Vereador da capital ataca tradição cultural blumenaunse

Vereador da capital ataca tradição cultural blumenaunse
Foto: Divulgação

Wednesday, 28 May 2025

Psolista questionou verbas da Cultura sendo direcionadas a clubes de Caça e Tiro da região e recebeu moção de repúdio da Câmara.

Em abril deste ano, o vereador florianopolitano Leonel Camasão (PSOL) fez um ataque direto a Blumenau, criticando a destinação de recursos públicos voltados à Cultura para clubes de tiro. Em suas redes sociais, ele considerou tal fato um absurdo.

Em resposta, na sessão de ontem (27), a Câmara de Blumenau aprovou uma moção de repúdio contra o parlamentar da capital. De autoria do presidente da casa, Aílton de Souza (PL), a iniciativa é um protesto contra alguém que Ito classificou como “desqualificado” e, em sua fala, destacou a importância cultural de tais clubes.

Quem é Leonel Camasão?

Leonel David Jesus Camasão Cordeiro, nascido em 2 de agosto de 1986 na cidade de São Paulo (SP), é formado em Jornalismo pela UFSC e ativista de direitos humanos.

Em sua trajetória, trabalhou como assessor de imprensa de sindicatos como o Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Coletivos de Pessoas) e foi diretor do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina por nove anos.

Em Joinville, começou a participar do movimento estudantil, chegando a presidir o DCE da faculdade Ielusc e se envolvendo com iniciativas como o Movimento Passe Livre e a Associação Arco-Íris LGBT+.

Militando no PSOL desde 2009, chegou a presidir o diretório catarinense da sigla, candidatou-se à prefeitura de Joinville, ao governo do estado e elegeu-se vereador em 2024 com apenas 3,9 mil votos (votação pouco expressiva, se tomarmos como medida o tamanho de Florianópolis).

Na câmara da capital, atua na Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência; na Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Pública; e na Comissão de Orçamento, Finanças e Tributação. Seu mandato defende pautas como o uso social em lápides de pessoas transexuais e a proibição do uso de tecnologias de reconhecimento facial pela segurança pública municipal.

Envolveu-se na denúncia de suposta violência policial contra moradores de rua e foi processado pelo senador Jorge Seif (PL) por ter afirmado que um caminhão com mais de 300 quilos de drogas apreendido pela polícia seria dele. Camasão foi condenado em primeira instância e seu recurso subiu ao STF, onde foi interrompido por um pedido de vista do ministro Gilmar Mendes em março deste ano.

Falemos do PSOL

Em 2003, um grupo de militantes de esquerda contrários à política de alianças e à defesa das reformas liberais feitas pelo primeiro governo Lula foi expulso ou saiu voluntariamente do PT. Entre eles estavam Heloísa Helena, Luciana Genro, Babá, Roberto Robaina e Plínio de Arruda Sampaio. Essas pessoas decidiram fundar o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).

Desde então, o PSOL foi fortemente acusado de oportunismo político por usar a bandeira da ética partidária como palanque pessoal, valendo-se de sua cisão com o PT para promoção midiática. Também enfrentou divergências internas, com a perda de nomes como Plínio.

Com o passar dos anos, a sigla foi criticada por abrigar correntes e militantes de extrema esquerda, com discursos sectários e anti-institucionais, o que levou figuras como Chico de Oliveira e Emir Sader a criticarem sua posição de total intransigência.

Em Santa Catarina, Afrânio Boppré e João Fachini foram alguns dos agentes políticos ligados ao PT que debandaram e ajudaram a fundar o diretório psolista no estado.

Um ecossistema esquizofrênico repleto de trotskistas, marxistas-leninistas e ecossocialistas.

Em Blumenau, sua primeira diretoria municipal teve Osni Wagner – confuso e inculto candidato a prefeito que apresentava visíveis dificuldades para responder até às perguntas mais óbvias – Hartmut Kraft, Marcos Roberto Bugamann e Julio Cesar Bugmann.

Fascismo e antifascismo

Criado por Benito Mussolini em 1919, o fascismo era uma ideologia política profundamente autoritária, ultranacionalista e antiliberal, que juntava elementos do sindicalismo revolucionário com o militarismo, em uma Itália pós-Primeira Guerra Mundial.

