Quais os grandes vencedores das eleições desse domingo?

Quais os grandes vencedores das eleições desse domingo?
Foto: Divulgação

Monday, 03 October 2022

Conheça os nomes que mais se destacaram em nossa região.

Ontem ocorreram as eleições. Contrariando todas as expectativas, o número de abstenções foi o menor desde a década de 90. Muitos candidatos tidos pelas pesquisas eleitorais como certezas – como de costume – não conseguiram se eleger.

No decorrer da semana falaremos com mais detalhes sobre os blumenauenses eleitos, mas nesse artigo a relevância é dizer apenas quem foram os grandes vencedores nessa disputa.

Deputados estaduais

Com excelente votação, Ivan Naatz (PDT) foi eleito com 45.304 votos. Trazendo consigo o histórico pioneirismo no processo de cassação de Moisés, Naatz venceu enquanto o governador via seu próprio poder se esvaindo. Além dele, o ex-prefeito Napoleão Bernardes (PSD) também obteve êxito com 36.972 votos. O delegado Egídio Ferrari (PTB), incansável defensor dos animais, foi o terceiro campeão dessa jornada, com 34.912 votos. E, fechando o quarteto, o vereador Marcos da Rosa (União Brasil), apoiado pelo segmento evangélico, conquistou 25.845 votos.

Para a cidade, os resultados são excepcionais. Blumenau sempre teve poucos representantes em Florianópolis e eles, muitas vezes, quase nada representavam. Dois ex-vereadores, um ex-prefeito e um delegado ativista da Causa Animal parecem ser uma time interessante.

Deputados federais

Já na Câmara Federal, a cidade será representada por Ana Paula Lima (PT), que fez uma votação de 148.781. Além dela, o homem forte da Igreja Evangélica, Ismael dos Santos (PSD) também alcançou uma vaga em Brasília, com 110.531 votos.

Como menção honrosa, também representarão nosso estado a ex-vice-governadora Daniela Reinehr (PL) com 84.631 além do caminhoneiro conspiracionista e condenado com tornozeleira, Zé Trovão (PL) que conseguiu 71.140 votos.

Senado

 Violento erro das pesquisas, o ex-governador Raimundo Colombo (PSD) não conseguiu se eleger. Disparadamente o favorito, ele quase empatou com o terceiro lugar. Jorge Seif (PL) – indicado de Bolsonaro –fez mais do que o dobro da votação de Colombo, com 1.484.110 votos.

Governador

Mas foi aqui que as pesquisas erraram com maior violência. O atual governador, Carlos Moisés (Republicanos) era tido com o franco favorito. Alguns chegavam a fazer reais projeções de uma vitória em primeiro turno. Mas eis que ele sequer chegou ao segundo turno.

A próxima etapa dessa eleição será entre Jorginho Mello (PL) e Décio Lima (PT). Contudo, o grande vencedor da votação de ontem para o Executivo Estadual foi Décio que, com 710.859 votos, está na disputa final do estado mais bolsonarista do Brasil. Essa é sua marca histórica pessoal porque, até esse momento, Santa Catarina jamais havia tido um petista no segundo turno para o governo.

Presidente

Outra prova nítida da incapacidade dos institutos de pesquisa – incapazes de captar os votos bolsonaristas – Lula chegou muito mais fraco nessa reta final do que se esperava. Lembrando que dois dias atrás se falava em vitória do primeiro turno com certo ar de certeza.

Levando isso em consideração, podemos afirmar com segurança que Jair Bolsonaro (PL) foi o maior vencedor desse pleito. Com 51.258.115 votos em todo o território nacional, ele provou que a narrativa sobre ele estar fraco era mentirosa e, acima de tudo, foi o maior cabo eleitoral do país, puxando incontáveis candidatos em numerações recordes. Ao mesmo tempo, seu resultado fragmenta sua tese sobre a baixa confiabilidade das urnas eletrônicas.

Depois dele, a maior vencedora da corrida presidencial foi Simone Tebet (MDB). Com 4.915.306 votos, seu resultado não está na cifra total, mas sim no comparativo proporcional. Ela ultrapassou Ciro Gomes (PDT). No entanto, não foi o bastante. Seu partido esperava que, usando o discurso de ‘terceira via’, ela se aproximasse dos 4,7% históricos de Ulysses Guimarães em 1989. O que não aconteceu. Ela fez 4,16%. Baleia Rossi, seu maior apoiador, vai ter que pagar a conta e o futuro político da candidata, agora sem mandato, é incerto.

Pelo Brasil a fora

A ex-ministra Damares Alves (Republicanos) desbancou a senadora Flávia Arruda em Brasília. No Rio Grande do Sul, o vice-presidente general Hamilton Mourão (Republicanos) levou o Senado. E Sérgio Moro (União Brasil), no Parané.

O bolsonarista Nikolas Ferreiras (PL) foi o deputado mais votado de Minas Gerais. Seguindo pelo lulista André Janones (Avante). No Rio, o general Pazuello (PL) – ex-ministro da Saúde – foi o segundo deputado mais votado. Romário se elegeu senador pelo estado.

Em São Paulo – onde o segundo turno do governo fila entre Tarcísio (Republicanos) e Haddad (PT) – o ex-ministro de Ciências e Tecnologia, Marcos Pontes (PL) se elegeu senador. Guilherme Boulos (PSOL) fez mais de 1 milhão de votos, seguido de perto por Carla Zambelli (PL). Eduardo Bolsonaro (PL) vem logo depois, bem como Ricardo Salles (PL), Tabata Amaral (PSB), Celso Russomanno (Republicanos), Kim Kataguiri (União Brasil), Marina Silva (Rede), Masco Feliciano (PL), Rosângela Moro (União), Rui Falcão (PT), Delegado da Cunha (PP) e Mário Frias (PL), passa citar apenas alguns.

Como votaram os estados do Brasil?

Para o Senado:

 

Para o Governo:

 

Para a Presidência:


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Ricardo Latorre

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