Na manhã desta quinta-feira (02/02) foi decretada a morte cerebral da ex-primeira-dama Marisa Letícia da Silva (66 anos), em razão de complicações em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), chamado antigamente de ‘derrame’.

Marina estava internada desde 24 de janeiro no Hospital Sírio-Libanês e apesar de apresentar uma breve melhora na terça (31/01), seu quadro era grave e a situação, infelizmente, piorou.

Um dia antes do óbito ela teve uma trombose venosa profunda nas pernas e o corpo médico precisou utilizar um filtro de veia cava para impedir que os coágulos se deslocassem para outras regiões do organismo.

Ela deixa cinco filhos e o marido, o ex-presidente Luís Inácio ‘Lula’ da Silva, com quem foi casada por 43 anos.

Sua vida como primeira-dama foi discreta e o pouco que se soube sobre sua intimidade veio a tona nos grampos telefônicos da Operação Lava-Jato, onde ela era chamada pejorativamente de ‘Acumuladora Geral da República’ pela nora e onde, de forma extremamente deselegante, ela mesma disse que os ‘coxinhas’ deveriam enfiar suas panelas no #* durante um panelaço.

Foi uma das poucas manifestações dela e teve uma palavra de baixíssimo calão.

Ela estava arrolada na Operação Lava-Jato junto com o marido e dois filhos, onde estava sendo investigada por vestígios de corrupção. Há a expectativa de delação premiada do empresário Eike Batista, que deverá complicar em muito a situação de Lula. Agora sem sua esposa – que esteve ao seu lado em todos os momentos – Lula poderá responder por corrupção sem a companhia daquela que, assim como ele, foi beneficiada pelos desvios.

Pedimos apenas para que não se comemore a desgraça que acomete a ‘família Lula’. Se o ex-presidente cometeu algum crime (e nós acreditamos que tenha cometido) é na Justiça que deve pagar. Perder a esposa não é justiça, é tragédia. Mesmo que ela tenha agido de forma vulgar em vida, ser acometido por um AVC é um terror que apenas quem já viu o drama de famílias que tiveram um parente acometido por um pode entender.

Mas, acima de tudo, não há alegria na infelicidade de outra pessoa.

Apesar de não compactuarmos com muitas das ações do ex-presidente e com a maioria das posturas de seu partido, é com pesar que expressamos nossas condolências à família.