John Mueller recebe o Prêmio Grão de Música hoje

John Mueller recebe o Prêmio Grão de Música hoje
Foto: Divulgação

Saturday, 19 October 2019

Ele vai receber o troféu assinado e entregue por Elifas Andreato, em noite aberta ao público e com shows.

No dia 19 de outubro, sábado, acontece a entrega do Prêmio Grão de Música aos artistas já contemplados nesta  6ª edição. A cerimônia, aberta ao público, será na Sala Olido no Centro de São Paulo. Três dos artistas premiados fazem show: Geovana (RJ), Márcia Tauil (MG) e Mateus Sartori (SP).

A noite marca a premiação com a estatueta em bronze criada por Elifas Andreato, com apresentação do próprio Elifas ao lado de Claudinha Alexandre.  

A quantidade de artistas que se formam e se espalham pelo Brasil é imensurável, parte deles pode  inclusive nunca chegar ao conhecimento do grande público. Revelar ou destacar obras e trajetórias artísticas relevantes é o foco principal do Prêmio Grão de Música, em meio a este rico cenário em todos os cantos do país.

Compositores, compositoras e intérpretes, de diferentes gerações, selecionados pela curadoria do PGM pelo conjunto de sua obra, abrangendo gêneros e estilos diversos e que têm, como fator comum, a canção em sua trajetória. Os 15 artistas premiados em 2019 representam onze dos estados brasileiros. São eles:

  • Alessandra Leão (PE) 
  • Bia Bedran (RJ)
  • Eliakin Rufino (RR) 
  • Filpo Ribeiro (SP)
  • Geovana (RJ) 
  • Gildomar Marinho (MA)
  • John Mueller (SC)
  • Josyara (BA)
  • Lucilene Castro (AM)
  • Márcia Tauil (MG)
  • Marlui Miranda (CE)
  • Mateus Sartori (SP)
  • Rolando Boldrin (SP)
  • Sabah Moraes (PA)
  • Wilson Dias (MG)

Os premiados e premiadas são reunidos em um disco coletânea, produzido pelo Prêmio Grão de Música em cada edição, com o registro de uma música.  O disco Grão de Música 2019 em CD tem distribuição gratuita e a versão digital fica disponível no site (http://premiograodemusica.com.br )

"Uma premiação tem sua própria dinâmica e tempo. O PGM nasceu da percepção de que precisamos criar, de novo, espaços para a canção brasileira existir e se expressar, no sentido de ser promovida mesmo, pelo conteúdo e pela relevância que tem. Mas sabemos que ainda somos a flecha e não o alvo, citando Roberto Tranjan, membro da nossa equipe.", compartilha a idealizadora Socorro Lira.

A curadoria do Prêmio Grão de Música é feita por uma equipe central e pelas curadorias regionais espalhadas pelo Brasil. A escolha dos premiados e premiadas segue, a rigor, as diretrizes da premiação: obra e trajetória artística são os principais critérios avaliados. 

Ampliar o olhar para tentar visualizar um mapa cada vez mais claro da música brasileira será sempre a busca do Prêmio, um compromisso com este significativo garimpo sonoro.

E pelo sexto ano, o Prêmio Grão de Música celebra talentos e a riqueza da canção brasileira. Venha brindar este amor pela música!

SERVIÇO

Cerimônia 6º Prêmio Grão de Música
Shows de Geovana, Márcia Tauil e Mateus Sartori
Data: 19/10/2019 (sábado)
Horário: 19h   (a partir das 18h, recepção ao público e artistas no foyer)
Local: Sala Olido (Centro Cultural Olido)
Endereço: Av. São João, 473 - Centro de São Paulo
Telefone: (11) 2899-7370
Classificação: Livre
Capacidade: 297 lugares
Ingressos: Entrada Gratuita (distribuição de senhas a partir das 14h) 

Patrocínio: Metanoia - Propósito nos negócios e editora Palavra Acesa
Apoio: Secretaria Municipal de Cultura

Faixa a faixa da Coletânea GRÃO DE MÚSICA 2019:

  1. Boi Brasil - Wilson Dias (de Wilson Dias e João Evangelista Rodrigues)
  2. A Voz do Brasil - Eliakin Rufino (de Eliakin Rufino)
  3. Atabaque das Antilhas - Geovana (de Geovana)
  4. Rota de Colisão - Josyara (de Josyara)
  5. A Demão - Mateus Sartori (de Meyson)
  6. Rio Araguaia - Marlui Miranda (de Marlui Miranda e Ana Miranda)
  7. Eu, a Viola e Deus - Rolando Boldrin (de Rolando Boldrin)
  8. Valsa da Saudade - Sabah Moraes (de Ney Couteiro e Carlos Brandão)
  9. Bagunça no Balaio - Márcia Tauil (de Márcia Tauil e Melissa Mundim)
  10. Barrar do Dia -  Filpo Ribeiro (de Filpo Ribeiro e Vlad)
  11. Boa Hora - Alessandra Leão (de Alessandra Leão e Juliano Holanda)
  12. Alegoria de Saudade - Gildomar Marinho (de Gildomar Marinho)
  13. Choro do Céu - Bia Bedran (de Bia Bedran)
  14. Yurupixuna - Lucilene Castro (Domínio Público)
  15. Maré Rasa (Canção de Partida) - John Mueller (de John Mueller e Gregory Haertel) 

* Entre parênteses estão considerados os autores da composição.

