Representante do PP criticou o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), enquanto membro do PSDB cobrou a solução de impasses jurídicos que impedem a continuidade de obras viárias durante a sessão de quarta-feira (8) da Assembleia Legislativa.
 
“No último final de semana nos deparamos com o Enem e fomos surpreendidos pelo cunho ideológico e pelo desrespeito com que o Ministério da Educação trata o agronegócio brasileiro, responsável pelo superávit que permite arcar com o financiamento da dívida pública e com os compromissos do governo”, disparou Altair.
 
O ex-secretário da Agricultura leu na tribuna enunciados de questões e negou que o avanço da linha de fronteira entre as terras agricultáveis e a floresta Amazônica se dê através das ações do grileiro, que se apropria da terra; do madeireiro que derruba e vende a floresta; e do pecuarista que em seguida começa a criação de gado.
 
“O agronegócio é a atividade que mais gera emprego no país. O Enem tem de ser cancelado para o bem e a memória do justo povo trabalhador que milita no agronegócio”, discursou o representante de Chapecó.
 
Já Dr. Vicente Caropreso (PSDB) cobrou a solução de impasses jurídicos que impedem a continuação das obras na SC-108, no Médio Vale do Itajaí, assim como na Costa dos Encantos, em Itapoá.
 
“Em 14 de dezembro foi dada a ordem para iniciar a obra da SC-108. Pois bem, no outro dia uma ação na Justiça impediu e vai fazer um ano que a Justiça não julga para decidir o ganhador e o perdedor. No caso da Costa dos Encantos houve uma audiência pública e continuou na mesma coisa, o Ministério Público Federal (MPF) foi taxativo: não vai ajudar se o governo do Estado não cumprir uma série de exigências de estudos ambientais amplos”, relatou Caropreso.
 
O representante de Jaraguá do Sul pediu a intervenção da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para apressar a decisão judicial sobre a SC-108. O deputado ainda reclamou da morosidade das obras na ponte do Portal, que liga os municípios de Guaramirim e Jaraguá do Sul.
 
“Uma obra portentosa que não sai”, reclamou Caropreso, informando em seguida que os pagamentos à empresa responsável estão em dia.
 
Apoio ao pacote do Executivo

Lunelli (MDB) declarou apoio ao pacote de projetos protocolados pelo Executivo para análise do Legislativo ainda em 2023.
 
“Temos que calcular bem os impactos que nossas emendas irão causar”, avaliou Lunelli, referindo-se principalmente ao projeto relativo à previdência dos servidores, que acumula um déficit anual de R$ 6 bi.
 
O deputado elogiou a proposição de uma central de compras e aplaudiu o projeto de fomentar micros e pequenas empresas.
 
“Não há programa social mais eficiente do que uma economia forte”, garantiu.
 
Padre Raimundo

Pepê Collaço (PP) lamentou a morte do padre Raimundo, que durante anos atuou no município de Tubarão.
 
“Foi nosso padre durante décadas, morreu com 98 anos, mas apesar da idade era muito querido e valorizado pela sua atuação como padre em toda a região Sul. Mas foi em Tubarão que prestou serviços relevantes à sociedade, como a construção da nova catedral, que foi erguida na década de 1960 e hoje é um dos cartões postais de Tubarão”, afirmou Pepê.
 
Defesa da Comcap

Marquito (PSol) fez na tribuna a defesa da Companhia de Melhoramentos da Capital (Comcap), responsável pela coleta de grande parte do lixo em Florianópolis.
 
Segundo Marquito, a empresa foi criada no início dos anos 1960, para a pavimentação de ruas. Em 1976, assumiu a coleta de lixo e a varrição de ruas. Em 1986, implementou a experiência da coleta seletiva no Monte Verde, no Mocotó e na avenida Beira-Mar Norte, implantado em toda cidade em 1984.
 
“Há um ataque sistemático à estrutura, inclusive através de projetos de leis que desmontaram a instituição, gerando um custo mais alto para a municipalidade para a realização dos serviços com terceirizados do que com os trabalhadores da Comcap”, explicou Marquito, que defendeu a greve dos trabalhadores da empresa e reivindicou o estabelecimento de uma mesa de negociação para encerrar a greve.