Rivaldo e Ronaldo comentam sobre o trabalho de Tite na Seleção
Foto: DivulgaçãoTuesday, 14 June 2022
Dia de Jogo é um novo programa sobre esporte apresentado por Tiago Leifert.
Na segunda parte da série de entrevistas de Rivaldo e Ronaldo Nazário para o programa Dia de Jogo Betfair, os ídolos na Seleção Brasileira, discutiram alguns assuntos sobre a conquista do penta que completará 20 anos no dia 30 de junho. Os ídolos também comentaram sobre a importância do trabalho do Tite conduzindo a Seleção Brasileira na Copa do Catar e as mudanças no futebol nesse período. Confira os melhores momentos do bate papo.
Conduzido por Tiago Leifert, a entrevista começa com a opinião dos ex-jogadores sobre quem deverá ser o artilheiro da Copa. Ronaldo, artilheiro do mundial de 2002 com sete gols afirmou: “Depende da seleção que for mais longe na copa terá mais chance de ter o artilheiro. A quantidade de jogos influi para saber quem será o artilheiro da Copa do Mundo. No nosso caso, eu e Rivaldo disputamos a artilharia em 2002, acabei eu sendo o artilheiro, e o Rivaldo fazendo uma copa espetacular marcando gols decisivos. Era importante a nossa contribuição dentro de campo para chegarmos na final, marcando gols.”
Para a dupla pentacampeã, no primeiro episódio da série, os craques citaram que a Seleção Brasileira chega ao Mundial com grandes chances, disputando o favoritismo ao lado de França e Espanha.
Leifert questionou Rivaldo sobre o faro de gol na campanha do Penta e dos notáveis gols marcados durante sua carreira no Barcelona. Para o craque, substituir Ronaldo no Barcelona fez Rivaldo mudar um pouco sua função dentro de campo. “Eu aprendi a fazer gols. Eu era um jogador meia, que dava mais assistências, aí o Ronaldo me deixou numa situação difícil (risos). Eu acabei indo pro Barcelona para ser o substituto dele, que havia se transferido para a Inter de Milão.”
“Eu falava: - não sou igual ao Ronaldo, sou meio campista. Aí as coisas começaram a sair bem diferentes do que eu estava acostumado, e eu me acostumei a fazer gols. Acho que o Ronaldo teve grande participação nisso, pela saída dele, comecei a fazer gols pelo Barça e tive a oportunidade de fazer gols na seleção, sendo vice-artilheiro no Mundial em 2002”, complementa Rivaldo.
Ronaldo comentou sobre as mudanças no período de preparação para uma Copa do Mundo. “Eu lembro que em 1994, ficamos praticamente treinando por três meses. É muito desgastante fisicamente e mentalmente, e o futebol teve uma evolução na preparação física muito grande. Os clubes e as seleções hoje treinam muito melhor, sendo mais eficientes. Falo da parte física, sobre a parte técnica e tática, precisa-se de um tempo, mas 50 dias não teremos mais esse período tão longo de preparação.”
Os veteranos da Seleção Brasileira também opinaram sobre a importância do técnico Tite que está no comando da verde e amarela. Rivaldo comentou que o tempo do treinador no cargo será fundamental para um bom desempenho da seleção no Catar. “O entrosamento do time ajuda muito o grupo, vejo muita gente criticando o treinador que poderia convocar outro jogador, porém ele já tem praticamente um grupo fechado de sua confiança dele, que é muito importante, eu acredito que ele está muito confiante para esta Copa do Mundo, ele vem de um Mundial em 2018 onde foi eliminado pela Bélgica, e com certeza ele vai querer dar a volta por cima com os jogadores que ele está levando,que são de confiança. O tempo ajuda muito.”
Ronaldo fala sobre a pressão em cima do treinador para a convocação de atletas que estão despontando neste período pré-Copa do Mundo. “Não podemos esquecer que somos um país de 200 milhões de treinadores. Principalmente chegando mais próximo da Copa, há um apelo por um jogador ou outro, principalmente que está no Brasil se destacando, a concorrência é muito dura.”
Bi-campeão mundial com a Seleção Brasileira de 1994 e 2002, Ronaldo se mostra confiante com o trabalho do treinador que finaliza seu ciclo na Seleção Brasileira após o mundial no Catar. “Acho que o Tite tem à disposição os melhores jogadores e acredito que seja um trabalho muito difícil selecionar os 25 jogadores para uma Copa do Mundo”, finaliza R9.
“Se voltamos lá atrás em 2002, o Ronaldo foi para o Mundial se recuperando de lesão e eu também estava no processo final de uma lesão. Muito se falava que nós não tínhamos condição para a Copa do Mundo, e o Felipão acabou apostando no Ronaldo e no Rivaldo, e as coisas saíram muito bem”, afirmou Rivaldo ao programa Dia de Jogo.