> Ouça online: http://premiograodemusica.com.br/premio-grao-de-musica-vii-2019

SINOPSES SOBRE OS PREMIADOS 2019 

Alessandra Leão (PE)

A cantora, percussionista e compositora pernambucana, que reside atualmente em São Paulo, foi uma das integrantes/fundadoras da banda Comadre Fulozinha. Alessandra já atuou ao lado de músicos como Antônio Nóbrega, Siba, Juçara Marçal, Guilherme Kastrup, Tulipa Ruiz, Jorge Du Peixe (Nação Zumbi), Anelis Assumpção, e tem parcerias com Chico César, Kiko Dinucci, Juliano Holanda e Lívia Mattos. Sua carreira inclui apresentações na Europa, na América Latina e na América do Norte.
A artista está lançando agora seu novo álbum, "Macumbas e Catimbós", com repertório que dialoga com rituais de candomblé, umbanda e jurema.

Bia Bedran (RJ)

A carioca, nascida em Niterói, é cantora, compositora, atriz, escritora e educadora musical. Bia Bedran foi integrante do Quintal Teatro Infantil e é uma das fundadoras do Bloco da Palhoça, grupo que mescla composições autorais com uma profunda pesquisa de ritmos e gêneros musicais brasileiros. Em carreira solo, gravou 10 discos, 2 DVDs, escreveu e montou espetáculos premiados pela crítica e é autora de 14 livros infantis. Foi a apresentadora do programa Canta Conto (TVE RJ) e participou do Lá Vem História ( TV Cultura SP). Há 30 anos, a artista viaja pelo Brasil apresentando shows com músicas, histórias, além de ministrar oficinas de música e de formação de contadores de histórias.

Eliakin Rufino (RR)

Na tríplice fronteira Brasil, Venezuela e Guiana Inglesa, o compositor, cantor e poeta roraimense Eliakin Rufino desenvolveu uma poética própria, intuitiva e filosófica. Também é professor de filosofia, produtor cultural e jornalista. Em 35 anos de carreira, já publicou 11 livros com seus poemas e lançou 5 discos com suas composições. Seu trabalho musical autoral é marcado pela diversidade rítmica e pluralidade temática ao cantar o cotidiano amazônico. Seu último disco, DIZ, tem ambiência sonora da paisagem tecnológica da floresta amazônica criada por Ben Charles, músico e produtor de Roraima. Eliakin apresenta em seus shows não só a sua música, mas também a poesia falada.

Filpo Ribeiro (SP)

O músico paulista atua com o projeto Filpo Ribeiro e a Feira do Rolo, que surgiu para dar continuidade à sua pesquisa sobre a rabeca, processo iniciado com o grupo Pé de Mulambo (2007-2014). A formação musical de Filpo traz sobretudo ritmos nordestinos como forró, coco, o repertório das bandas de pífano, samba de roda e outros ligados à cultura caipira e caiçara do sudeste como o fandango, reiada (folia de reis), romaria do divino e lundus do norte mineiro. Em 2018, Filpo fez uma série de apresentações, gravações e oficinas no Japão, solo e ao lado do maestro Michio O'Hara (cravo).

O último disco intitulado Contos de beira d’água traz o músico cantando, tocando rabeca, viola de 10 cordas, marimbau, pífano, violão e guitarra.

Geovana (RJ)

Sambista, compositora e cantora, Geovana nasceu no Morro da Rocinha, no Rio de Janeiro, mas atualmente reside em São Paulo. A sambista participou de importantes movimentos da música popular brasileira e conviveu com figuras como Pixinguinha, Elis Regina e João da Baiana. Seu primeiro disco solo Quem Tem Carinho Me Leva lhe rendeu o rótulo que a marcaria por toda carreira: "Deusa Negra do Samba-Rock". Com mais de 300 composições e autora de grandes sambas da década de 70, Geovana tem músicas interpretadas por nomes como Clara Nunes, Martinho da Vila, Jair Rodrigues e o grupo Fundo de Quintal. A cantora está produzindo atualmente seu novo disco chamado “Brilha Sol”.

Gildomar Marinho (MA)

O cantor e compositor maranhense iniciou sua carreira artística nos movimentos sociais e sindicais na década de 80. Seu trabalho de estreia foi o disco Olho de Boi (2009), logo depois mudou para Fortaleza.

