Deputados projetam redução de produção e até demissões
Foto: Fábio QueirozSaturday, 02 June 2018
Efeitos da greve projetando um cenário de redução da produção e a possibilidade de demissões no estado.
Os efeitos da greve dos caminhoneiros voltaram ao debate na sessão da tarde desta quarta-feira (30) da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, com os parlamentares projetando um cenário de redução da produção e a possibilidade de demissões no estado.
“Haverá redução da produção, poderão ocorrer demissões. É lamentável, vínhamos em um ritmo vagaroso e vamos ter ainda mais dificuldade, vamos ter de trabalhar para que a economia volte a se estabilizar”, reconheceu o vice-líder do governo, Mauricio Eskudlark (PR).
Para o deputado, a reunião ocorrida ontem na Assembleia, solicitada pela Mesa, com o governador do Estado, presidente do Tribunal de Justiça, chefe do Ministério Público e lideranças empresariais, já surte resultados.
“Há uma calmaria depois da reunião ocorrida na Assembleia, a preocupação foi dar mais tranquilidade à população, o movimento foi apoiado por todos, aprovamos moções, o governo cedeu em parte, reduziu o preço do diesel, mas lideranças dispersas, difusas, isso está criando dificuldade para encaminhar o debate”, avaliou o ex-chefe da Polícia Civil.
Para Eskudlark, o movimento foi enfraquecendo à medida que o desabastecimento foi se alastrando.
“A sociedade já começava a sentir o problema do desabastecimento, a agricultura sacrificando animais, perda do leite, o pequeno produtor perdendo sua produção. O caminhão desliga e pronto; se fechar uma porta (no comércio), fechou, pronto; mas o produtor tem de continuar alimentando os animais, tirando leite. Além do que aconteceu, (a greve) causaria sérios danos às pessoas e à economia”, ponderou o parlamentar.
Cesar Valduga (PCdoB) elogiou a decisão do governados barriga-verde de pedir a demissão de Pedro Parente, presidente da Petrobrás.
“Gostei da decisão do governo do Estado, que pede a cabeça do presidente da Petrobrás, ele está anunciando outro aumento na gasolina”, ironizou o representante de Chapecó.
Ana Paula Lima (PT) também defendeu a demissão de Pedro Parente, argumentou que a crise foi “cantada” pelo Partido dos Trabalhadores, previu que a gasolina custará R$ 10 e lembrou que os bloqueios continuam.
“Essa tragédia já foi anunciada em 2015/16, sabíamos o que ia acontecer no pós-golpe. Quando Graça Foster, ex-presidente da Petrobrás, e o ministro (da Fazenda) Guido Mantega mantinham os preços baixos, o MPF entrou com uma ação contra, porque o preço estava lá embaixo”, revelou Ana Paula.
“Fui abastecer na BR-101, ia para uma agenda em Laguna, mas uma fila de caminhoneiros não deixou entrar no posto. A situação não está normalizada, vai ficar pior do que está. O Brasil parou, mas a gasolina vai aumentar de novo, porque o preço do barril vai custar até o final do ano U$ 100 dólares, daqui a pouquinho vai estar R$ 10”, concluiu a representante de Blumenau.
Dia da taquigrafia
Cesar Valduga lembrou na tribuna a passagem do Dia da Taquigrafia, comemorado em 3 de maio, e elogiou a qualidade do trabalho executado pela taquigrafia do Legislativo catarinense.
10 anos do IFSC
Valduga convidou os catarinenses para participarem, segunda-feira (4), às 19 horas, no Plenário Osni Régis da Assembleia Legislativa, da sessão especial para celebrar os 10 anos do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e do Instituto Federal Catarinense (IFC).
“São 22 campi com autonomia e oferta própria de cursos, de acordo com a necessidade local: três no Sul, dois no Vale do Itajaí, quatro na Grande Florianópolis, seis no grande Oeste, dois no Planalto Serrano e quatro no Norte do estado”, registrou Valduga, que ressaltou que as instituições têm mais de 40 mil alunos.