Nasato aciona MP contra “praça fantasma” no centro de Blumenau

Nasato aciona MP contra “praça fantasma” no centro de Blumenau
Foto: Divulgação

Thursday, 14 March 2024

Espaço custou mais de R$ 2,2 milhões e conta com salas comerciais que nunca foram utilizadas.

O vereador Diego Nasato, do Partido NOVO, protocolou nesta semana uma denúncia junto ao Ministério Público que questiona a utilização de dinheiro público na construção do Espaço Cultural Rosenplatz, nos fundos da prefeitura antiga, no início da Rua XV de Novembro.

O local conta com paisagismo, arquibancada para eventos, estacionamento e salas comerciais. O projeto absorveu exatos R$ 2.225.759,75 dos cofres públicos.

Essas salas comerciais seriam um atrativo aos turistas que frequentam o Centro Histórico e poderiam abrigar cafés e lojas de souvenirs, por exemplo. A intenção do município seria conceder esses espaços e assim garantir receitas com aluguéis.

Porém, mais de um ano desde sua inauguração, a realidade é que o espaço segue praticamente abandonado e as salas nunca receberam qualquer serviço, comércio ou exposição.

“Na prática, esse investimento milionário se converteu em apenas um estacionamento rotativo aos servidores da Secretaria de Cultura e está completamente desconectado das reais demandas da população”, afirma Nasato.

Esta situação evidencia falta de planejamento e consideração pelas reais demandas da cidade. Ao mesmo tempo, indica que o setor público não alinhou suas expectativas com a classe empresarial, que por sua vez não demonstrou interesse pela estrutura.

“Certamente o baixo fluxo de pessoas transitando pelos fundos da prefeitura antiga fez com que nenhum empresário se arriscasse em negócios ali. Parece que a prefeitura não sentou para conversar com possíveis interessados antes de gastar milhões nesse empreendimento”, diz o vereador.

A expectativa de Nasato com essa denúncia é que Poder Executivo e Ministério Público firmem um termo de ajustamento de conduta para que essas salas sejam de fato utilizadas imediatamente, cumprindo sua função de entregar qualidade de vida à população.

"É inadmissível que, em tempos de necessidades tão urgentes em diversas áreas, sobretudo no abastecimento de água, um serviço essencial, recursos sejam destinados a projetos que não servem ao bem comum", ressaltou Nasato.


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Redação

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