O que os presidenciáveis pensam sobre a intervenção no Rio

O que os presidenciáveis pensam sobre a intervenção no Rio
Foto: Divulgação

Wednesday, 21 February 2018

Michel Temer resolveu decretar intervenção federal no estado do Rio de Janeiro.

Michel Temer decretou e assinou na última sexta-feira (16) intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro, após reuniões com autoridades cariocas, inclusive o governador do estado, Pezão (MDB). Essa situação é inédita na história do Brasil, desde a criação da Constituição Federal vigente, em 1988. O assunto foi pauta durante todo o final de semana pelos principais meios de comunicação do País e muita gente opinou, inclusive os pré-candidatos à Presidência da República.

O decreto assinado por Michel Temer tem validade até o dia 31 de dezembro, quando encerra seu mandato, caso não seja revogado antes do tempo.

Caberá ao (a) novo (a) presidente eleito (a) as consequências a longo prazo dessa decisão inédita.

O UOL tentou ouvir todos os postulantes oficiais ou não ao cargo de presidente da República próximo ano. Dos que foram procurados pelo portal de notícias, apenas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda de Temer, Henrique Meirelles, não se pronunciaram. Enquanto o petista disse que não tinha comentários a fazer sobre o tema, Meirelles não foi achado para opinar.

Veja o que declararam os principais pré-candidatos à Presidência da República.

Álvaro Dias

O presidente do Podemos ainda não foi colocado oficialmente como um pré-candidato, mas seu nome é estudado de forma concreta. Em vídeo divulgado em suas redes sociais, o senador criticou a decisão tomada pelo Planalto e culpou o governo federal pela situação não só do Rio de Janeiro, mas de todo Brasil.

Dias afirmou que o governo perdeu a batalha contra o crime. E completou dizendo que esse decreto é apenas a "revelação da incompetência".

Ciro Gomes

O presidenciável pelo PDT é um crítico ferrenho de Michel Temer. Em nota, o politico cearense disse que essa decisão é "mesquinha e politiqueira". Afirmou que o decreto tem como objetivo tirar o foco da iminente derrota da reforma da Previdência. Apesar das críticas, Gomes declarou que o povo anseia por segurança e teceu elogios ao interventor, general Walter Braga Netto, o qual chamou de "Sério, competente e com elevado espírito público".

Geraldo Alckmin

O governador de São Paulo afirmou que a medida adotada por Temer é "drástica, porém, necessária". O tucano ainda alertou que a intervenção deve ser "transitória". Afirmando que o governo federal deve liderar o combate ao crime organizado e as drogas.

Jair Bolsonaro

O deputado carioca extremista deu sua opinião ao sita "O Antagonista". Segundo Bolsonaro, a decisão de Temer é para "servir esse bando de vagabundo".

Bolsonaro ainda se colocou como porta voz das Forças Armadas e disse que "nosso lado não está satisfeito". E pediu que seja adotado o "excludente de ilicitude", que nada mais é do que o militar possa matar alguém em combate e não seja punido.

Marina Silva

Já a representante da Rede Sustentabilidade disse que a intervenção federal no Rio de Janeiro é uma "medida traumática". Marina afirmou que o governo estadual foi incompetente e o federal omisso, para deixar a situação chegar a esse ponto. E completou dizendo que espera que, em um país democrático, essa medida tenha sido muito bem pensada.

Manuela D'Ávila

A deputada pré-candidata pelo PCdoB considerou a medida assinada por Temer "perigosa". Manuela afirmou que a intervenção não é a solução para o Estado, seria necessária toda uma reestruturação na Segurança Pública. E completou o discurso adotado por Ciro Gomes afirmando que a medida é "politiqueira", pois tem como objetivo tirar o foco da derrota que sofreria na votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados. #riodejaneiro #Dentro da política


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