O governo interino do Peru declarou estado de emergência na capital Lima e na cidade portuária vizinha de Callao, em uma medida drástica para combater uma onda de violência e extorsões atribuídas ao crime organizado. No entanto, o verdadeiro alerta que esta crise acende não é sobre a violência em si, mas sobre a insatisfação política da Geração Z que liderou protestos massivos por lá. A juventude latino-americana, sentindo-se explorada e sem perspectiva, pode ser o catalisador de uma necessária revolução política que o Brasil, com sua classe média pressionada, precisa observar de perto.

A crise no Peru não se limita aos números alarmantes de extorsão – que passaram de 2.396 em 2023 para mais de 17.000 em Lima. A insatisfação popular motivou protestos massivos liderados por jovens que culminaram em violentos enfrentamentos nas imediações do Congresso. O presidente José Jerí, recém-instalado, usou o estado de emergência para tentar conter a violência urbana, proibindo a circulação de duas pessoas na mesma motocicleta e permitindo o uso de militares nas ruas.

A realidade peruana é um sintoma da América Latina: a política tradicional tem explorado o progresso da classe média, sufocando o futuro da Geração Z. A destituição da ex-presidente Dina Boluarte em 10 de outubro é um reflexo direto de um sistema que falha em entregar segurança e prosperidade, gerando um sentimento de "não ter mais nada a perder" entre os jovens.

Blumenau e o Risco de Revolução da Classe Média no Vale do Itajaí

Embora a realidade de Blumenau seja de segurança pública controlada e índices de qualidade de vida superiores, a pressão econômica sobre a classe média e a juventude no Vale do Itajaí é um eco da insatisfação global. O Brasil, assim como o Peru, possui uma política que, historicamente, se alimenta da taxação excessiva e da falta de serviços públicos de qualidade, desmantelando o progresso conquistado a duras penas. As manifestações jovens no Peru devem ser vistas como um espelho: um alerta de que a Geração Z brasileira, que é nativa digital e informada, tem o potencial de eclodir em uma revolução política contra o sistema que destrói o poder de compra e as perspectivas de futuro. O tempo da política extrativista está acabando, e o despertar da juventude por aqui é uma questão de tempo.

A juventude peruana foi às ruas. Você acredita que a Geração Z em Blumenau e no Brasil será o agente de mudança para acabar com a política que destrói nossa classe média?