em que Boi venceu Justin Tafa, no primeiro card de 2021, Malhadinho estava na expectativa de lutar quatro dias depois, quando o UFC faria outro card na Ilha da Luta. Ele esperava que Vinícius Mamute pudesse ser retirado da luta com Ike Villanueva.
- Mamute tomou alguma medicação e a USADA notificou, e (Tiago) Okamura achou que ele seria tirado da luta. Mas o matchmaker disse que ele só foi advertido - disse o lutador, que também faz parte da equipe Galpão da Luta, em Salvador.
A previsão hoje é entrar na categoria até 120kg, maior que os 93kg do meio-pesado em que atua hoje. E se surgiu uma proposta de luta com o amigo Carlos Boi?
- Já falei com ele que se um dia o matchmaker quiser nossa luta, eu não aceitaria. A gente é parceiro de equipe, é irmão, então a gente não luta - completou.