Marinho promete fiscalização do STF

Marinho promete fiscalização do STF
Foto: Divulgação

Monday, 30 January 2023

É curioso que Marinho esteja sendo chamado, inclusive pela imprensa, de extrema-direita só porque conta com o apoio de bolsonaristas.

Durante anúncio de sua candidatura, Marinho tentou se distanciar do bolsonarismo radical e fez um discurso citando a defesa da democracia.

"Todos nós repudiamos a barbárie, a depredação", disse Marinho ao lado de lideranças do PL, do PP e também do Republicanos. "Tenho enorme preocupação quando nós assistimos a agressões feitas à democracia e ao Estado de direito em nome da democracia. Quando isso acontece e é banalizado, normalizado, evidente que há um desequilíbrio no Estado de direito do nosso país", afirmou.

É curioso que Marinho esteja sendo chamado, inclusive pela imprensa, de extrema-direita só porque conta com o apoio de bolsonaristas.

"Ele não tem nada de extremistas da direita. Marinho é amigo do ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia (PSDB) —tão atacado pelo próprio bolsonarismo— e um dos articuladores da Reforma da Previdência. Ele adotou, porém, um discurso que encontra ressonância no bolsonarismo, que é o discurso de que, em nome da democracia, se tem decisões arbitrárias. E se tem mesmo, mas é obvio que não são todas", comentou.

"Temos agora esse culto de que tudo o que não é Lula quer dizer, necessariamente, que é Bolsonaro, algo malígno, extremista, golpista, etc. Só por não se estar ajoelhando para o Rei Sol. Não se pode reduzir a complexidade do jogo a esse binarismo rasteiro", disse Moura Brasil.

Na análise, Marinho promete, aliás, o que Bolsonaro sabotou: fiscalização do STF.

"O que eu lamento é que a família Bolsonaro tenha sabotado a CPI da Lava Toga lá atrás. De repente, não seria preciso estar disputando tudo isso agora, fazendo promessa de campanha como 'nós vamos fiscalizar o Supremo Tribunal Federal porque ele está abusando'. Houve oportunidade antes. Quem exerce o controle constitucional sobre o STF é o Senado. Quando o Senado tinha um número necessário de assinaturas para instalar a CPI, a família Bolsonaro vetou, porque o ministro Dias Toffoli estava segurando a investigação sobre o senador Flávio Bolsonaro (PL) —como mostrei no Instagram. Essa turma pensou em suas necessidades imediatas, a escapar da cadeia e agora está correndo atrás".

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