Avaliação dos principais servidores públicos de Blumenau em 2017

Avaliação dos principais servidores públicos de Blumenau em 2017
Foto: Divulgação

Tuesday, 09 January 2018

Depois do hiato de um ano a avaliação mais detalhada do ano voltou doendo em quem doer.

Já é uma tradição há quase sete anos o BLUMENEWS avaliar os servidores públicos blumenauenses em relação ao seu desempenho nos doze meses que passaram.

O trabalho é criterioso e leva meses, pois várias pessoas são ouvidas: desde funcionários do próprio Executivo até contribuintes que precisam de tais serviços indo até profissionais que freqüentam essas áreas.

A importância de se tomar criteriosamente a opinião de várias pessoas diferentes sobre os mesmos nomes consiste no fato de que esse artigo NÃO SE TRATA de uma opinião pessoal de alguém ou de um grupo homogêneo, mas sim de um coletivo de pessoas sem ligação umas com as outras e que sequer se conhecem entre si. Alguns dos nomes são mais conhecidos pelo público e outros, cujo trabalho é muito específico, são conhecidos apenas por pessoas que tenham ligação direta com suas áreas.

Abaixo, a lista com os nomes referentes a 2017.

Airton Maçaneiro
Intendente Distrital do Grande Garcia
Avaliação:
bom
Salário: R$ 7,8 mil
Maçaneiro tem uma longa folha como funcionário público. Já foi tesoureiro do PMDB, trabalhou no gabinete de vice-prefeito, foi gerente na FMD, além de diretor de Educação Ambiental, Habitação e no Alertablu. O que impede sua avaliação de ficar em ‘muito bom’ é a triste situação na qual parte do Garcia se encontra desde a tragédia de 2008, pois a região sofreu muito na ocasião.  Obviamente tais danos não podem – e nem devem – ter sua solução atribuída a um homem apenas, mas é lamentável pensar que está para completar uma década da tragédia e no quão pouco a prefeitura tem feito para, no mínimo, revitalizar as áreas mais fragilizadas.

Alexandre Baumgratz
Faema
Avaliação:
muito bom
Salário: R$ 11,2 mil
De perfil dinâmico, esse doutor em Ciências Jurídicas finalmente colocou ordem na fundação fazendo os licenciamentos andarem com maior agilidade e disciplinando os maus servidores que, segundo conta-se, antes dele faziam do lugar o que bem entendiam. Um dos servidores públicos mais elogiados da cidade por usuários dos serviços da Faema e colegas de trabalho, Alexandre deixou uma excelente impressão em 2017 e criou grande expectativa para 2018.

Alexandro Fernandes
Samae
Avaliação:
muito ruim
Salário: R$ 11,2 mil
Sabe quando você está num pub numa noite de karaokê e aquele seu amigo bêbado e desafinado que mal sabe falar português decide cantar ‘Bohemian Rhapsody’?  É mais ou menos isso. O trabalho de Alexandro Fernandes é a grande vergonha alheia da Prefeitura Municipal de Blumenau. Ele já foi assessor na Câmara, diretor de um cabide de emprego qualquer numa das Secretarias de Desenvolvimento Regional e o pior secretário de Fazenda que a cidade já teve. Amigo de longa data do prefeito – sem o qual possivelmente jamais teria cargo similar – ele entra no Samae num período posterior a uma delicada situação com licitações na gestão anterior à dele. Ao que parece ao invés de abastecer a cidade com água, a antiga administração do órgão estava mais preocupada em fazer um vereador. Torçamos para que Fernandes enfim se encontre, faça um bom trabalho e possamos morder a língua.

Anderson Rosa
Secretário de Administração
Avaliação:
mediano
Salário: R$ 10,3 mil
Apontado por alguns como “a eminência parda que mantém os cargos de outras eminências pardas na prefeitura” Anderson tem o trabalho = ingrato ou não – de manter uma pasta muito pouco conhecida pelo grande público. Herdou a secretaria de Roni Wan-Dall extremamente bem afiada e desde então tem apenas tocado o serviço, auxiliado também por uma ótima equipe de servidores concursados, mas não demonstrou mais do que o básico esperado.

