Barros isenta PP após multa
Foto: DivulgaçãoFriday, 25 November 2022
Deputado diz que Moraes fez 'gracinha' com R$ 22 mi.
O deputado federal Ricardo Barros (PP) criticou o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Alexandre de Moraes, pela multa que foi aplicada ao PL, depois da ação golpista do partido que contestou o resultado da eleição presidencial. A ação, que pedia para anular os votos de 60% das urnas apenas no segundo turno, foi indeferida por Moraes, que também suspendeu o fundo partidário das siglas que integram a coligação Pelo Bem do Brasil, de Bolsonaro, além de ter aplicado uma multa.
"Moraes, com seus ativismo politico intenso, fez multa de R$ 22,9 milhões, em homenagem ao número 22 do Bolsonaro. Ele tira o número da cartola para fazer graça, não tem fundamento", criticou Barros.
Barros afirmou que o PP não fez partido do pedido do PL, por isso não poderia ser multado, e acredita que o valor da multa ainda deve ser reduzido. Além do PL, Republicanos e PP faziam parte da coligação que apoiou a tentativa de reeleição de Bolsonaro.
"As defesas conjuntas de Republicanos e Progressistas alegam que não foram consultados para essa decisão feita pelo PL. A coligação terminou na eleição. Apenas as propostas antes serão defendidas como coligação", explicou o deputado.
Na sequência, ele também afirmou que o PL tem o direito de protestar contra o resultado da eleição. "Acho que eles têm o direito de contestar a eleição. E tem que contestar resoluções do Alexandre de Moraes que influenciaram no resultado das eleições".
Barros foi questionado sobre a possível reeleição de Arthur Lira (PP) como presidente da Câmara dos Deputados. Ele entende que seu colega de partido deve vencer a disputa.
"A reeleição está encaminhada. Só tem eleição depois da apuração. Vimos agora. Primeiro Lula ia vencer no 1º turno. Depois ia vencer com folga, não venceu. Mas a reeleição do Lira está muito bem encaminhada", afirmou.
Com o fim da eleição, a Caixa cortou a liberação de crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. De acordo com o colunista do UOL Josias de Souza, essa mudança comprova a atitude eleitoreira da instituição financeira durante a disputa presidencial.
"Na eleição apareceu uma movimentação frenética da Caixa, abrindo torneiras do crédito consignado. Obviamente havia interesse eleitoral nisso. O TCU interveio, pediu que a Caixa se explicasse, e a Caixa suspendeu a concessão. Agora a gente percebe que havia movimento eleitoreiro. O que falta é alguma punição. Não é concebível que um gestor de banco público aja politicamente", concluiu Josias.