Bolsa Família: mais de metade do Brasil é improdutiva
Foto: iStockWednesday, 28 August 2024
Impostos ficam cada vez mais altos e condições de trabalho ficam potencialmente piores para que uma grande maioria de pessoas possa ser sustentada. SC é o estado que mais arrecada e menos recebe.
O Brasil tem 215,3 milhões de pessoas segundo o censo de 2022. Mais de 56 milhões de pessoas recebem Bolsa Família: 26% da população do país. Muito além dos custos da manutenção do programa assistencialista, esse número significa que mais de ¼ dos brasileiros não consegue viver uma assistência mínima do Estado. Um número avassaladoramente alto de pessoas que não estão produzindo absolutamente nada, vivendo em total dependência.
Além disso, a pesquisa também aponta que o Brasil tem 53 milhões de crianças e adolescentes até os 18 anos. Ou seja, 24,6% dos brasileiros não está formalmente incluído do mercado de trabalho.
Além disso, o país tem 39 milhões de aposentados ou pensionistas.
Todos somados são 148 milhões de pessoas. São 68.8% do povo brasileiro. Muito mais do que a metade da população do nosso país é simplesmente improdutiva. E isso, claro, sem contar os 12 milhões de servidores públicos que, mesmo não produzindo, são funcionais para a manutenção.
É assustador pensar que 43 milhões de pessoas – cerca de 20% dos brasileiros – sejam o pequeno grupo de empresários e comerciantes que sustenta um Estado cada dia mais disfuncional.
A realidade apavorante é que quase 1/5 do país precisa trabalhar sob condições aquém do necessário pagando impostos muito altos para sustentar 4/5 da população que simplesmente não faz nada além de se beneficiar com o trabalho dos outros.
Hipoteticamente, pensemos numa mãe solteira que trabalha como diarista num bairro distante. Ela precisa acordar muito cedo diariamente para pegar três ônibus que a levem ao seu serviço com a finalidade de trabalhar para sustentar a si mesma, ao seu filho, uma outra família beneficiada por programas governamentais, um aposentado desconhecido e uma criança aleatória. Ela trabalha por cinco. Seu filho não está tendo todas as necessidades atendidas porque o governo obriga sua mãe a sustentar três pessoas improdutivas. Absolutamente injusto.
Proporção geográfica
De acordo com o Governo Federal, o Sergipe é o estado que mais recebe o Bolsa Família (18.9%), contraposto a Santa Catarina, que é o estado que menos recebe (3.2%). Em contrapartida, o Sergipe é um dos estados que menos gera renda para o Brasil (R$ 45.4 bilhões) e Santa Catarina é um dos que mais geram (R$ 349.2 bilhões).
Ainda nessa linha, o Sergipe – que está custando bilhões de reais para os cofres públicos – amarga com altas taxas de desemprego enquanto Santa Catarina – que pouco recebe – está entre os cinco estados que mais geram empregos nessa Nação.
A renda per capita é de R$ 2,2 mil. A renda per capita sergipense é de R$ 1,2 mil.
Curiosamente Sergipe, sendo o estado que mais gasta verbas públicas com o Bolsa Família, não tem a pior renda per capita do Brasil. As cinco piores ficam com:
- Maranhão: R$ 945
- Acre: R$ 1.095
- Alagoas: R$ 1.110
- Pernambuco: R$ 1.113
- Bahia: R$ 1.139
Ainda mais curioso é ver que Santa Catarina não está entre as três maiores rendas per capita do Brasil. Em terceiro lugar está o Rio de Janeiro (R$ 2,3 mil) e em segundo está São Paulo (R$ 2,4 mil). Já no primeiro lugar fica o Distrito Federal (R$ 3,3 mil) com quase R$ 1 mil a mais do que São Paulo.
Não parece sintomático que, em um país onde a esmagadora maioria das pessoas simplesmente não produz nada o estado mais rico seja justamente aquele que não produz nada? O que o Distrito Federal gera para o Brasil além de políticos e burocratas pagos com dinheiro público? Desprovido de indústrias e fazendas, o DF apenas consome. Como 4/5 dos brasileiros.
É por isso que as pessoas ficam cada vez mais desencorajadas de empreender ou se entregar aos seus projetos pessoais ao passo que começam a se planejar para começar uma nova vida em países que lhes parecem (falsamente) mais civilizados do que aqui.
E, infelizmente, faz sentido. Pense nisso: lembre do seu pai falando com orgulho das suas raízes européias. É possível que ele jamais tenha ido para a Europa porque não tem dinheiro para pagar a viagem. Agora lembre todos os políticos da região que já foram para lá com dinheiro dos seus impostos alegando ‘viagem diplomática’. Para que esse sujeito possa ir, você tem que trabalhar, assim banca para ELE uma viagem que VOCÊ talvez jamais poderá fazer.
Quando estiver esperando o atendimento numa interminável fila num hospital, lembre que você paga o plano de saúde dos seus políticos enquanto alguns idiotas aplaudem o SUS.
Revolte-se. E, só então, reaja.