Beto Tribess
Praça do Cidadão
Avaliação:
muito bom
Salário: R$ 7,8 mil
Beto Tribess sempre foi um vereador simpático. Quando traído pelo prefeito na época em que estava quase tudo certo para que fosse presidente da Câmara e teve seu tapete puxado para beneficiar Mário Hildebrandt – que pouco depois viria a se tornar vice-prefeito – Beto mostrou que sabe levar na esportiva e tem articulação política. Herdou uma Praça do Cidadão muito bem organizada de seu antecessor Jairo Santos – ex-candidato que, no afã de queimar o prefeito por se sentir traído queimou a si mesmo e sumiu do Poder Público – Beto tem tocado muito bem o órgão mantendo-o ainda como uma excelente referência de eficiência.

Carlos Lange
Seterb
Avaliação:
muito ruim
Salário: R$ 11,2 mil
O que dizer do péssimo presidente do Seterb que já não tenha sido dito antes? Alguns dizem: “o Vadinho era pior”. Talvez não. Vadinho foi o comandante do Metropolitano que caiu fora do clube quando o time começou a afundar? Foi. Mas não foi na gestão dele que a Piracicabana veio para Blumenau. Um ponto para ele. Lange mantém a caixa-preta sem transparência das multas de Blumenau, faz vista grossa para a balbúrdia em sua repartição, não tem capacidade para colocar a Guarda de Trânsito em ordem, é conivente com TODOS os abusos (desde diminuição de linhas até aumento de tarifa) praticados pela Piracicabana (agora chamada Blumob e sendo divulgada com verba pública) e parece incentivar os deploráveis radares móveis escondidos que rendem uma pequena fortuna com finalidade desconhecida sem evitar acidente algum. Se a prefeitura fosse uma empresa a demissão de Lange teria uma urgência desesperadora.

Cézar Cim
Procon
Avaliação:
muito bom
Salário: R$ 7,8 mil
Jurista com conhecimento de causa impressionante, Cezar domina com maestria várias nuances do Direito e substituiu habilmente o ex-coordenador do órgão, Alexandre Caminha. Infelizmente o Executivo continua a destinar pouca verba ao Procon e isso se reflete, principalmente, no atendimento que deixa muito a desejar. Mas Cezar Cim é um homem inteligente e esperto. Que o diga o vereador questionável que tentou deslealmente puxar seu tapete e acabou sem partido...

Cristiane Loureiro
Fundação Pró-Família
Avaliação:
muito bom
Salário: R$ 10,3 mil
Fisioterapeuta e membro ativo do Rotary, Cristiane é uma pessoa simpaticíssima e uma profissional extremamente elogiada por todos que a conhecem. A Pró-Família, dizem, é um dos órgãos mais recompensadores de se administrar, em termos humanos. Ela é preocupada e sempre parece realmente se esforçar para conseguir fazer as coisas acontecerem. A única crítica é que, segundo alguns, poderia ser um pouco mais pró-ativa, mas isso é algo que muitas vezes a experiência do passar do tempo traz.

Egídio Beckhauser
Fundação Municipal de Desporto
Avaliação:
bom
Salário: R$ 11,2 mil
Ao contrário do antecessor, Sérgio Galdino – que foi um grande atleta, mas um péssimo gestor – Beckhauser tem logrado êxito em sua passagem pela FMD. Também atleta e com importante participação pela coordenação das categorias de base do Metropolitano, ele tem feito em parceria com o vereador Ito um bonito trabalho com as Olimpíadas das Associações de Moradores, levando o esporte para locais onde podem fazer toda a diferença. Seu trabalho só não tem sido melhor por conta da pouca verba que o executivo destina para a fundação.

Erno Bublitz
Intendente Distrital da Vila Itoupava
Avaliação:
muito bom
Salário: R$ 7,8 mil
Empresário extremamente respeitado na região onde trabalha, Erno continua forçando um Poder Executivo apático a dar atenção às necessidades da comunidade que representa. Seu grau de respeitabilidade é tamanho na Vila que conta-se que durante uma reunião com o Executivo, todas as promessas feitas por Napoleão eram perguntadas pela comunidade a Bublitz, pois sua credibilidade é bem maior do que a do próprio prefeito.

