Atuação da Casan é destaque na tribuna

Atuação da Casan é destaque na tribuna
Foto: Eduardo G. de Oliveira

Friday, 03 March 2017

Primeiro deputado a abordar a questão, Valdir Cobalchini (PMDB) afirmou que a expectativa é que até 2018 Santa Catarina passe da 18ª para a 4ª posição, entre os estados com melhores índices de tratamento sanitário.

A sessão plenária da manhã desta quinta-feira (2) teve como destaque os pronunciamentos envolvendo a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). Em seus discursos, os parlamentares avaliaram os projetos e a própria gestão da empresa controlada pelo governo do Estado e que atualmente atende a 198 municípios catarinenses e um paranaense.

Primeiro deputado a abordar a questão, Valdir Cobalchini (PMDB) afirmou que a expectativa é que até 2018 Santa Catarina passe da 18ª para a 4ª posição, entre os estados com melhores índices de tratamento sanitário. “A boa notícia é que em um espaço de cinco anos estamos dobrando a nossa capacidade de tratamento de esgoto e que a Casan está investindo em várias regiões do estado para chegarmos ao final de 2018 com 49% do esgoto tratado, atrás apenas do Distrito Federal, Paraná e São Paulo. Teremos um salto de 30% em quatro anos.”

O parlamentar, que preside a Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Assembleia, também destacou a destinação de R$ 600 milhões para a ampliação da rede de captação, tratamento e distribuição de água nos municípios.  “Convivíamos com o problema da falta d’água, que até bem pouco tempo ocupava espaços na mídia, sobretudo com críticas, e hoje acompanhamos uma mudança de postura diante desta nova realidade, de novos investimentos que estão sendo feitos e projetos que estão em andamento.”

Ao final, Cobalchini saudou a forma como estão sendo conduzidas as políticas voltadas ao setor. “Quero cumprimentar o governador Raimundo Colombo e o vice-governador, Pinho Moreira, por terem eleito esta área também como prioridade.”

Da tribuna, ou em aparte, outros deputados seguiram na esteira do pronunciamento realizado por Cobachini. 

“O presidente [da Casan] Valter Gallina tem feito um bom trabalho em termos de tratamento sanitário. Tem muita coisa a ser feita, mas a situação é muito pior nos municípios que optaram pela municipalização destes serviços, nos quais as empresas selecionadas só se preocupam em cobrar, sem oferecer toda a estrutura necessária”, disse Mauricio Eskudlark (PR).

“Antes eram comuns reclamações de falta d’água durante o verão e hoje não vemos nada disso. Conseguiram reverter esse processo, não só em Florianópolis, mas em todo o estado. Estão fazendo um bom trabalho, é preciso ser reconhecido e divulgado”, acrescentou Manoel Mota (PMDB).

Críticas à Casan
Os deputados João Amin (PP) e Mário Marcondes (PSDB), entretanto, não pouparam críticas à Casan, sobretudo no que diz respeito a aplicação dos recursos da empresa.

Neste sentido, Amin citou brevemente o excesso de publicidade dedicada às  ações por ela implementadas. Já Marcondes apresentou as reclamações da população do município de São José, quanto aos odores emanados da lagoa de tratamento localizada no bairro Potecas.

De acordo com Marcondes, por 20 anos a instalação funcionou baseada apenas em licenças municipais, tendo recebido neste período multas no valor de R$ 3 milhões por parte da Fatma. No ano de 2011, disse, foram instalados, ao custo de R$ 6,9 milhões, quatro reatores anaeróbios visando sanar o problema, sem resultados satisfatórios, o que levou a Casan a planejar novos investimentos no local. “Obras antigas foram abandonadas e agora surge mais um projeto mirabolante, onde mais de R$ 3 milhões vão ser enterrados.”


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Redação

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