Conheça os novos vereadores de Blumenau

Conheça os novos vereadores de Blumenau
Foto: Divulgação

Monday, 07 October 2024

Além de saber um pouco sobre eles e suas votações, entenda o que pode mudar e se alguém que não se elegeu ainda tem chance de assumir uma cadeira na Câmara.

Para sente-se representado pelos atuais vereadores de Blumenau, o resultado do pleito de ontem (06) foi bastante positivo: dos 15 vereadores atuais, 11 se reelegeram. E um voltou a um cargo que havia lhe sido usurpado no passado.

Abaixo, diremos quem eles são e quantos votos tiveram (na ordem de votação):

Bruno Cunha

Partido: Cidadania
Votação: 5.851 votos

Bruno é advogado e militante ativo da causa animal. O crescimento de suas votações é extraordinário, seguindo a ordem seqüente: 933 (2012), 4.829 (2016) e 4.892 (2020), aumentando mais de mil votos nos últimos quatro anos e firmando sua posição como nome sério a uma futura prefeitura da cidade.

Almir Vieira

Partido: PP
Votação: 5.829

O atual presidente da Câmara de Vereadores, Almir é um conhecido veterano di 23º Batalhão de Infantaria (onde é sargento), sendo formado em Direito e Gastronomia. O melhor exemplo de um político que aprendeu a ler e se moldar às necessidades de seus tempos, desenvolveu um trabalho social excepcional e uma presença virtual ativa. Seu histórico de votos é uma aula de resiliência e antifragilidade: 4.257 (2012), 2.343 (2016) e 1.933 (2020). Ele não se deixou abalar com as perdas de eleitores e, esse ano, aumentou em mais de mil votos seu recorde.

Ito

Partido: PL
Votação: 5.609

Líder comunitário bastante popular, Ito se destacou quando começou sua jornada pessoal contra fiscais corruptos da prefeitura que aterrorizavam pessoas com pequenas obras. Seu histórico de votos também impressiona: 2.094 (2012), 2.279 (2016) e 2.638 (2020), conseguindo ir além de dobrar seus eleitores nesse ano.

Professor Gilson

Partido: União Brasil
Votação: 5.422

Professor de Matemática e, possivelmente, a figura ligada à Educação mais popular da região, Gilson tem um perfil sério, estóico e tem sido incorruptível. Filiado a um partido pouco estável, ele permitiu que seus resultados falassem por si: e eles falaram, gerando uma excelente votação. Seu histórico de votos é: 908 (2012), 2.615 (2016) e 3.311 (2020). Ou seja... ele ganhou mais de 2 mil votos desde a sua última eleição. Merecidamente.

Alexandre Matias

Partido: PSDB
Votação: 5.037

Formado em Administração com especialização em Contabilidade, Auditoria e Controladoria da Fundação Getúlio Vargas, Matias já vou secretário Municipal de Desenvolvimento Social e também de Educação, onde se destacou positivamente. Indo para seu terceiro mandato, seus números também impressionam: 2.887 (2016) e 2.037 (2020), levando-o a ir além da dobra esse ano.

Jovino Cardoso

Partido: PL
Votação: 4.506

Formado em Teologia, Jovino é certamente o maio exemplo de personalidade pública antifrágil de Blumenau. Sempre polêmico e alvo de perseguições políticas muitas vezes injustas, ele jamais se abalou. O contrário... quanto mais foi atacado, mais forte ficou. Conhecido como forte representante da Fé Evangélica na cidade, ele é um dos mais lembrados líderes comunitários e sua votação desse ano também espantou: 3.556 (2016) e 2.656 (2020), quase dobrando agora.

Jean Volpato

Partido: PT
Votação: 4.221

Jornalista e Historiador, Volpato tem ampla experiência como assessor parlamentar.Suplente de deputado estadual, ele é defensor das pautas que são nacionalmente mais caras ao seu partido e tinha o apoio direto da deputada – e candidata à prefeitura – Ana Paula Lima. Esse será o seu primeiro mandato.

Silmara Miguel

Partido: PSD
Votação: 4.131

Formada em Processos Gerenciais, foi assessora parlamentar por seis anos. Nome bastante conhecido e bem quisto nas Igrejas Evangélicas e Blumenau, Silmara tem o perfil de uma cristã conservadora e mais que dobrou seus votos, tendo feito 1.961 na eleição passada.

Dr Marcelo Lanzarin

Partido: PSD
Votação: 4.016

Médico extremamente conhecido e figura pública muito bem avaliada tanto pela população quanto por seus pares, já foi diversas vezes secretário de Saúde, onde sempre fez um bom trabalho e deixou progressos sensíveis. Seu histórico de votação é: 3.551 (2012), 3.145 (2016) e 1.942 (2020), conseguindo ultrapassar seu recorde anterior.

