Você conhece o vereador Bruno Cunha. Em 2012, ele fez 933 votos para vereador. Na eleição posterior, em 2016, elegeu-se vereador com 4.829 votos. Conquistou 9.842 votos dois anos depois, enquanto pleiteava uma vaga de deputado estadual, e estabeleceu-se com a impressionante votação de 4.892 votos em 2020, tornando-se o mais votado da cidade. Na última eleição, ele repetiu a façanha e fez 5.851 votos... quase mil a mais.

Mas Bruno Horwatitsch Cunha vai além de meros números frios e sem alma. Advogado especializado em Direito Público (além de Direito do Trabalho e também Direito Civil), ele é mestre em Desenvolvimento Regional e professor universitário. Sua carreira legislativa é prolixa em projetos de grande utilidade pública e marcada por fiscalizações que, não raramente, o colocaram em rota de confronto direto com aqueles que ocupavam o posto de prefeito.

Conheci o Bruno muito antes de sua bem-sucedida vereança, nos idos de 2011.

Meu primeiro contato com ele foi mais direto: o Bruno amigo. Uma pessoa preocupada e divertida. Depois, pude ver a atuação do Bruno advogado. Mediador e parcimonioso, mas ainda assim aguerrido e um profundo conhecedor do Direito.

Quando ele se elegeu, o sentimento foi ambíguo. Por um lado, era uma alegria imensa dividir a conquista de um amigo digno e honesto, que sabíamos que daria o seu melhor pela comunidade. Mas, por outro lado, havia o receio de ele não encontrar seu próprio caminho parlamentar e as críticas – exercício da minha profissão – impactarem a amizade.

Mas não foi isso que aconteceu.

Bruno Cunha conseguiu se estabelecer como o melhor vereador da cidade por vários e vários anos. Seu trabalho se tornou um exemplo de sucesso e um case a ser estudado.

Quando houve críticas, ele não repudiou ou cerrou os ouvidos a elas. Há vereadores que lidam com críticas na base da ameaça. Desde os que enviam notificações extrajudiciais, como foi o caso do ex-vereador Alemão, até aqueles que tentam usar sua influência política tentando intimidar, como foi o caso do ex-vereador Marcos da Rosa quando presidente.

Esse nunca foi o caso de Bruno. Ele ouve atentamente as críticas, separa o que é produtivo do que é meramente destrutivo, explica aquilo que julga ter justificativa e compreende aquilo com o qual concorda. Uma forma madura, inteligente e democrática de lidar com o contraditório.

Algumas de suas lutas vão ainda além da Câmara de Vereadores, como a causa animal. Ele, por exemplo, é presidente da Comissão de Direitos dos Animais da OAB-SC. Mais do que isso, Bruno é voluntário ativo do Instituto Bem Animal, estando presente nos mutirões de castração realizados na cidade. Sua participação vai além das ações institucionais, com envolvimento direto e mãos à obra para ajudar a transformar a realidade dos animais em situação de vulnerabilidade.

Outras causas, além da animal, também estão ao alcance da sua atenção, como as tantas e tantas ações de arrecadação em pedágios beneficentes.

Outra de suas facetas é a literária. Em 2021, ele lançou um livro chamado ‘A Era dos Signos’, que mistura distopia com fantasia astrológica. Narrada por uma jovem geminiana (Linnea), a obra se passa num futuro próximo, onde a humanidade é dividida em grupos baseados nos signos zodiacais. É inteligente, instigante e culturalmente ressonante, permitindo ao leitor vivenciar a ruptura de um mundo por meio de olhos esperançosos e críticos. Uma história perfeita para quem gosta de enredos leves, mas com apontamentos sociais perspicazes, que está à venda na Amazon por R$ 45.

Conclusão

Mesmo que não fosse vereador, Bruno ainda seria um cidadão de profunda utilidade social para toda a comunidade blumenauense. Alguém que vai muito além do que o transitório poder político lhe permite ir. Alguém cujas ações justificam cada voto de confiança.

Em um país com eleitores tão propensos a desperdiçarem seus votos, é realmente uma grande alegria ver que esse parlamentar – esse cidadão – realmente honra seus eleitores.