Defendia – assim como o socialismo – que o Estado deveria ser maior que o indivíduo. Dava plenos poderes aos seus líderes (cultuando sua personalidade no limite da idolatria), censurava a imprensa, hostilizava com brutalidade seus opositores e defendia uma política cooperativista que – sob qualquer análise – está fadada ao fracasso.

Meus bisavós, sicilianos, lutaram contra os fascistas em Palermo.

Já o antifascismo – surgido na Europa dos anos 1920 – opunha-se a tudo que o fascismo apregoava. Contudo, a partir dos anos 1980, sua função foi drasticamente alterada nos Estados Unidos, usando opressão para combater aquilo que rotulam como opressão. Os antifa, via de regra, são pretensos ‘soldados’ que não sobreviveriam a uma tarde no Serviço Militar Obrigatório.

Assim como os camisas-negras de Mussolini, esses jovens com graves falhas na eficácia do processo cognitivo depredam em seus protestos, agridem, demonizam a polícia, queimam símbolos e buscam intimidar. De forma que o próprio Mussolini se orgulharia.

Para eles, não há debate ou liberdade de expressão. É a imposição pela força. Sem direitos. É a ditadura dos auto-alegados oprimidos que desumanizam o adversário, declaram guerra a tudo que discordam e, quando derrotados, se escondem em um discurso covarde e demagógico sobre os abusos da violência – suprimindo os abusos violentos que eles mesmos iniciaram.

No afã de combater um monstro, esses acéfalos viraram eles mesmos a aberração.

Opinião

Todo antifascista é um fascista. É uma daquelas ironias tragicômicas contemporâneas.

Quase sempre, os militantes dessa causa são pessoas com desajustes pessoais que se sentem excluídos da sociedade, mas, ao invés do autoaprimoramento, encontram na autopiedade a revolta para crer que a sociedade está doente e deve ser mudada (ao invés deles mesmos).

O fraco odeia o forte. O feio odeia o belo. O fracassado odeia o próspero. Não há busca por crescimento. Há uma tentativa de rebaixar o outro... aquele que o superou. Normas ilógicas, biologias irreais, estéticas disformes e decadência como progresso. Assim pune-se o virtuoso. Traveste-se incivilidade como cultura. E a exceção vira a regra. Onde uma miríade de alienados permite a colonização de suas mentes para o sucesso de seus poucos colonizadores.

Sob o pretexto de fazer da minoria maioria – de tornar os oprimidos opressores – toda uma sociedade livre é escravizada, fazendo seu povo crer na própria escravidão e entregar a pouca liberdade conquistada com sangue aos seus falsos libertadores, verdadeiros carcereiros.

Essa é a sociedade onde estamos vivendo. Uma tentativa de refazer revoluções operárias contra a burguesia que, patrocinadas pela nobreza, tinham líderes burgueses, mandando os operários apenas como massa de manobra. Idiotas úteis. Vê a semelhança?

Camasão se diz antifascista. E isso – hoje – é o que precisamos saber sobre ele.

Florianópolis vive um momento em que movimentos estudantis, repletos de filhinhos de papai revoltados na própria dissociação da realidade, unem-se a carismáticos (e influentes) políticos de esquerda, membros de fortes sindicatos aparelhados e ao isolamento intelectual provocado pelas redes sociais. Dessa união, forças profundamente equivocadas como o PSOL se alimentam.

O vereador florianopolitano não conhece Blumenau, demonstra vexatória ignorância sobre o papel cultural dos clubes de caça e tiro e soa afeito a fake news (como é o caso da sua condenação em primeira instância ao ligar Seif a um caminhão com drogas).

Talvez ele faça parte de um deplorável grupo de pessoas que confundem ancestralidade com nacionalidade e, dessa forma, demonizam quem se orgulha de sua ascendência familiar. Ora... se algumas pessoas podem se orgulhar exclusivamente de sua orientação sexual – com quem se deitam – por que seria errado se orgulhar do berço de origem de sua própria linhagem?

Camasão não nasceu em São Paulo, logo, não é um manezinho. Mas, certamente, é um “mané”.


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Rick

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