Revolta do Pix pode virar impeachment contra Lula

Friday, 17 January 2025
O pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) à Polícia Federal, para instauração de inquérito sobre a suposta produção e disseminação de informações falsas nas redes sociais relacionadas ao uso do Pix, pode se tornar um novo “caça às bruxas” a opositores do governo Lula.
O deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), líder do Movimento Brasil Livre (MBL) utilizou seu canal no YouTube para mobilizar a população para manifestações pelo impeachment do presidente Lula. Embora a data dos eventos ainda não tenha sido definida, o parlamentar aproveitou o contexto da chamada "Revolta do Pix", episódio em que o governo propôs fiscalizar transações acima de R$ 5 mil culminando na insatisfação popular, para convocar os atos. Por enquanto, o texto do pedido de impeachment de Lula que o deputado pretende protocolar na Câmara dos Deputados está em elaboração.
No entanto, para fortalecer a iniciativa, Kataguiri adiantou à coluna Entrelinhas a criação de um site que permitirá à população endossar o pedido de impeachment de Lula por meio de assinaturas online. A ferramenta, que está em fase de testes finais, pretende acompanhar a adesão popular e demonstrar o descontentamento com o governo.
Investigação da PF sobre Pix pode virar "caça às bruxas" contra a oposição
O pedido feito pela Advocacia-Geral da União (AGU) à Polícia Federal, para instauração de inquérito sobre a suposta produção e disseminação de informações falsas nas redes sociais relacionadas ao uso do Pix, pode se tornar um novo “caça às bruxas” a opositores do governo Lula (PT) se houver aderência do Supremo Tribunal Federal (STF) à pauta, alertam especialistas.
O governo não reconheceu o movimento de indignação da população contra a instrução normativa da Receita Federal que queria aumentar a fiscalização sobre transferências acima de R$ 5 mil via Pix ou outros meios.
Ao invés disso, revogou a medida e supervalorizou a divulgação de relatos falsos de que o meio de transferência Pix seria taxado diretamente. O governo também ancorou sua narrativa em supostos golpes que estariam sendo aplicados a partir da disseminação de fake news sobre a norma, como o alegado envio de boletos falsos de cobrança de Pix em nome da Receita Federal por estelionatários.