No mês passado o Ibope realizou uma pesquisa eleitoral com os candidatos ao governo de Santa Catarina e, pelos menos para a conservadora Blumenau, o resultado espantou: o deputado Décio Lima (PT) despontou na frente com 16% de intenções de voto e 2% na pesquisa espontânea (aquela onde nenhum nome de candidato é apresentado).

Seu nome também desponta na frente nos índices de rejeição, com 21%.

Logo atrás dele estão o deputado Mauro Mariani (MDB) com 11%, Gelson Merisio (PSD) com 6% e Ângelo Castro (PCO) com 4%. Os demais não mencionaremos porque não têm mais do que 2%.

Como vice, Décio traz Alcimar Oliveira (PT), o ex-prefeito de São Domingos, mais conhecido como ‘Kiko’. Já Mariani teve a péssima idéia de indicar como seu vice nosso ex-prefeito Napoleão Bernardes (PSDB) – o gestor público mais incompetente que Blumenau já conheceu – e Merísio optou pelo também ex-prefeito blumenauense João Paulo Kleinübing (PSD), que ficou nacionalmente conhecido com o escândalo da Operação Tapete Negro.

Nas três majoritárias principais Blumenau se faz presente com representantes. O que é bom e talvez possa tampar os anos de desprezo que Raimundo Colombo (PSD) teve pelo município enquanto governador ou a apatia de seu substituto, Eduardo Pinho Moreira (MDB).

É sempre importante salientar duas coisas: essa é apenas a primeira pesquisa – ou seja, é preliminar demais – e que os índices de rejeição falam muito mais alto do que a intenção de voto em si. Nesse cenário Merísio tem uma leve vantagem, uma vez que sua rejeição é de apenas 1%.

Santa Catarina sempre teve, na maioria de suas cidades, restrições em relação ao PT. E agora – após tantos escândalos e seu candidato ser um presidiário, escancarando a bizarrice da Justiça tupiniquim – a pouca credibilidade do partido vai se esvaindo ao ponto de alguns se perguntarem por quanto tempo ainda existirá um PT. Afinal, ao que parece, a sigla está agonizante.

Décio sabe disso. Por isso seu material publicitário não usa a popular estrela petista e muito menos a cor vermelha. Em substituição há um fundo rosa pastel e uma tarja bordô, quase grená. A estrela está discreta e é dourada. Mas a maior mudança foi o desaparecimento da sigla “PT”. Decisão acertada.

Já os favoritos para o Senado são o ex-governador Raimundo Colombo com 27% das intenções de voto, o deputado Espiridião Amin (PP) com sua careca brilhante trazendo 23%, Paulo Bauer (PSDB) que não é muito bom de voto, mas traz 19%, Jorginho Mello (PR) com 8%, uma das piores coisas da política catarinense dos últimos anos chamada Ideli Salvatti (PT) com 7%, o ex-apresentador polêmico de programa sem audiência Roberto Salum (PMN) com 6%, os extremistas de esquerda Professor Antônio (PSOL) com 5%, Professor Cabral (PSOL) também com 5% (e mostrando que o PSOL não tem capacidade nem para escolher nomes mais originais) e Andréa Carvalho (PCO) com 4%, além de Lucas Esmeraldino (PSL) com 3%. Os demais sequer passam de 2%.

Então é hora de pegar o título de eleitor, vestir o chapéu de palhaço e escolher qual dos nobres parlamentares receberá a graça de viver bem com o suado dinheiro de nossos impostos.