A cada minuto que passava, os torcedores tinham aquela certeza. Era noite de fazer história. Brusque e Corinthians entraram em campo no Estádio Augusto Bauer com transmissão na TV para quase todo o país nesta quarta-feira (01/03) pela segunda fase da Copa do Brasil. E o que previamente se indicava como uma partida supostamente controlável pelo Corinthians foi se mostrando um jogo diferente, bastante equilibrado.

O primeiro tempo teve chances de relativo perigo para ambas as equipes, que basicamente arriscavam chutes de longa distância. No segundo tempo, o cenário não mudou tanto, mas o time da casa se viu prejudicado quando Belusso ficou na cara do gol e foi derrubado em um carrinho por trás por Pablo. A falta foi nítida e milimetricamente fora da área, mas nove entre dez árbitros provavelmente marcariam pênalti. Não foi o caso de Pericles Cortez.

A etapa final ainda ficou marcada por lances arriscados da zaga do Brusque que eventualmente terminavam em lances de perigo para o Corinthians. Faltando alguns minutos, o meio-campista Jadson reestreou na equipe paulista e por pouco não foi o protagonista negativo dos alvinegros no torneio. Os visitantes tiveram chances de abrir o placar no final do jogo, mas o time da casa também se arriscava na frente.

O zero a zero seguiu até o final e a decisão da vaga foi para os pênaltis.

Belusso fez 1x0 para o Brusque e Jadson, em seu primeiro lance capital, desperdiçou a cobrança. Os jogadores foram marcando nas penalidades seguintes até começar a quinta série de chutes. João Carlos teve a chance de classificar o Brusque, mas a pancada do lateral acertou o travessão.

Com 4x4 no placar, tudo estava empatado e os mandantes ainda poderiam sair classificados se Rodolpho evitasse o gol de Jô. E foi por pouco, mas a bola entrou. Quando começaram as alternadas, o Brusque já perdeu seu chute com o experiente Carlos Alberto e Romero colocou fim ao sonho catarinense de eliminar um dos gigantes do futebol brasileiro na competição nacional.

Aqui em Blumenau estamos longe de reviver isso com o Metropolitano, mas os mais saudosistas lembram das inesquecíveis partidas entre BEC e Flamengo pelo mesmo torneio em 1989.

O futebol em SC tem mostrado que, ultimamente, o mínimo de esforço e de planejamento sério pode colocar uma equipe em evidência por diversos motivos, que constantemente ignoramos. Antes do exemplo da Chapecoense, tivemos as conquistas do Criciúma. Itajaí não está longe de, assim como Florianópolis, colocar dois times de sua cidade na primeira divisão do estado. O Brusque, que sempre teve seu elenco nivelado com o do Metrô, é vice-líder do Catarinense e por muito pouco não escreveu um marco nos anais de sua história.

Se a sorte tivesse outro lado nas partidas de ontem, Brusque e Avaí poderiam se enfrentar na fase seguinte, mas os dois estão eliminados. 

O Avaí recebeu o Luverdense em Florianópolis e também perdeu nos pênaltis depois de sofrer para empatar o duelo que saiu perdendo por 1x0.

Santa Catarina segue representada agora apenas por Criciúma e Joinville, que venceram seus compromissos antes do Carnaval e agora encaram Fluminense e Gurupi respectivamente.

Por aqui, continuamos torcendo pelo time de nossa cidade.

Ainda esperamos que por títulos e não para que não caia.