Ivo Bachmann
Secretário de Desenvolvimento Urbano
Avaliação:
muito bom
Salário: R$ 10,3 mil
Muito bem quisto na pasta, Bachmann (que, aparentemente, não tem parentesco algum com o padre João) é um secretário com um conhecimento impressionante sobre cadastros técnicos. Poderia, claro, ser mais rigoroso com seus servidores e, principalmente, fiscais (muitos deles envolvidos em denúncias que merecem ser apuradas), mas ganha muitos pontos por conta da criação da lei que originou a Comissão de Fiscalização.

Juliano Gonçalves
Secretário de Regularização Fundiária e Habitação
Avaliação:
mediano
Salário: R$ 17,3 mil
Engenheiro muito competente e respeitado, Juliano teve uma atuação fraca a frente da Secretaria de Planejamento onde suas poucas obras mais serviram para confundir e atrapalhar do que para surtir algum efeito positivo. Obviamente não é fácil pensar em planejamento numa cidade onde o governo regula o orçamento para o básico e não tem peito para fazer as desapropriações necessárias, atendo-se a medidas paliativas ou surreais (como colocar corredor de ônibus em ruas estreitas). No comando da Regularização Fundiária ele tem tentado fazer um bom trabalho e a maioria dos entrevistados o elogiou. Sua personalidade – do ponto de vista do trabalho – foi citada como ‘difícil de lidar’, mas também como a de ‘alguém acessível’. Outro ponto em que a maioria dos entrevistados fez questão de tocar foi no possível boicote à pasta supostamente orquestrado pelo vice-prefeito, Mário Hildebrandt. Mas isso apenas o tempo dirá. Se é que vai dizer.

Marcelo Althoff
Secretário de Comunicação
Avaliação:
mediano
Salário: R$ 10,3 mil
Quase a totalidade dos entrevistados considerou a administração de Althoff a frente da pasta como medíocre, ruim ou péssima, mas optamos por lhe dar o benefício da dúvida e manter como ‘mediana’. Claro que comparado ao trabalho sofrível de Marco Antônio Wanrowsky até uma criança pareceria genial, mas o ponto aqui é outro. Advogado, Althoff tem representado uma gestão que investe consideravelmente na divulgação de obras que não tem. Um governo que precisa divulgar como notícia inauguração de ponto de ônibus e de telhado mostra o quanto não tem feito absolutamente nada do qual possa ser orgulhar verdadeiramente. Alguns chegam a afirmar que, assim como outros da atual gestão, seria só mais um títere de um grupo maior de interesses. Possivelmente não, mas que vai saber...

Marcelo Schrubbe
Secretário de Conservação e Manutenção Urbana
Avaliação:
mediano
Salário: R$ 10,3 mil
Virou quase um mantra: todo ano ressaltamos que Schrubbe é tão bom no Executivo como jamais foi no Legislativo. Mas dessa vez o secretário que se mostrou um dos melhores da cidade quando estava na Defesa do Cidadão encontrou uma barreira muito difícil de transpor. A cidade conta com dezenas de ruas absurdamente esburacadas, uma drenagem que diversas vezes deixa muito a desejar e aparelhos públicos muitas vezes vandalizados. Contudo a culpa de tais problemas não pode recair completamente sobre Schrubbe. Por um lado tem ido muito pouco dinheiro para fazer a manutenção da cidade e, como todos sabem, sem dinheiro pouco ou quase nada se pode fazer. Por outro lado a Secretaria não pode ser responsabilizada por coisas que os próprios contribuintes vandalizam. Schrubbe está passando maus momentos à frente da pasta, sim, mas seu histórico como secretário nos faz acreditar que ele possa vencer esse problema. Porém, enquanto isso, como diria uma antiga peça publicitária de uma loja de pneus: “com tanto buraco na cidade, ‘Se Meu Fusca Falasse’ ele seria gago”.

