Brasil tem campanha 100% no Grand Prix Internacional de Boxe
Foto: DivulgaçãoThursday, 21 July 2022
Competição realizada na área interna do velódromo do Parque Olímpico da Barra reuniu atletas de México, Argentina, Equador, Panamá, Colômbia e Paraguai.
A equipe olímpica de boxe do Brasil não deu brecha para os adversários e conquistou o cinturão em todas as categorias com representantes nacionais na primeira edição do Grand Prix Internacional de Boxe. O evento foi disputado numa estrutura montada no vão interno do velódromo do Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, e terminou na noite deste domingo, 17.07.
Foram três dias em que houve mais de 60 lutas entre atletas de Brasil, México, Argentina, Equador, Panamá, Colômbia e Paraguai. A competição marcou a entrada do Brasil no circuito internacional de eventos do boxe olímpico.
Bia Ferreira, que tem no currículo um título mundial, um vice e uma medalha de prata olímpica (conquistada nos Jogos de Tóquio, em 2021) foi um dos destaques da delegação. No último dia de competições, ela superou a argentina Viviana Pelavecino por decisão unânime dos árbitros e levou o cinturão na categoria -70kg.
Medalhista de bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Abner Teixeira superou o mexicano Javier Cruz em sua última luta em decisão unânime e ficou com o título na categoria +92kg. Campeão dos Jogos Olímpicos da Juventude em 2018 e vice-campeão mundial adulto em 2022, Keno Machado foi outro destaque da delegação ao superar o mexicano Carlos Rodrigues e ficar com o título na categoria até 92kg.
Antes do Grand Prix, que reuniu 52 atletas em 13 categorias de peso, a mesma estrutura no Velódromo recebeu o Campeonato Brasileiro de Boxe, que teve 173 atletas entre os dias 4 e 10 de julho. Os dois eventos foram garantidos por meio de um Termo de Fomento entre a Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania e a Confederação Brasileira de Boxe.
O investimento de R$ 2,5 milhões supriu despesas com recursos humanos, hospedagem e alimentação (de atletas, comissão técnica e dirigentes), transporte de equipamentos, locação de tendas, execução e montagem de cenografia, serviços operacionais, infraestrutura elétrica e de tecnologia, além de uniformes e premiações. Como o acesso foi público e gratuito, a organização também precisou garantir brigadistas, segurança e limpeza.
Geração vitoriosa
Na história olímpica, a primeira conquista brasileira no boxe foi registrada nos Jogos de 1968, na Cidade do México. Lá, Servílio de Oliveira foi bronze na categoria -51kg. Depois disso, foram 44 anos de jejum, até a edição de 2012. Em Londres, o Brasil subiu três vezes ao pódio: com os irmãos Esquiva Falcão (prata na categoria -75kg) e Yamaguchi Falcão (bronze na categoria -81kg), e com a primeira medalha feminina, de Adriana Araújo, bronze na categoria -61kg.
Em casa, nos Jogos Rio 2016, veio o primeiro ouro da história olímpica do Brasil no boxe, nos punhos de Robson Conceição, campeão na categoria -60kg. Já no Japão, o país seguiu o ciclo de grandes participações. O país foi campeão olímpico com Hebert Conceição (-75kg), vice-campeão com a campeã mundial Bia Ferreira (-60kg) e terceiro com Abner Ferreira (-91kg).