Glauber Braga é retirado à força do plenário da Câmara

Wednesday, 10 December 2025
Deputado do PSOL - notório câncer da política brasileira - tentou transformar a sessão em um circo e seu teatro saiu pela culatra.
Em um episódio que expõe o limite da tolerância com o desrespeito institucional, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) ocupou à força a cadeira da presidência na mesa diretora da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, recusando-se a sair e desafiando abertamente a autoridade da Casa. A ação, que durou mais de duas horas e culminou em sua remoção coercitiva pela polícia legislativa, não é mero capricho de um parlamentar exaltado: é a gota d'água em uma trajetória de confrontos e violações que tornam imperativa sua cassação. Como bem sinalizou o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) ao anunciar, ainda hoje, a votação do processo de perda de mandato, é hora de o Congresso pôr fim a essa farra de impunidade.
Tudo começou por volta das 16h04, quando Braga, em um gesto teatral de protesto, instalou-se na cadeira presidencial do plenário, declarando que não deixaria o local. O contexto era explosivo: horas antes, Motta havia comunicado que a votação sobre a cassação de Braga ocorreria ainda este ano, atendendo a uma decisão do Conselho de Ética de abril de 2024. O processo, iniciado pelo Partido Novo, acusa o deputado de conduta incompatível com o decoro parlamentar, incluindo agressão física a um ativista do MBL, Gabriel Costenaro, e ofensas ao deputado Kim Kataguiri (União-SP), comprovadas por imagens de câmeras de segurança, conforme relatório do relator Paulo Magalhães. Aliados de Braga alegam que o caso foi inflado com queixas antigas irrelevantes, mas os fatos falam por si: um parlamentar que recorre à violência não merece o púlpito da nação.
A ocupação escalou rapidamente. Às 17h34, a TV Câmara interrompeu a transmissão ao vivo do plenário, enquanto a polícia legislativa esvaziava o local, retirando jornalistas e impedindo gravações – uma medida justificada pelo gabinete de Motta como protocolo de segurança, embora critique-se a opacidade do procedimento. Somente às 18h08, após um impasse que paralisou o trabalho legislativo, Braga foi arrastado para fora à força. Em declaração à imprensa logo após, o deputado não demonstrou remorso: ao contrário, comparou seu ato à ocupação de 36 horas por parlamentares da oposição em agosto de 2025, em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, ironizando que Motta lhe negava "1% do tratamento" dado àqueles "sequestradores da mesa diretora". "A única coisa que eu pedi ao presidente da Câmara, Hugo Motta, foi que ele tivesse 1% do tratamento para comigo que teve com aqueles que sequestraram a mesa diretora da Câmara por 48 horas por dois dias em associação com um deputado que está nos Estados Unidos conspirando contra o nosso país", disparou Braga, em uma narrativa vitimizante que ignora o cerne: ele não é vítima, é o agressor crônico.
Essa não é a primeira vez que Braga transforma o Congresso em ringue pessoal. Em abril de 2025, ele protagonizou uma greve de fome de uma semana, encerrada por acordo com Motta, em mais um capítulo de chantagem emocional. Seus aliados no PSOL e na esquerda radical aplaudem esses espetáculos como "resistência", mas o que se vê é o oposto: um deputado que, em vez de debater ideias, opta pelo caos e pela intimidação. Motta, ao condenar o ato como "desrespeito à Câmara", determinou uma investigação sobre eventuais excessos contra a imprensa – um aceno à transparência que Braga, ironicamente, questiona. Mas o foco deve ser outro: a cassação não é punição seletiva, é justiça restaurativa. Permitir que Braga continue representando o povo fluminense, após agressões comprovadas e agora essa invasão descarada, é conivência com o desmonte das instituições.
O processo de cassação, aprovado no Conselho de Ética por maioria, agora segue para o plenário, onde 257 votos dos 513 deputados podem selar o fim do mandato de Braga. É um momento pivotal: o Congresso, pressionado por uma sociedade cansada de radicalismos estéreis, tem a chance de reafirmar que o decoro não é negociável. Glauber Braga precisa ser cassado – não por vingança partidária, mas para preservar a dignidade da democracia brasileira. Qualquer hesitação seria um convite a mais anarquia, e o país não pode mais bancar os delírios de quem confunde mandato com licença para o vandalismo político. A votação deste ano não é opção: é obrigação.