Marco Antônio Wanrowsky
Gabinete do prefeito
Avaliação:
mediano
Salário: R$ 9,9 mil
É realmente a melhor escolha possível colocar num gabinete blindado uma pessoa tão pouco acessível. Até porque Wanrowsky como secretário de Comunicação foi uma piada de péssimo gosto contada com dinheiro público, afinal o ex-vereador que não sabia ficar quieto enquanto outros parlamentares falavam a ponto de terem que pedir para se calar por mais de uma vez (como se fosse uma criança mimada) não pode comunicar nada porque sequer sabe ouvir. Fechado numa confraria de onde pouco se sai e menos ainda se entra, ele fica perfeito na encarnação do titereiro por trás de um governo onde falta tudo, principalmente direção. Como médico seria fundamental que alguém o avisasse que o prefeito está sem pulso!!!

Maria Regina Soar
Secretaria de Saúde
Avaliação:
mediana
Salário: R$ 10,3 mil
Mesmo com o grosso investimento que o Executivo Municipal fez na área da Saúde, Maria Regina – que não é médica e nunca foi – continua patinando numa área em que outros profissionais, certamente, obteriam resultados bem melhores.  No passado Soar já foi classificada como péssima por conta de sua total inaptidão e falta de empatia para lidar, em nota, com a trágica morte de uma criança num hospital. Piorando a situação o então responsável pelo jornalismo da prefeitura afirmou: “crianças são frágeis, né? Elas morrem” (sic). Então, apesar de ter melhorado um pouco em seu traquejo social diante da pasta, Maria Regina tem usado de forma ainda pouco explorada os recursos a ela destinadas, mesmo que o Governo do Estado tenha uma grande dívida para com os municípios na área da Saúde.

Mário Hildebrandt
Secretário do Programa de Mobilidade Sustentável e de Projetos Especiais.
Avaliação:
muito ruim
Salário: R$ 11,1 mil
Ah... o vice-prefeito. Tido por alguns como alguém rancoroso como uma viúva de confederado, Mário é como um chupim: um pássaro oportunista que usa os ninhos de outras aves para que choquem seus ovos. Seu trabalho na Assistência Social não foi ruim, muito pelo contrário, mas foi onde ele plantou seu pequeno feudo. Uma vez vice-prefeito foi fortemente acusado pela imprensa de governar a cidade no lugar do próprio prefeito. O que não é ruim, afinal ele é melhor do que as eminências pardas que aparentemente a governavam o lugar antes. Contudo, já de olho no assento do chefe do Executivo, Hildebrandt – que tem em suas mãos o Programa BID, que é praticamente a chave da cidade para obras como a ponte que o Napoleão finge que não prometeu – tem sido acusado por vários dos entrevistados de tentar boicotar a Secretaria de Regularização Fundiária para, como a ave supracitada, colocar seus próprios representantes para serem ‘chocados’. O prefeito deveria tomar cuidado, afinal às vezes o que parece inofensivo pode matar, como o Sarcoma de Kaposi, doença oportunista caracterizada por deixar bexigas arroxeadas, o que nos lembra que não há muita gente de ‘saco roxo’ na política local como diria o ex-presidente Fernando Collor de Mello (citando só para fazer trocadilho, já que o sarcoma não é escrotal e pedindo perdão por usar uma palavra tão desagradável como ‘Fernando Collor de Mello’ nesse texto). (A palavra ‘escrotal’ foi um mero trocadilho incidental).

Moris Kohl
Secretário de Desenvolvimento Econômico
Avaliação:
muito bom
Salário: R$ 10,3 mil
Professor universitário e empresário, Moris tem se destacado positivamente no tocante ao fomento do desenvolvimento econômico na cidade. Uma prova disso é sua participação fundamental – e nem sempre creditada – na criação da excelente Praça do Empreendedor. Com ações mais de bastidores, o secretário continua articulando muito bem para que a máquina da iniciativa privada não pare de funcionar em Blumenau.

