Em pesquisa sem Lula. Joaquim Barbosa vence eleição no segundo turno.
Foto: DivulgaçãoMonday, 23 April 2018
A imagem um tanto quanto exagerada de certidão e inequívoco do ex-presidente do STF está o transformando em favorito no pleito mesmo sendo, ainda, apenas pré-candidato.
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (PSB) ensaia uma pré-candidatura à Presidência. Cercado por repórteres em sua primeira aparição pública após anunciar sua entrada na política foi questionado sobre o resultado da pesquisa do Datafolha, que o coloca com até 10% das intenções de votos, sendo essa a terceira colocação. Mostrou animação, mas não quis falar demais.
Segundo outra pesquisa, do DataPoder 360, Barbosa (63 anos) teria de 13% a 16% de intenções de voto enquanto o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL), também com 63 anos, teria de 20% a 22%. Ambos, de acordo com a pesquisa, disputariam o segundo turno em um cenário sem Lula (PT). Contudo, é justamente no segundo turno que Barbosa marca 37% das intenções de voto contra 32% de Bolsonaro, vencendo-o.
A pesquisa DataPoder360 foi realizada nos dias 16 a 19 de abril, por meio de ligações telefônicas (para aparelhos celulares e fixos), e teve 2.000 entrevistas em 278 cidades brasileiras. A margem de erro do levantamento é de 2,2 pontos percentuais. O estudo está registrado no TSE sob o número BR-06596/2018.
Por conta de sua crescente popularidade, Barbosa tem quisto ser um pré-candidato que fala pouco, assim evita se envolver em polêmicas que possam vir a lhe tirar votos. Mas enquanto magistrado do Supremo Tribunal Federal (STF) muitas de suas posições já são pública e notoriamente conhedidas pelas pessoas como: a defesa de prisão após condenação em segunda instância, críticas a privilégios no Serviço Público e a obrigação do Estado em promover o bem-estar social por força de constituição.
Alguns têm dito que talvez Barbosa se alie com a sempre presidenciável Marina Silva (Rede), mas é importante lembrar dois fatores: o primeiro é que Lula ainda não pode ser completamente desconsiderado do cenário político (mesmo que venha a, apenas, eleger um representante) e o segundo é que muitas pesquisas serviram para coisa alguma. Basta lembrar quando, em 2012, pesquisas de intenção eleitoral do pleito municipal blumenauense indicavam a então candidata e atual deputada Ana Paula Lima (PT) como a favorita no pleito com condições de se eleger ainda no primeiro turno sendo que ela sequer conseguiu entrar para o segundo, vencido pelo azarão Napoleão Bernardes (PSDB) que disputava contra o deputado Jean Kuhlmann (PSD).
Barbosa não é um santo. Bolsonaro não é um herói. Lula não é inocente. Ater-se a pessoas e esperar que alguém sozinho (ou sua equipe, independente do quão bem preparada seja) é um ato de covardia, pois ao tercerizar a solução de seus problemas para uma figura você tira das suas próprias coisas a responsabilidade de fazer algo para mudar a realidade na qual vive. Então, debatamos, mas sem jamais perder o bom senso.