Começou hoje, oficialmente, a greve dos servidores públicos de Blumenau.

Muito mais panfletária e proselitista do que realmente necessária para suprir a demanda dos grevistas, o ‘evento’ virou praticamente uma tradição no calendário municipal anual tão certa quanto natal e páscoa, mas com a diferença de não ter uma data específica. Como um carnaval.

Anos atrás uma professora parou nossa equipe e perguntou se concordávamos que os professores brasileiros ganhassem um salário de Primeiro Mundo. E respondemos exatamente o que vamos dizer agora: concordamos, mas achamos que os alunos também deveriam ter professores nos mesmos padrões dos professores das escolas de Primeiro Mundo na rede pública.

O funcionalismo público brasileiro precisa de reformas urgentes. Há muitos funcionários públicos (não todos, que fique claro) que se amparam na estabilidade do trabalho dos concursados para prestar o pior serviço possível e ainda dizer que ganha um salário baixo. O Portal Transparência está aí: acesse e veja por si mesmo se esses salários são tão baixos assim.

No primeiro ano da administração tucana houve um funcionário que literalmente chantageou o Executivo pedindo um aumento para não atrasar as folhas de pagamento. Ele foi demitido? Não. Porque é muito complexo demitir um concursado. A situação misturou a tremenda burrice de nossos governantes na época (que mantiveram algo tão importante nas mãos de uma única pessoa) com a fragilidade de um sistema que dá total vantagem para um único lado.

Quem não lembra a maior greve de servidores públicos da história de Blumenau? Uma piada de mau gosto em ambos os lados. Um prefeito incompetente que hoje tem a cara de pau de se candidatar ao Senado e uma liderança sindical que chegou a fazer apologia ao terrorismo.

Dessa vez a prefeitura parece mais madura, sendo administrada por pessoas mais lúcidas. Dos grevistas, por sua vez, espera-se que haja o bom senso de saber quando é necessário ceder, afinal de contas, é toda a comunidade (que paga seus salários) que fica prejudica. Naquele primeiro ano tucano eles não tiveram sensibilidade ao ponto de a Justiça mandar encerrar a greve.

Por ora os agentes da Guarda Municipal de Trânsito ainda não manifestaram apoio à greve. Dificilmente manifestarão, uma vez que nas poucas vezes que fizeram saíram perdendo.

De acordo com a prefeitura, os seguintes serviços estão sendo afetados pela greve hoje:

Unidades de saúde fechadas

ESF Adelina Manoel S. Brueckheimer
ESF Walter Reiter
ESF Paulo Pedro Mayerle I
ESF Paulo Pedro Mayerle II
ESF Nair Neves Pereira
ESF Alfredo Hoess
ESF Wilhelm Schurmann
ESF Jackson Roberto Carl
ESF Glodoaldo L. Amorim I
ESF Glodoaldo L. Amorim II
ESF Lothar Franz
ESF Hasso Muller II
ESF Gustavo Tribess I
ESF Gustavo Tribess II
ESF Ângelo de Caetano I
ESF Ângelo de Caetano II
ESF Norberto Sprung
ESF Geraldo S. Sobrinho I
ESF Geraldo S. Sobrinho II
ESF Geraldo S. Sobrinho III
ESF Armando Odebrecht II
ESF Enf. Tânia Leite
ESF Wilson Gomes Santhiago
ESF Marli Batschauer
ESF Gustavo Haase

Escolas com atendimento parcial

EBM Alberto Stein             
EBM Almirante Tamandaré
EBM Felipe Schmidt
EBM Francisco Lanser       
EBM Gustavo Richard 

CEIs com atendimento parcial

CEI Antonio José Curtipassi
CEI Bruno Schreiber
CEI Carlos Rohweder
CEI Daniel Bressanini
CEI Elisa Hort
CEI Erica Braun
CEI Frei Odorico Durieux
CEI Herondina Helena da Silva
CEI Hilca Piazera Schnaider
CEI Irmã Mª Christa Prüllage
CEI Irmgard Zoschke
CEI Luiz Vargas
CEI Manoela Reinert
CEI Osvaldo Deschamps
CEI Oswaldo Bürger
CEI Profª Leonides Westarb
CEI Profª Martinha Régis Moretto
CEI Profª Raquel Wisintainer Soares
CEI Profª Teresa Raquel S. de Araújo
CEI Vereador Ewaldo Moritz
CEI Walter Rosemann

CEIs sem atendimento

CEI Brandina Büerger
CEI Erwin Pasold