Oscar Grotmann
Secretário de Desenvolvimento Social
Avaliação:
bom
Salário: R$ 10,3 mil
Alguns temeram que o vice-prefeito – e atual dono da política da cidade – Mário Hildebrandt transformasse a nova Semudes em seu curral eleitoral, como já havia acusações de tê-lo feito no passado (mesmo que os elogios sobre sua administração fossem mais freqüentes do que as críticas). Grotmann pegou a secretaria das mãos da competente Patrícia Morastone – que recriou a Secretaria de Regularização Fundiária e Habitação – e mesmo com ela afastada da pasta afirma-se que ambos ainda trabalham juntos. Independente da parceria ainda acontecer ou não, pelo menos a estratégia tem dado certo. Mesmo que a Semudes esteja virando só mais um feudo (e já há muitos) para o vice-prefeito. Até porque nunca se sabe quando o prefeito Napoleão Bernardes – o amado Popô – vai deixar o cargo por W.O.

Paulo Costa
Secretário de Gestão e Transparência
Avaliação:
muito bom
Salário: R$ 10,3 mil
Costa tem se mostrado muito respeitoso em relação à Legislação que versa sobre a transparência e criou importantes comissões para fiscalizar essa parte tão importante da coisa pública. Aparentemente, segundo uma fonte, influenciado pela respeitável Eliana Calmon, Costa tem ajudado o município a evoluir nas leis de combate à corrupção. Dessa forma, a administração ‘popônica’ pode ser acusada apenas de incompetente, não de corrupta... ao menos, é o que parece.

Patrícia Lueders
Secretária de Educação
Avaliação:
ruim
Salário: R$ 10,3 mil
Ex-rainha da Oktoberfest, Patrícia sempre se destacou por ser proativa e bastante articulada. Contudo essas qualidades despencaram em 2017 quando assuntos muito delicados emergiram. Fechar a EBM Tiradentes foi uma atitude, pelo menos, apressada. A notícia de que a maioria dos alunos daquela escola iriam para unidades educacionais diferentes daquelas pretendidas pela prefeitura apenas provou o descontentamento com a postura da Secretaria. Piorando ainda mais a situação, a insensibilidade para com os alunos da EBM Margarida Freygang foi um tiro no próprio pé. As crianças da Nova Rússia vivem em uma comunidade diferenciada e esperar que estudem, ainda tão jovens, com crianças que vem de realidades tão diferentes é, na mais otimista das visões, ingenuidade.

Rafael de Oliveira
Praça do Empreendedor
Avaliação:
muito bom
Salário: R$ 7,8 mil
Desde sua criação essa praça tem sido um sucesso (mesmo que seu primeiro diretor tenha sido muito pouco eficiente). Oliveira, em contrapartida, dinamizou o trabalho. Ex-procurador da Faema (que, dizem, auxiliou Fernando Leite a administrar a fundação) ele sabe o que fazer e conta com uma excelente equipe: alguns dos melhores servidores da Praça do Cidadão acabaram sendo alocados para o Empreendedor na data da sua criação.

Régis da Silva
Secretaria de Infraestrutura Urbana
Avaliação:
bom
Salário: não consta no Portal Transparência
A antiga Secretaria de Obras não deixou grande expectativa quando foi desmembrada. “Até uma batata doce faria um trabalho melhor que o Paulo França” foi um dos muitos comentários que confirmavam isso. Engenheiro Eletricista e especialista em Desenvolvimento Empresarial, Régis traz em seu currículo passagens pela Celesc, Centro de Operação e Distribuição, Agência Regional de Blumenau e Diretoria de Geração, Transmissão e Novos Negócios: ou seja, nada que envolva a pasta. Perde pontos por ir contra uma promessa (não cumprida, para variar) de que o prefeito nomearia apenas nomes técnicos para os cargos. Contudo Régis conta com excelentes servidores de carreira e mostra uma admirável proatividade mantendo o andamento de obras como o prolongamento da Rua Humberto de Campos mesmo com a mesquinharia de verbas do Executivo e a politicagem que, vez por outra, costuma engessar as ações de outros secretários que assumiram cargos similares.

