Na sessão de terça-feira (12/06), no Plenário da Câmara, onde muitos vereadores homenagearam a data, esposas e ninguém fez menções sobre o conserto de camas quebradas, os vereadores Ito de Souza (PR) e Adriano Pereira (PT) passaram por certa intriga.

Como em um daqueles antigos filmes sobre a máfia, onde famílias rivais disputam até a morte seus respectivos territórios de possíveis intrusos, a Velha Grande foi o palco de uma discórdia entre os dois parlamentares. O que só faz com o que a comunidade saia perdendo.

O estopim de tudo foi a segunda edição do projeto ‘Escola Aberta’, regulamentado pelo projeto de Lei de número 8.471-2017 de autoria de Ito. Contudo, durante seu pronunciamento, ele criticou o vereador Adriano Pereira por comentários que este teria feito nas Facebook, salientando: “O bairro da Velha não é do senhor, não é do Becker, não é de qualquer outro vereador”.

De acordo com o texto que leu, Adriano o acusava de estar mentindo e comparou-o a alguém que chamou de ‘Periquito’ (identificado por Ito como sendo, possivelmente, o vereador Oldemar Becker, do DEM), afirmando em panfletos espalhados por caixas de correio da Velha que não foi Ito o idealizador do evento. Ainda sobre isso, o parlamentar disse que Adriano apagou o texto que o agredia do Facebook, mas não antes de seus assessores fazerem cópias.

“A Velha não é sua e não é de ninguém... é da população que paga seus impostos” disse Ito dirigindo-se a Pereira complementando a conscienciosa fala do vereador Gilson de Souza (PSD), que havia dito antes: “Independente de governo – sai governo, entra governo – o projeto continua”, finalizando, “a escola não é de um governo, não é do prefeito, não é da secretária, não é de um vereador da região... a escola é da comunidade”.

Infelizmente, em pleno século XXI, é uma lástima que vereadores ainda se portem como se estivessem na Chicago dos anos 40, trajando ternos de risca de giz, chapéu Fedora, descendo de um Cadillac Town Sedan 1928 e metralhando pessoas após uma Parada de São Patrício com uma tommy gun (submetralhadora Thompson .30 comumente usada por gângsters nos começo do século).

Blumenau tem 35 bairros – sendo dois deles distritos – tendo apenas 15 vereadores. É realmente uma pena que alguns parlamentares tentem se apropriar de alguns deles esquecendo o resto da cidade e brigando por motivos eleitoreiros travestidos de interesse social.