Para alguns é espantosa a falta de sensibilidade política de Ciro Gomes
Foto: Pedro LadeiraSaturday, 09 June 2018
Surgindo com um nome sério e virando piada aos poucos, o presidenciável se tornou um dos maiores motivos de riso (e preocupação) das eleições desse ano.
Ciro e Bolsonaro
Causa espanto a falta de sensibilidade política do pré-candidato à Presidência Ciro Gomes. Ele não dialoga nem defende suas posições, apenas atira em quem está mais bem colocado nas pesquisas. O alvo da vez é o deputado Jair Bolsonaro, a quem chamou de “boçal despreparado”, “que nunca administrou um boteco”. Vangloriou-se de sua luta contra Eduardo Cunha e Michel Temer, afirmando que um já está preso e o outro será. Como dispara sua metralhadora em qualquer direção, na hora da luta mesmo, vai acabar sem munição.
João Henrique Rieder (São Paulo, SP)
O mercado e as eleições
Os especuladores são especuladores, não investidores (“De volta para o futuro”, de Bruno Boghossian). Não geram recursos para o país, apenas ganham ou perdem dinheiro por meio de seus negócios. O governo não pode jogar somente com eles, tem que jogar com aqueles a quem tem sido hostil: os investidores. Investidores são aqueles que investem seu capital para produzir bens e serviços. Quando tivermos um candidato que deixe isso claro com reformas tributárias e no governo, como a redução de cargos, votarei nele.
Paulo Cesar Martins Menck (Itapetininga, SP)
O fato de a pesquisa partir do chamado “mercado” mostra quem de fato tem as rédeas deste país. A política governa para o mercado que, por sua vez, financia a política. Essa relação simbiótica se mantém e se manterá, sempre, ao custo da desigualdade social. Quem não for “investidor” nunca se verá representado no sistema.
Pedro Henrique Rodrigues da Silva (Garanhuns, PE)
Teoria e prática na educação
Claudia Costin, parabéns pelo texto. A formação que temos nas últimas décadas é muito falha. Oferecemos um conteúdo limitado e nenhuma prática. Não basta ler pesquisas, é preciso praticar. O aumento do número de crianças não alfabetizadas é uma das consequências. Os nossos novos universitários das licenciaturas, principalmente pedagogia, estão chegando sem base e não há como em poucos meses repor conteúdos, ou seja, formá-los.
Maria Inês Boldrin, professora universitária e aposentada da rede pública (São Paulo, SP)
Sistema de saúde
O artigo de Mário Scheffer é factual e aponta casos concretos de favorecimento de agentes econômicos privados sem contrapartida clara para o interesse público. A defesa ideológica do livre mercado para o provimento de serviços assistenciais de relevância pública é que não se sustenta de pé em uma análise séria e racional. Exemplo disso é o fracasso retumbante do modelo praticado nos Estados Unidos.
José Sestelo (Salvador, BA)
No hospital público em que trabalho, é crescente o número de pacientes que têm plano de saúde e vão buscar atendimento nele, pois seus convênios oferecem cobertura universal somente no papel. Na hora em que a situação aperta, é o Sistema Único de Saúde que arca com procedimentos de maior complexidade. Duvido que o médico Yussif Ali Mere Jr. desconheça essa realidade.
José Marcos Thalenberg, médico (São Paulo, SP)
A Caixa e o evento de R$ 17 milhões
A indignação foi aumentando à medida que avançava a leitura da reportagem “Caixa gastou R$ 17 mi em evento com micareta e Cafu” (Da Folha de S. Paulo). O jornalista Fábio Fabrini deixou o ápice para o final do texto, ao dizer que a Caixa informou que “eventos da mesma natureza foram realizados por alguns de seus concorrentes”. Será que os dirigentes da Caixa Econômica Federal não sabem que ela é um banco público e o Itaú e o Santander são privados?
Josenir Teixeira (São Paulo, SP)
Imprensa
Independentemente do fato ou do político a que o advogado Marcelo Martins de Oliveira (“O risco da quiromancia investigativa”) se refere, parecem-me muito corretas e oportunas as considerações do articulista a respeito dos perigos que todos os cidadãos brasileiros e o próprio regime democrático correm nesta época de denuncismo gratuito, superficial, apressado e, por vezes, muito mal intencionado a prejudicar o bom nome e a reputação de pessoas que se dispõem a servir ao país.
Carlos Eduardo Moreira Ferreira (São Paulo, SP)
Despesas dos caminhoneiros
Os custos dos caminhoneiros e das transportadoras são deles. Se não dá para um autônomo ou uma empresa sobreviver com o valor oferecido de frete devido ao excesso de oferta, sinto muito. Venda seu caminhão e vá fazer outra atividade. Quanto menos o governo interferir, melhor. O mercado irá se ajustar. O máximo que pode haver é uma tabela de referência para mostrar que o valor do frete está abaixo do custo mínimo para manutenção e remuneração (“Acordo de Temer com caminhoneiros espalha conflitos”).
Carlos Eduardo Gomes (Santos, SP)
Obras em estradas
Ao ler a reportagem “Redução no preço do diesel tira R$ 1 bi de obras em rodovias”, considerei insana a possibilidade da paralisação de obras em rodovias. Triste a realidade brasileira (“Redução no preço do diesel tira R$ 1 bihão de obras em rodovias”.
Yasmin Santana Montraz (Piracicaba, SP)