Egídio Beckhauser

Partido: Republicanos
Votação: 3.736

Técnico de Futsal amado por praticamente todos os atletas da cidade, Egídio já havia sido vereador e presidente da casa, perdendo injustamente seu mandato por um erro de seu partido que ele sequer tinha participação. Agora dá a volta por cima e retorna à casa que com tanta nobreza geriu. Se na última eleição ele havia tido 2.733 eleitores. Nessa ele retorna com quase mil votos a mais.

Flavinho

Partido: Novo
Votação: 3.618

Outro rosto novo na política, Flavinho era um dos campeões de propagandas eleitorais espalhadas pelas ruas. Até excessivamente. Até então quase desconhecido do público, esse advogado foi apoiada pelo deputado Nikolas Ferreira (PL) e pela deputada Júlia Zanatta (PL), nitidamente com enorme eficácia eleitoral.

Cristiane Loureiro

Partido: Podemos
Votação: 3.604

Carismática e de simpatia contagiante, ela é formada em Fisioterapia e teve um trabalho muito sério (além de bonito) à frente da Fundação Pró-Família. Com uma postura moralmente irrepreensível,  Cristiane fez diversos apoiadores durante seu mandato, subindo sua votação de 3.124 em 2020 para 3.604 esse ano.

Diego Nasato

Partido: Novo
Votação:  3.483

Formado em Administração pela Furb e com NBA em Gestão Financeira, Auditoria e Controladoria pela FGV, ele se reelegeu em um mandato combativo e se mostrando bastante coerente às causas que professa. Se quatro anos atrás ele conseguiu angarias 1.554 votos, nesse ano ele aumentou sua votação em quase 2 mil eleitores.

Bruno Win

Partido: Novo
Votação: 3.384

Formado em Administração pela UFSC e pós-graduado em Gestão Empresarial pela FAE, Win demonstrou uma campanha honesta e comedida. O terceiro (e último) novo rosto da nova ‘formação’ dos vereadores da Câmara Municipal de Blumenau, terá quatro anos para mostrar a que veio e tirar suas (boas) idéias do papel.

Adriano Pereira

Partido: PT
Votação: 3.004

Músico e gestor público atuando como vereador desde 2012, Pereira começou sua jornada como um conhecido líder comunitário na região da Velha e, durante uma década, soube fazer oposição de forma inteligente. Teve um bom ganho de votos, quando confrontado o seu histórico: 2.384 (2012), 3.413 (2016) e 2.410 (2020).

Quem não entrou?

Carismático representante do Garcia, Mauricio Goll (PSDB) conseguiu fazer 3.218 votos, o que foi consideravelmente mais do que suas melhores votações. Mas não havia cadeiras o bastante para o seu partido.

Carlos Wagner – popularmente conhecido como Alemão da Alumetal – também não se elegeu. Mas, em seu caso, o motivo foi outro: ele foi o vice-prefeito na chapa de Odair Tramontin, do Novo. Inclusive, muito possivelmente, parte da culpa da derrota do novo seja da impopularidade de Alemão, que fez um dos piores mandatos de vereador dos últimos anos.

Cezar Campesatto (PL) escolheu se escorar na popularidade de Jair Bolsonaro de forma similar ao que Ricardo Alba já havia feito no passado. Sua estratégia provou-se anacrônica, pois no momento em que o fazia, Bolsonaro perdia parte relevante de seu apoio para Pablo Marçal. Ainda assim fez 3.355 votos, o que é uma excelente votação e aumenta ainda mais a sua popularidade para pleitos futuros.

Enquanto isso, Emmanuel ‘Tuca’ dos Santos (Novo) é um exemplo de como nem sempre o eleitor é leal aquilo que diz esperar. Se em 2020 ele fez 2.115 votos, esse ano fez 2.269. Um aumento muito pequeno que pode ser claramente considerado uma estabilização. E, assim, não se elegeu.

Mas essa (provavelmente) não será a configuração final

Quando os novos mandatários tomam posse, a ‘dança das cadeiras’ começa. Vereadores viram secretários vagando acentos e, em casos mais raros, até desistem.

Uma especulação que podemos fazer aqui é com o PSDB. Há uma chance muito considerável de Matias ou Cristiane se tornarem secretários e, nesse caso, Goll poderia assumir a vaga no legislativo. Algo muito similar também pode ocorrer com o PL.

Mas, como as coisas factualmente ficarão? Teremos que esperar 2025 para saber.


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Ricardo Latorre

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