SC vai multar quem usar drogas em público

SC vai multar quem usar drogas em público
Foto: Divulgação

Friday, 25 April 2025

Governador coloca rédeas para impedir que o estado se torne caótico (como outros) e o presidente da Câmara de Blumenau endossa.

Na semana passada, o governador Jorginho Mello (PL) sancionou o Projeto de Lei que institui multa para quem for flagrado usando drogas em locais públicos.

Ontem, na tribuna da Câmara de Vereadores de Blumenau, o vereador Ito de Souza – atual presidente da Casa – usou parte de seu tempo para deliberar sobre o assunto, ponderando: “mesmo que o Supremo (Tribunal Federal) queira descriminalizar o uso de drogas, aqui em Santa Catarina continuamos firmes em defesa da família e também da segurança pública.”

Fato

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso recreativo de drogas apresenta diversos riscos às pessoas, incluindo problemas mentais, dependência química, doenças infecciosas, danos aos órgãos internos e todas as possíveis decorrências de uma overdose.

O órgão entende, por exemplo, a maconha como a substância psicoativa ilegal mais usada no mundo, representando grande perigo de intoxicação aguda, transtornos psicológicos, danos neurológicos cognitivos e sequelas no longo prazo.

Embora seu uso terapêutico possa trazer benefícios, os males da cannabis são inúmeros, indo dos psicoemocionais (como depressão, ansiedade e esquizofrenia) até o processamento mental de informações (memória, aprendizado, atenção e velocidade do raciocínio) ou questões respiratórias... sem mencionar o impacto na coordenação motora.

Usuários em longa exposição podem apresentar patologias sérias, como a Síndrome de Hiperêmese Canabinoide, e não raramente demonstram dificuldades em relações sociais ou familiares.

E, ao contrário do que alguns querem crer, a maconha pode viciar, sim. Seus componentes psicoativos (como o THC) interagem com o sistema endocanabinoide no cérebro, causando dependência na estabilização do humor, bem como ampliando a tolerância/saciedade.

Pacientes psiquiátricos – em especial aqueles com humores instáveis, como portadores de Transtorno Bipolar – podem ter sua patologia muito agravada pelo uso de tal droga. Idem para esquizofrênicos. Grávidas arriscam condenar a criança que carregam em suas barrigas a questões de neurodesenvolvimento, prematuridade, bronquite (asma ou rinite também), defeitos congênitos e problemas mentais graves a partir da puberdade.

Tudo, claro, potencializado caso o uso da maconha seja misturado ao álcool.

Em adolescentes, a maconha atrofia a formação cerebral, pode causar cacoetes, dificuldades de foco, degradação do aprendizado, perda de memória e demais transtornos mentais.

Mas, apesar de tudo isso, o STF determinou – em junho do ano passado – a descriminalização do porte dessa substância para uso pessoal, fixando o limite de 40 gramas e alegando entender que a criminalização viola o direito à liberdade individual.

No máximo, o usuário tem sua droga apreendida e recebe uma advertência formal sobre os riscos da imbecilidade que está fazendo com a própria vida.

Desde então, centenas de pessoas são vistas diariamente pelas ruas do Brasil usando sua droga.

Opinião

Ninguém gosta de quem fuma. Se você fuma, provavelmente seus amigos não-fumantes apenas te toleram por educação. O fumante é um transtorno ambulante: sua fumaça fétida empesteia por onde ele passa, deixando o ar poluído com um pouco de câncer que ninguém pediu. Até mesmo em sua casa – onde ele tem o total direito de apodrecer os pulmões como bem quiser – sua fumaça invade as casas dos vizinhos. Fumantes são desagradáveis.

Mas aqui, a coisa vai ainda além: é um fumo e uma droga. E, tal qual um fumante, ninguém gosta de maconheiro. Talvez seja o tripé: fumante, maconheiro e bêbado. Todos odeiam esses três. E quanto menos instrução se tem, mais propenso a fazer um combo com ambos.

O brasileiro sequer se mostra capaz – em sua maioria – de conviver em sociedade sem roubar, mentir, furar fila ou seguir regras básicas... não somos a Holanda... somos um povo primitivo, incivilizado, com péssima escolaridade, que fala alto, interessa-se por futilidades, se vicia em jogos de azar e pensa ser esperto quando, na verdade, é trouxa. A tolerância PRECISA ser zero.

Se já é inadmissível que um retardado mental sobre uma moto com escapamento adulterado imponha seu ruído cretino a você, não podemos permitir que qualquer maconheiro demente – que pode ser seu vizinho – exponha seus filhos à mesma fumaça que liquefaz seu cérebro.

Jorginho Mello tem razão: tem que punir quem usa maconha, sim. E vou além: deveria colocar maconheiro na cadeia, porque sua estupidez financia diretamente o crime organizado.

“Mas maconha não faz mal” – repete o jovem retardado depois do segundo baseado e sem sequer lembrar-se de uma vírgula de tudo que leu alguns parágrafos acima. Por quê? Porque maconheiro (salvo raríssimas exceções) é burro. Simples assim. Fumaram o próprio cérebro. Todo escrito nesse texto expõe os riscos que a maconha representam à inteligência dos usuários.

Pense numa cena de filme onde pessoas importantes aparecem. Pode ser um dorama, seriado ou novela. Ou até na vida real. Sabe por que nunca há maconheiros em locais onde pessoas de relevância social se encontram? Porque maconheiros tendem a ser inúteis, inconvenientes e idiotas. E, quando alguém que se destaca tem esse vício como defeito, ele o esconde por se envergonhar.

Não faça isso consigo mesmo. Esteja sóbrio o suficiente nos seus momentos para que sempre possa lembrar-se deles da forma como te marcaram. Nada de bom acontece com alguém alterado.

Porém, se ainda assim você quiser fumar um baseado, então merece pagar a multa.

Afinal, se já não te sobrou mais cérebro para ser capaz de calcular os riscos que pairam sobre a sua própria vida, então talvez seja melhor também não te sobrar mais dinheiro para financiar o crime.


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Rick

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