Sargento, chef de cozinha e agora bacharel em Direito. Essas são apenas algumas das atribuições do vereador Almir Vieira (PP) – atual presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau – onde tem exercido com maestria e dignidade o mais alto cargo do parlamento municipal pelos últimos dois anos.

Na semana passada, tivemos o prazer de uma breve conversa com ele, em seu gabinete, onde revisitamos seus momentos frente a presidência, cujos resultados (pelo menos em parte) foram responsáveis por sua expressiva votação nas eleoções desse ano: o segundo mais bem votado da cidade.

Para ele, esse biênio à frente da casa foi edificante, pois conseguiu focar a comunidade blumenauense ao centro de todas as ações do Parlamento. Além disso, potencializou sua deliberação fiscalizatória, deu prioridade à gestão de equipe dentro da Casa, trouxe efetiva participação popular nas ações itinerantes e teve sua gestão reconhecida com o prêmio diamante de transparência... um prêmio nacional que apenas sua administração conquistou... duas vezes.

Enfrentou problemas espinhosos de forma corajosa: como foi o caso da audiência pública sobre o crescente problema com moradores de rua, que a parcela mais produtiva da sociedade quer ver resolvido, mas a parcela menos produtiva defende.

Eu sua avaliação, ele entende que levar o Legislativo para o convívio direto com a sociedade – como as sessões itinerantes fazem – foi a sua maior conquista. Mesmo assumindo que a gestão de pessoas, por vezes, se torna um desafio considerável.

Na história de Blumenau, outros homens saíram da caserna para a vida pública/política e, mesmo quando apresentavam resultados efetivos no seu desempenho, costumavam ser alvo de inúmeras críticas em relação ao seu trato gerencial. Isso não aconteceu com Almir, que é frequentemente apontado como um líder justo e respeitoso. Hoje, mais maduro e sábio, ele admite que teve alguma dificuldade no começo – até porque, em metade da sua vida profissional, foi forjado pelo aço e pelo fogo do Exército, onde imperam disciplina e hierarquia. Contudo, ao mudar para o comando civil de pessoas, passou por uma transformação pessoal que o fez adaptar-se a um mundo onde compreensão gera mais resultados do que rispidez.

Com a mesma antifragilidade que pessoas como Blithe, Churchill ou Thatcher demonstraram pela História, Vieira enfrentou críticas justas, opiniões injustas e situações de grande urgência, sempre resistindo, se adaptando, evoluindo e saindo mais forte.

Foram dois anos onde Blumenau muito ganhou. Ganharia mais se fossem quatro.

Caso se mantivesse em seu cargo por mais dois anos, ele diz que almejaria nvestir em ampliar os canais de comunicação entre parlamento e sociedade, continuar seu processo progressivo de valorização de sua equipe e dar sequência ao ambicioso projeto da nova sede da Câmara, que envolveria – além da construção do novo prédio – um parque ciliar e a revitalização de todo seu entorno, que traria vida a uma região que, hoje, está quase morta. Projeto esse que, diga-se de passagem, está praticamente pronto e tem enorme possibilidade de realmente sair do papel se a gestão de Almir Vieira encontrar continuidade.

E você? Acha que ele irá continuar como presidente da Câmara por mais dois anos? Será que isso está em seus planos? Você gostaria de ver a conclusão daquilo que ele iniciou?

Em algumas semanas estaremos em 2025... as respostas estão logo a frente,