Todos sabiam que o jogo de ontem seria um dos mais difíceis da primeira fase. A esperança pelo lado do Clube Atlético Metropolitano era contar com o desgaste físico da Chapecoense, que mal conseguiu se reerguer depois da tragédia do ano passado ao se ver acumulando o Catarinense com essa tabela impensada e inconsequente da Primeira Liga.

E se não bastasse, a chuva não teve piedade dos atletas e torcedores que estiveram na Arena Condá nesta quarta-feira (22/02) em Chapecó. Já com poucos minutos de bola rolando eram nítidas as várias poças d’água espalhadas pelo gramado. Elas atrapalharam as duas equipes, mas fizeram a diferença a favor do time da casa.

Foram os mandantes que tomaram as primeiras ações de ataque, mas o Metrô quase abriu o placar na sobra emendada por Paulo Victor aos 12 minutos do primeiro tempo. O gol teria vindo logo na sequencia, mas o acúmulo de água atrapalhou duas vezes o mesmo lance. Primeiro quando a bola parou e enganou o goleiro Artur Moraes. A jogada ficou de graça para Sabiá, que tocou por cima do defensor, mas o lance parou na poça e a bola que tinha endereço certo não entrou.

Aos 21’ novamente as duas equipes foram prejudicadas pela chuva quando a zaga da Chape bateu cabeça e praticamente deixou de graça para Maranhão, que não conseguiu acertar o gol. A solução então foi apostar em jogadas aéreas e em chutes de longa distância, mas a primeira etapa terminou em 0x0.

Na volta do intervalo, mais lances bizarros.

E um deles inclusive resultou no gol da Chapecoense.

Na cobrança de escanteio aos cinco minutos, Túlio de Melo desviou de cabeça pra cima e Ricardo Vilar tentou tirar a bola com um soco. O destino da redonda infelizmente foi o fundo das redes e o árbitro marcou gol contra do goleiro: 1x0 para o time da casa. Vilar reclamou de falta e o Metropolitano reclamou muito com o juiz, que se defendeu com seus cartões em mãos.

Aos 10’, o Verdão do Oeste acertou a trave e Rossi conseguiu perder o rebote dentro da pequena área. Cesar Paulista tentou mexer no time, mas viu os adversários aumentarem o marcador aos 22 minutos. Em um cruzamento rasteiro, Niltinho completou para a meta e fez 2x0.

Quando a partida parecia morna, a Chape deu o golpe final e marcou mais duas vezes para transformar o duelo em goleada. Aos 40’ Luiz Antonio contou com a grama molhada para ampliar em uma falta que enganou Vilar em seu trajeto. E no minuto seguinte, uma bola roubada no meio campo resultou no quarto gol, anotado por Niltinho.

A goleada tira de vez o Metropolitano da briga pelo primeiro turno a duas rodadas do fim. O time terá a chance de se preparar para o returno nesses jogos que faltam e a diretoria precisa abrir o olho e aceitar que o time não morreu ainda. Existe uma Série C pela frente e se nada for feito para elevar o ânimo e a qualidade desse grupo, ela possivelmente será a última em  que participaremos num futuro próximo.

No clássico verde de Santa Catarina, venceu o time que jogou de branco.

Pena que dessa vez, quem jogou com o segundo uniforme foram os donos da casa.

Ficha técnica:

Chapecoense 4x0 Metropolitano 
Data: 22/02 (quarta-feira)
Horário: 21h45’
Local: Arena Condá
Público: não divulgado
Renda: não divulgada
Arbitragem: Fernando Henrique Medeiros Miranda auxiliado por Kleber Lúcio Gil e Henrique Neu Ribeiro
Chapecoense: Artur Moraes; Diego Renan, Grolli, Natan e Reinaldo; Amaral, Andrei Girotto (Luiz Antônio) e Dodô (Nenén); Rossi, Niltinho e Túlio de Melo. Técnico: Vagner Mancini
Metropolitano: Vilar; Maranhão, Willian Rodrigues, Élton e Juninho; Valkenedy (Rodolfo), Max Carrasco, Elber (Jean Moser) e Mazinho; Paulo Victor e Sabiá. Técnico: Cesar Paulista
Cartões amarelos: Grolli (CHA), Andrei Girotto (CHA), Juninho (MET), Rossi (CHA) e Mazinho (MET)
Gol: Vilar (MET), Luiz Antonio e duas vezes Niltinho (CHA)