Atualmente está em processo de produção para lançamento do seu quarto e quinto disco. Mar do Gil, com canções que remetem às origens do artista no Rio Pindaré, no Maranhão e suas incursões pelos palcos e ruas do Brasil e o Porta Sentidos, com participação de artistas da cena musical cearense como Marcelo Renegado, Edmar Gonçalves, Cyda Olímpio e Fabíola Líper.

John Mueller (SC)

Cantor e compositor, o músico nascido em Blumenau, já participou de diversos festivais de música nacionais e internacionais. Seu segundo e mais recente álbum, Na Linha Torta, traz participações especiais de Guinga, Cristovão Bastos, Ana Paula da Silva, Fabi Félix e Bruno Moritz. John também é vencedor na categoria Melhor Cantor, do Prêmio da Música Catarinense de 2018. 

Josyara (BA)

Cantora, compositora e instrumentista de Juazeiro, interior da Bahia, mas radicada há quatro anos em São Paulo, Josyara traz em suas composições um olhar sobre seu cotidiano e sua história. 

A artista lançou recentemente seu segundo disco, intitulado Mansa Fúria, com músicas de sua autoria, além de parceria com a cantora paraense Luê. Neste último trabalho, o ritmo habitual de seu violão encontra a experimentação eletrônica. 

Lucilene Castro (AM)

Com uma trajetória de 25 anos dedicados à música popular, a cantora amazonense possui 8 discos gravados, além das participações em diversas coletâneas e musicais. Além da carreira solo, desenvolve o projeto Elas Cantam Samba, onde divide palco com algumas cantoras amazonenses, já gravado em CD e DVD. Versátil, a artista passeia por vários estilos musicais, do boi-bumbá ao samba. 

Márcia Tauil (MG)

A cantora, compositora e professora de canto é mineira de Guaxupé, mas está atualmente radicada em Brasília. Sua voz elogiada por Roberto Menescal, com quem fez shows por todo o país, já foi também considerada uma das mais afinadas da MPB. Em 2018, completou 20 anos de carreira, contemplada com diversas premiações, entre estas como melhor intérprete. A cidade de Mococa criou um troféu com seu nome para a premiação do festival promovido pela prefeitura local. Márcia está lançando o álbum Melhor Agora, trabalho conjunto com a poetisa de Belo Horizonte, Melissa Mundim, onde canta poemas da autora. 

Marlui Miranda (CE)

A cantora, compositora e pesquisadora é uma referência internacional da música indígena do Brasil, vive em São Paulo, mas é natural de Fortaleza (CE). Marlui trabalha com tradições musicais dos povos da Amazônia desde 1974, difundindo-a no Brasil e no exterior. Foi vencedora no 26º Prêmio da Música Brasileira como Melhor Cantora na Categoria Regional.

Mateus Sartori (SP)

O cantor nascido em Franca (SP), reside em Mogi das Cruzes, onde atualmente é secretário de cultura. Mateus passou pelo canto erudito, popular e regência coral; e já dividiu o palco com grandes nomes da música brasileira, como Ivan Lins, Danilo Caymmi, Jair Rodrigues, Guilherme Arantes, Flávio Venturini, Guinga, entre outros. Possui quatro discos lançados, o mais recente é Que Se Deseja Rever. 

Rolando Boldrin (SP)

Cantor, compositor, ator e apresentador de televisão, sua carreira musical está associada aos ritmos regionais brasileiros. Desde 2005, apresenta na TV Cultura o Sr. Brasil.

Sua estreia como cantor aconteceu em disco com o bolero Um Cantinho pra Dois em 1963, gravou uma série de LPs e CDs com toadas, cateretês e modas de viola. É vencedor do Prêmio Sharp (atual PMB) pelo LP Disco da Moda. Sua trajetória também é marcada pelo programa Som Brasil (TV Globo), dedicado à música regional brasileira. Seu último disco é Lambendo a Colher, pelo Selo Sesc.

Sabah Moraes (PA)

Nascida na Ilha de Marajó, a cantora e compositora reside há cerca de 15 anos em Goiânia. A artista que transita entre o lírico e o popular, gravou 8 CDs e DVD. Entre estes, o CD infantil O Mundo é Cheio de Sons, com conteúdo didático-pedagógico e musicalidade tradicional brasileira, utilizado como material por profissionais da música, educação infantil e  psicologia. Canções de Acender a Alma é seu último disco, lançado recentemente.

Wilson Dias (MG)

Cantor, compositor e violeiro, o mineiro do Vale do Jequitinhonha vem direcionando sua carreira pelo encontro entre a tradição e o urbano, com um viés especial para a cultura popular brasileira. Participou do projeto Vivaviola, que reúne nomes da autêntica viola caipira de dez cordas em Minas. 

Lançou recentemente seu sétimo disco (duplo), intitulado [Na.ti.vo], com um dos CDs de faixas instrumentais e o outro de canções, uma espécie de autorretrato, um relato de suas origens e heranças.


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