Ricardo Stodieck
Secretário de Turismo e presidente do Parque Vila Germânica
Avaliação:
muito bom
Salário: R$ 10,3 mil
O Turismo em Blumenau já pode ser avaliado entre ‘antes’ e ‘depois de Stodieck’. Homem de visão, cultura e presença agradável, ele analisa a cidade do ponto de vista do que um turista deseja, sempre procurando novos eventos e atrações. Sob sua gestão o Parque Vila Germânica se tornou um dos mais aprazíveis locais da cidade e a Oktoberfest bateu todos os recordes de público e qualidade. É bem verdade – e fundamental dizer – que antes dele o trabalho de Norberto Mette foi importantíssimo para reinventar a festa que a administração do ex-prefeito Décio Lima quase destruiu (mesmo que sua gestão, como um todo, não tenha sido ruim). Mas a cada ano que se passa Ricardo mostra que pode fazer ainda mais para atrair novos visitantes.

Rodrigo Jansen
Procurador-geral do Município
Avaliação:
muito bom
Salário: R$ 10,3 mil
Como dito em anos anteriores, Jansen é um advogado de conhecimentos admiráveis e cuja competência assombra se comparada a sua pouca idade. Se no passado ele cometeu seus erros, por ingenuidade, nos anos que se seguiram provou ter aprendido com eles e se mantém sendo uma das poucas apostas decentes do prefeito Napoleão Bernardes.

Rodrigo Quadros
Secretário de Defesa do Cidadão
Avaliação:
bom
Salário: R$ 10,3 mil
Quadros é administrador pós-graduado em Gestão Pública Municipal. Traz também em seu currículo cursos de Defesa Civil, Análise de Riscos e um Master of Business Administration (MBA) em Gestão de Pessoas em Situação de Risco. Capacidade técnica para o cargo ele tem. Além disso, herdou uma secretaria muito bem equipada por seu antecessor, Marcelo Schrubbe. Tem continuado o bom trabalho a ele deixado e só não ganha um ‘muito bom’ porque ainda não apresentou nenhuma inovação realmente fundamental para a pasta.

Rodrigo Ramos
Fundação Cultural de Blumenau
Avaliação:
bom
Salário: R$ 11,2 mil
Ramos tem o que podemos chamar de ‘um dos mais impressionantes currículos da área da Comunicação na cidade’. Certamente é uma das mentes que a cidade precisa em sua administração. Jornalista e comunicador com extensa experiência, foi correspondente internacional na Ásia e na Europa, além de ter um vasto trabalho como documentarista e produtor audiovisual. Organizador de eventos que envolveram desde a área da Cultura até o Turismo Sazonal, coordenou feiras de livro, escreveu quase uma dezena de obras e artigos (do qual destacamos ‘Laços Vitais’, uma excelente dica de leitura), publicou uma antologia, dirigiu uma editora, além de dar aulas em universidades e instituições de ensino técnico. É tranquilizador saber que o prefeito – que já escolheu tantos nomes ruins por meras ligações pessoais – finalmente parece ter encontrado alguém com grande bagagem e conhecimento. Ramos assumiu a árdua missão de continuar o trabalho impecável de Sylvio Zimmermann e o tem feito com maestria. Ah... como é bom ter motivos para elogiar!

Roni Wan-Dall
Secretário de Gestão Financeira
Avaliação:
muito bom
Salário: R$ 10,3 mil
Roni já foi secretário de Administração. E um bom secretário de Administração. Na pasta da Gestão Financeira tem dado continuidade ao trabalho que tem mostrado ter a frente de órgãos públicos. Cercado por excelentes servidores de carreira, ele conta com sua própria bagagem profissional e com o apoio de uma excelente equipe para manter o trabalho em um nível de excelência.

Cabe, claro, ressaltar que a análise aqui não é sobre a pessoa de cada um dos mencionados, mas sim sobre seu trabalhou ou, em última análise, de seu perfil enquanto profissional.

Foram ouvidas algumas dezenas de pessoas desde o início do segundo semestre de 2017 e baseado em suas narrativas concluímos o que escrever de forma que as opiniões aqui, em pouquíssimos casos, se baseiam na opinião do portal. Também ressaltando, com grande importância, que os valores dos salários demonstrados acima são os referentes ao mês de novembro, podendo haver mudanças entre os meses.


>> SOBRE O AUTOR

Ricardo Latorre

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