Senadora depões contra Soberania Nacional e é convidada a ser prostituta

Senadora depões contra Soberania Nacional e é convidada a ser prostituta
Foto: Divulgação

Tuesday, 24 April 2018

Logo após vídeo conclamando o 'mundo árabe' a ajudar Lula, a petista Gleisi Hoffmann é convidada pelo empresário/cafetão Oscar Maroni para ser uma de suas garotas de programa.

Desde sua criação em 10 de fevereiro de 1980 o Partido dos Trabalhadores (PT) não passa por uma crise interna tão forte. Um cisma capaz de abalar irreparavelmente suas estruturas.

Enquanto pesquisas de idoneidade questionável como o Datafolha indicam que o partido ainda é o favorito entre os eleitores, suas estatísticas de rejeição em levantamentos feitos por várias outras instituições ficam mais gritantes a cada dia que se passa. E dentro de seus corredores – entre seus correligionários – não é diferente. Talvez seja, na verdade, o maior problema.

Se parte dos petistas decidiu ontem (23/04) que Lula, mesmo preso, será candidato e terá sua candidatura lançada em 28 de julho é porque ele mesmo, em carta endereçada ao diretório nacional do partido, demonstrou estar decepcionado com tantos petistas que ainda não foram à Curitiba protestar por sua liberdade. Usando termos de compreensivo, ele deixa claro que esperava certa retribuição de pessoas que considerava dever algum tipo de gratidão a ele.

Desesperada e sabendo que tanto seu mandato quanto sua própria liberdade estão por um fio, a senadora Gleisi Hoffmann (PT) cometeu um erro estratégico grosseiro (porém condizente com o modus operandi de seus aliados de tentar ‘ganhar no grito’): ela postou um vídeo num fórum da emissora do Catar, Al Jazeera (الجزيرة) onde pede ajuda ao ‘mundo árabe’ afirmando que Lula teria sido condenado ‘sem provas’ e que teria sido transformado num ‘preso político’.

O vídeo da descompensada senadora gerou uma onda de debates de fakenews por toda internet, com direito a suposto ‘vídeo resposta’ dos árabes e acusações de que ela estava pedindo apoio ao Estado Islâmico (ISIS).

A verdade é que o vídeo não foi ao ar na emissora televisa Al Jazeera, mas sim em um canal interativo mantido por eles onde qualquer um pode publicar qualquer material audiovisual. A única repercussão que houve por lá foi uma notinha de alguns segundos num jornal dizendo que o vídeo havia gerado polêmica no Brasil (e apenas no Brasil). Já o tal ‘vídeo resposta’ é uma aborda a sucessão de um príncipe árabe e novas formas de energia onde, propositalmente, foi colocada uma legenda errada para induzir quem desconhece o idioma ao erro.

Soa hipócrita que Hoffmann – que traz como uma de suas alegadas bandeiras o ‘direito das mulheres’ – tenha implorado ajuda a uma região tradicionalmente misógina. E é curioso – ou lamentavelmente ignorante – que ela não o tenha feito usando roupas que respeitassem as tradições daquelas a quem ela está mendigando apoio e que tão sabiamente a ignoraram. Que os brasileiros aprendam com nossos irmãos do mundo árabe: ignorar gente como Gleisi Hoffmann é um serviço de utilidade pública e traz um enorme bem-estar social.

O senador José Medeiros (Podemos) formalizou pedido de abertura de processo no Conselho de Ética do Senado contra ela, pois em seu entender sua ação configura quebra de Decoro Parlamentar (algo que faltou à ela, muitas vezes). A Secretaria Penal da Procuradoria-Geral da República também já havia instaurado procedimento preliminar para analisar a possibilidade de abrir inquérito por causa do vídeo.

Para piorar a situação, Hoffmann reiterou em Plenário tudo que disse em sua sofrível produção e, quilômetros distante do bom-senso, acusou seus críticos de ‘xenofobia’. Exatamente. Como sempre faz quando sua falta de brilhantismo a prejudica, ela disparou acusações e calúnias aleatórias contra aqueles que, ao contrário dela, ainda sabem o que fazem.

A questão, mesmo tendo irrelevância internacional, ganhou grandes proporções no país porque é uma flagrante (e fracassada) tentativa de clamar por interferência internacional contra a Soberania do Brasil e de suas instituições. Em países mais sérios isso seria crime de Alta Traição (o que não espanta considerando que alguns de seu meio já queimaram bandeiras do Brasil).

Debate-se, agora, se o ato impensado e desesperado de uma senadora às portas de perder tudo que tem pode ser considerado uma violação na Lei de Segurança Nacional.

Muitos juristas, advogados e até militares têm discutido isso desde a postagem, na semana passada. Levando a legislação (L7170 ) completamente em consideração, os artigos 10 (aliciar indivíduos de outro país para invasão do território nacional) e 23 (incitar à subversão da ordem política ou social, como visto no inciso primeiro) haveria a possibilidade de condenação com penas de um a quatro anos de reclusão. As opiniões ainda são divergentes, mas dificilmente ela responderá por isso, mesmo que já haja pedidos de cassação contra seu mandato e até ações populares como a que pede para que ela ceda sua vaga no Senado à suplência enquanto protesta em Brasília.

Claro que nada é tão ruim que não possa piorar.

O empresário do ramo de entretenimento adulto (nome elegante para ‘cafetão’) Oscar Maroni, famoso por suas participações em programas de televisão e por ter dito em entrevista que seria um bom presidente para o país porque entende de promiscuidade, fez um vídeo que deixou aquele do Danilo Gentili com cartas picotadas nas cuecas parecendo brincadeira de criança.

Dono de uma conhecida casa de shows (prostíbulo) chamada Bahamas Club, Maroni distribuiu cerveja gratuitamente em seu estabelecimento para comemorar a prisão de Lula enquanto uma mulher nua dançava em frente a uma espécie de altar com fotos do juiz Sérgio Moro e da ministra Carmen Lúcia. A ação de marketing gerou controvérsia até para o Movimento Brasileiro de Prostitutas (sim, isso existe), que repudiou a ação do empresário/cafetão.

Indo ainda mais longe Maroni gravou um vídeo neste final de semana onde convida a senadora que apelidou de crazy Hoffmann (‘doida’, em inglês) a trabalhar em seu prostíbulo. Ele afirma que, como parece evidente que sua carreira pública está no fim, ele teria uma ‘vaga’ para ela.

Afirmando que ela não teria competência para sobreviver no Setor Privado (o que, sabemos, muitos políticos não tem) e seu pedido de impeachment quase em julgamento pelo Senado, ele basicamente a convida para trabalhar com ele como prostituta. Alguns acharam a ação engraçada, mas outros a consideraram extremamente ofensiva e um novo debate se avilta.

Ainda não se sabe se a senadora apelidada pelas planilhas analisadas pela Lava-Jato de ‘A Amante’ entrará com algum tipo de ação contra o ilustre cafetão ou se ela mesma responderá por atentar contra a Soberania Nacional plantando notícias falsas em emissoras estrangeiras.

Mas considerando que estamos no Brasil, a sugestão é que você pegue o telefone, ligue para sua pizzaria mais próxima e escolha seu sabor preferido: porque é geralmente assim que termina.


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Ricardo Latorre

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