Pesquisa confirma disputa entre Lula e Bolsonaro

Pesquisa confirma disputa entre Lula e Bolsonaro
Foto: Divulgação

Monday, 16 April 2018

A prisão tirou vários eleitores do petista e diminuiu a distância entre ele e seus concorrentes, beneficiando em especial Marina Silva e Ciro Gomes.

Os partidos envolvidos na disputa presidencial deste ano repercutiram a pesquisa eleitoral divulgada pelo Datafolha, na madrugada deste domingo, 15. Os resultados apontam nove cenários diferentes e as siglas comentaram as principais conclusões do levantamento.

Por meio de nota oficial, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) informou ao Broadcast Político dio Estadão que está otimista com o desempenho inicial de sua pré-campanha, mas considera os cenários ainda incipientes. Na sua opinião, o eleitor começará a definir seu voto apenas a partir de agosto. Na pesquisa atual, com um cenário que mantém o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) candidato, Alckmin atinge 7% das intenções de voto.

Representando a visão da Rede, o deputado federal Miro Teixeira afirmou estar entusiasmado com os resultados que apontam a candidata Marina Silva em segundo ou terceiro lugar, dependendo do cenário, oscilando entre 15% e 16%. Em todas as projeções, ela está logo atrás de Jair Bolsonaro (PSL).

Pré-candidata à Presidência da República pelo PCdoB e deputada estadual no Rio Grande do Sul, Manuela d'Ávila usou sua conta no Facebook para comemorar os números. No cenário com Lula candidato, a gaúcha chega a 2% das intenções de voto. Mas o resultado que fez a deputada ir às redes sociais e convocar seus fãs a acompanharem sua candidatura ocorre em dois cenários hipotéticos: ela chega a 3% das intenções de voto em um dos cenários em que Fernando Haddad é o candidato do PT e, também, atinge a marca caso Jacques Wagner seja o escolhido pelos petistas, ainda segundo o Datafolha.

O Partido dos Trabalhadores (PT) disse em comunicado que houve "manobra" entre os cenários expostos e reitera que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o candidato do partido, independentemente, de sua prisão. Em cenário de participação do petista, Lula ainda aparece na primeira posição.

Pré-candidato à Presidência da República pelo DEM, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), afirmou que a pesquisa Datafolha não traz nenhuma surpresa para ele. Na avaliação do presidenciável, o levantamento só comprova o que o meio político já esperava: que a indefinição sobre a disputa presidencial aumenta com a ausência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) do pleito.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera corrida à Presidência da República com 31% das intenções de votos no melhor cenário, mas viu a diferença diminuir em relação aos seus principais adversários após ser preso pela Operação Lava Jato, segundo pesquisa divulgada no início da madrugada deste domingo pelo Datafolha. No fim de janeiro, no levamento anterior, o petista tinha até 37%.

O levantamento divulgado neste domingo é o primeiro após Lula ter sido preso. A pesquisa também mostrou que os pré-candidatos Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) herdam dois de cada três apoiadores do ex-presidente. Nos cenários sem Lula, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) aparece com 17% das intenções de voto, empatado tecnicamente com Marina Silva (Rede), entre 15% e 16%.

A pesquisa foi realizada entre quarta-feira (11) e sexta-feira (13) - Lula foi preso no sábado, 7, após se entregar na sede da Polícia Federal, em Curitiba. O PT ainda considera o ex-presidente candidato do partido ao Planalto e diz que irá registrá-lo dia 15 de agosto. A condenação em segunda instância, no entanto, faz com que ex-presidente se enquadre na Lei da Ficha Limpa. O registro depende de aprovação do Tribunal Superior Eleitoral.

O Datafolha traçou 9 cenários na corrida presidencial.  Lula aparece em três deles e oscila entre 30% e 31%, à frente do deputado Jair Bolsonaro (PSL), que varia entre 15% e 16%, e Marina Silva (Rede), com 10%. Nos outros seis cenários, sem a presença do ex-presidente Lula, Bolsonaro e Marina Silva aparecerem tecnicamente empatados. O deputado federal lidera com 17% e a ex-ministra oscila entre 15% e 16%.

Em todos os cenários, o instituto de pesquisa colocou o nome do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, apontado pelo seu partido, o PSB, como pré-candidato ao Planalto. Barbosa, que ainda não admitiu publicamente se será ou não candidato, oscila entre 8% e 10% das intenções de voto. Já o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB, aparece com 6% e até 8% no melhor dos cenários.


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Redação

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