Bolsonaro reúne 750 mil pessoas na Paulista
Foto: DivulgaçãoSunday, 25 February 2024
Quase 1 milhão de pessoas saíram de suas casas para defender o ex-presidente, demonstrar descontentamento com STF, com o Governo Lula e defender Israel.
Neste domingo (25), cerca de 750 mil pessoas foram à Avenida Paulista em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Desde o período da manhã muitas pessoas começaram a chegar, mas as caravanas só começaram a se reunir por volta do meio-dia.
Às 14h30’ os discursos começaram. O primeiro a falar foi o presidente do partido, Valdemar Costa Neto ( que foi réu no Mensalão e agora se traveste de conservador, conseguindo até mesmo errar o lema “Deus, Pátria e Família”). Ele precisou sair antes da chegada do ex-presidente por ter uma ordem de distanciamento emitida pela Justiça.
Outras lideranças, como Michelle Bolsonaro, Tarcísio de Freitas (governador de São Paulo), Ronaldo Caiado (governador de Goiás), Jorginho Mello (governador de Santa Catarina) e Romeu Zema (governador de Minas Gerais) também estiveram lá.
Em seu discurso, Bolsonaro defendeu a anistia aos detidos eventos de 8 de janeiro do ano passado e negou envolvimento em qualquer conspiração que pretendia um golpe de Estado.
Contudo, a grande estrela do evento foi o pastor Silas Malafaia. Principal organizador da manifestação, o líder político-religioso subiu o tom contra membros do Supremo Tribunal Federal (STF), apontando a situação pela qual as liberdades do país têm passado em um tipo que, na melhor das hipóteses, pode ser avaliado como uma ‘Democracia muito frágil’.
A manifestação ocorreu poucos dias depois de o presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) fazer uma declaração extremamente ofensiva contra Israel. Fato que agrediu – além os judeus – a comunidade evangélica, que sente profunda ligação com o povo de Jerusalém.
O número de 750 mil pessoas foi dado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Outros números foram dados, mas todos ficam entre 600 mil e 800 mil pessoas. Há uma estimativa da USP que aponta 185 mil pessoas, mas a metodologia está sob questionamento.
Em 2016 – durante a maior manifestação da História do Brasil (contra a ex-presidente Dilma Rousseff) – havia 1,4 milhão de pessoas na Paulista. Então o número de hoje soa coerente, sim.
Bolsonaro tem uma inquestionável capacidade de juntar público. Algo que Lula não tem (e que, possivelmente, tentará nas próximas semanas, mas falhará). Contudo, isso não muda sua situação. É improvável que o STF diminua o tom e sua prisão ainda é uma possibilidade.
Talvez essa multidão na sua sirva apenas para conseguir mais assinaturas para o pedido de impeachment de Lula que, hoje, já conta com mais nomes do que contava o impeachment de Dilma.
Agora resta esperar e ver.