Lula não aumenta do salário-mínimo e cita "gasto"

Lula não aumenta do salário-mínimo e cita
Foto: Reprodução

Friday, 13 January 2023

Afirmação foi feita durante posse da nova presidente da Caixa. Governo ainda não aumentou para R$ 1.320 o piso salarial, conforme integrantes prometeram durante a transição, no ano passado.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (12), durante a posse da nova presidente da Caixa, Rita Serrano, que não consegue dar aumento de 3% para o salário-mínimo porque tudo consideram como "gasto".

"Tudo que a gente faz é gasto. Tudo. [...] Enquanto isso, a gente não pode dar aumento de salário-mínimo de 3%, porque é gasto. Não dá certo. Não é possível", disse Lula. "Nós vamos ter que construir uma outra narrativa nesse país. Tudo que a gente fizer para melhorar a vida do nosso povo tem que ser tratado como investimento", defendeu.

O salário-mínimo está atualmente em R$ 1.302, valor proposto pelo governo Bolsonaro no fim do ano passado, uma alta real (acima da inflação) de 1,41%. A promessa de integrantes do atual governo era de que o valor iria para R$ 1.320 neste ano, o que resultaria numa alta real de 2,81%, quase os 3% citados por Lula.

Haddad afirmou nesta quinta que houve aumento significativo no número de beneficiários do INSS, cujos pagamentos são, em sua maioria, atrelados ao mínimo. Esse aumento de beneficiários, segundo ele, consumiu o dinheiro no orçamento reservado para aumentar o piso.

"Esses recursos do orçamento foram consumidos pelo andar da fila do INSS. Porque a partir do início do processo eleitoral, por razões que não tem nada a ver com dignidade, a fila começou a andar", declarou Haddad à tarde, antes da declaração de Lula.

Por causa da inclusão de novas famílias no INSS, Haddad afirmou que o governo está refazendo as contas e só depois decidirá se reajustará o salário-mínimo para R$ 1.320.

A ala econômica do governo defende que o piso seja mantido em R$ 1.302 ao longo de todo este ano. Já parte da ala política teme repercussão negativa e defende um reajuste a partir de 1º de maio.


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Redação

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