Quem vencerá as eleições?
Foto: DivulgaçãoFriday, 30 September 2022
O resultado será divulgado no domingo e nós estamos fazendo nosso tradicional bolão.
Neste domingo, 2, acontecerão as eleições para presidente, governador, senador, deputados federal e estadual. Considerando apenas nossa região, faremos um ‘bolão’ sobre quem deve lograr-se vencedor desse pleito. Lembrando, claro, que é nosso palpite e nada tem a ver com nosso desejo.
Assembléia Legislativa de Santa Catarina (Alesc)
Para a Alesc, a disputa é muito grande. São dezenas de candidatos e muitos deles com boas chances e surpreender. Outros, apenas fazendo nome. Sem contar com as candidaturas de apoio.
Entre eles é seguro afirmar que Ivan Naatz (PDT) e Napoleão Bernardes (PSD) são os nomes mais garantidos. Ivan por já ter cargo e Napoleão por um misto de ter sido prefeito de Blumenau por dois mandatos e ter carisma (e seria constrangedor se não vencesse).
Depois deles, o coronel Jefferson Schmidt (Patriota), o delegado Egídio Ferrari (PTB) e o atual presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau, Egídio Beckhauser (Republicanos) também têm chances muito significativas. Schmidt traz os números positivos de seu comando sobre a Polícia Militar, Ferrari conta com toda a plataforma de sua luta pelo bem-estar animal e Beckhauser, além da ribalta da Presidência da Câmara, tem o apoio no desporto.
Depois deles – e dependendo de quantos votos Décio fará no governo – o atual vereador Adriano Pereira (PT) tem alguma chance. Menos provável, ainda assim com certa força,vem Marcos da Rosa (União Brasil), que traz apoio de parte da Igreja Evangélica.
Dessa forma, lista do bolão ficaria assim (apenas os cinco primeiros):
1º lugar – Ivan Naatz;
2º lugar – Napoleão Bernardes;
3º lugar – Coronel Jefferson Schmidt;
4º lugar – Delegado Egídio Ferrari;
5º lugar – Egídio Beckhauser;
Câmara Federal dos Deputados
Disputa com um pouco menos de candidatos e mais certezas. Aqui há aqueles nomes que quase certamente se elegerão e outros que você sequer entende o que fazem aqui.
É certo afirmar que Ana Paula Lima (PT) irá se eleger. Primeiro por conta de seu extenso currículo político e segundo porque seu esposo, Décio, disputa o governo do estado. Ismael dos Santos (PSD), atualmente deputado estadual, também é outro nome tido com certo. Apoio quase absoluto dos evangélicos, com quem goza de prestígio, deve fazer uma ótima votação.
Foras esses dois – que temos certeza que se elegerão – também concorrem o atual deputado estadual Ricardo Alba (União Brasil), que fez votação recorde em 2020 e, portanto, espero números expressivos nesta, e Rui Godinho (PTB) que fez expressivas votações nos pleitos que disputou e traz consigo a bandeira de um amálgama entre Segurança e Esporte.
Assim sendo, o bolão fica:
1º lugar – Ana Paula Lima;
2º lugar – Ismael dos Santos;
3º lugar – Alba;
4º lugar – Rui Godinho;
Senado Federal
A região não conta com candidatos ao Senado, então vamos nos ater aos dados estaduais.
Raimundo Colombo (PSD) é o favorito. E também pudera, já foi governador por dois mandatos. Não fez um trabalho ruim. Jorge Seif Jr. (PSB) e Dário Berger (MDB) até ensaiam crescimento, mas a verdade é que dificilmente vão realmente representar algum risco a Colombo.
Dessa forma, a escolha óbvia é:
1º lugar – Raimundo Colombo;
Governo do Estado de Santa Catarina
Neste tópico Blumenau tem vários representantes entre os titulares de suas referidas chapas e seus vices. Em uma análise geral, esse cenário não está ruim. Diferente da majoritária nacional, a estadual traz bons nomes com experiências interessantes para todos os gostos.
O favorito, com certeza, é Carlos Moisés (Republicanos). Atual governador, ele teve uma boa gestão, apesar das acusações que recaíram sobre ele. Injustamente chamado de ‘traidor’, Moisés estava muito mais para traído. O ex-motorista do Esmeraldino que ascendeu ao governo (cargo que, dizem, Alba não quis). Ele tem a máquina, bons resultados e algum carisma.
Já Jorginho Mello (PL) – que se apresenta como o candidato do Bolsonaro – ficou nacionalmente conhecido por sua defesa ao presidente na CPI da Covid. Político tradicionalmente de centro (ex-apoiador de Dilma), ele usou o subterfúgio do apoio presidencial e, com isso, subiu posições enquanto Moisés caiu. É o estado mais bolsonarista da União, afinal.
Enquanto isso, o ex-governador Esperidião Amin (PP) até cresce, mas não o bastante para garantir um segundo turno para si. Dessa forma, a próxima etapa do pleito – se tiver – deverá ficar entre Moisés e Jorginho.
Culminando, no seguinte bolão:
1º lugar – Carlos Moisés;
2º lugar – Jorginho Mello;
Presidência da República
A principal disputa do ano – que já tirou algumas vidas num misto de ignorância e idolatria – está nas mesas de bar, nas reuniões de amigos e até nas brigas de família. Criou-se uma falsa ilusão de ‘fascismo’ ou ‘comunismo’ que, na prática, não vai acontecer em nenhum dos casos.
O mais bem cotado, de acordo com todas as pesquisas, é o ex-presidente Lula (PT). Lula tem ao seu favor bons números de seu antigo governo em relações a métricas sociais e econômicas. Contudo traz contra si inúmeros processos de corrupção (dos quais não foi absolvido de nenhum), números extremamente inchados (ignorando, por exemplo, que seu governo foi beneficiado pela alta internacional das commodities) e defesas á ditaduras, censura e outras instituições abjetas que realmente preocupam a todos.
Em contrapartida, Jair Bolsonaro (PL), que é o atual presidente da República, traz em sua defesa bons números para a Segurança Pública e trabalhou para impulsionar o agro brasileiro. Contudo, contra si, pesam as constantes traições às pautas que o elegeram, uma incontrolável mania demagógica de fugir às responsabilidades daquilo que seus rompantes de imaturidade fazem e ataques consideravelmente preocupantes aos órgãos garantidores da Democracia.
Ganhando cada vez mais destaque, encontra-se Ciro Gomes (PDT). Possivelmente de fora de um eventual segundo turno, Ciro conta com algumas idéias realmente interessantes. Porém, ele costuma usar números descontextualizados para embasar suas teses e apresenta nos bastidores um comportamento totalitário e coronelista que tem se esforçado para esconder em frente às câmeras.
Fechando o bolão com o seguinte segundo turno:
1º lugar – Lula;
2º lugar – Bolsonaro;
Lembrando sempre, claro, que o segundo turno é uma outra eleição. Com outros números e variáveis.
A NOSSA opinião
Blumenau faz Naatz e Napoleão para a Alesc com certeza. Muito dinheiro está sendo usado nisso. Na Câmara Federal, conseguimos emplacar Ana Paula e Ismael representando, respectivamente, o Partido dos Trabalhadores (Esquerda) e a Igreja Evangélica (Direita). Democraticamente saudável. No Senado é Raimundo Colombo e ponto final.
Acreditamos que o governo do estado terá, sim, segundo turno e que quem se logrará vencedor será Moisés. Já para a Presidência, também acreditamos em segundo turno. Contudo, sem uma razão muito lógica e muito menos torcida, acreditamos que Bolsonaro possa virar e se reeleger. Assim como acreditamos em Napoleão (2012) e Moisés (2018).
As sabatinas, o desempenho nos debates, as campanhas eleitorais e os comentários na internet (fora das bolhas) e por todo o Brasil contradizem tudo que os institutos de pesquisa estão apontando. Institutos esses que erraram em 2018 e em 2012 também.
Agora é esperar o domingo para saber quais previsões se confirmam e quais se desmentem.
Antes de se magoar achando que essa análise tem cunho pessoal, meus votos pessoais serão postados essa semana em meus stories em minhas redes sociais. E até com certo orgulho (e pesar), afirmo: nenhum dos meus candidatos está em nenhuma das listas nesse artigo.