O BLUMENEWS começou essa semana com uma série de perguntas aos candidatos a uma vaga como deputado federal que representam a cidade. Publicaremos por ordem de respostas, portanto sendo a segunda publicação a do candidato Jorge Censi (PSB) de número 4088.

Faltam ainda, pela ordem alfabética, os candidatos Ana Paula Lima, Ericsson Luef, Jovino Cardoso Neto, Liliane Schuldt, Marco Antônio Wanrowsky, Marcos da Rosa, Rui Godinho e Rúbia Sagaz.

Você foi o fundador da Senior Sistemas, o que já mostra sua vanguarda e administração assertivamente qualificada. Como você acha que sua experiência enquanto gestor pode lhe auxiliar enquanto legislador?

Ajudei a construir a Senior por 30 anos. Hoje, a empresa é uma das maiores do segmento de TI da América Latina. E sempre me preparei para entrar na vida pública. Adquiri conhecimento no RENOVABR, um projeto apartidário de lideranças do Brasil. Por este conjunto de experiências, me sinto capacitado. Por isso, temos que ouvir mais o que produzem e quem quer empreender. Buscar a melhoria dos processos relacionados à gestão pública para ser uma das saídas para o crescimento. Afinal, o estado não pode ser um entrave para o desenvolvimento. Quero aproveitar minha experiência na esfera privada para organizar a administração pública. Através de uma gestão eficiente, que fomente a capacitação, a tecnologia e a inovação. Nós podemos e vamos melhorar o presente e o futuro da nossa Santa Catarina.

Blumenau se tornou um pólo de tecnologia e, certamente, você é um dos responsáveis por isso. Apesar de todo o potencial, o Brasil ainda é um país eminentemente rural, tendo a maior parte do seu capital advindo do Agronegócio. Como mudar esse perfil, aos poucos, e nos deixar em pé de igualdade com gigantes como o Silicon Valley, na Califórnia?

Quero fazer de Santa Catarina um Estado Tecnológico. Ampliar o espaço político e econômico dos setores de tecnologia no Estado. Estimular a inovação e incentivar sempre as mudanças. Mostrar para a sociedade e o âmbito público o poder transformador da tecnologia para as outras áreas, como indústrias, comércio e serviços. Unir esferas públicas, empresas e sociedade em uma única sinergia. Criação de parques tecnológicos e mais centros de inovação nas principais cidades do estado.

Os pilares para esta construção desta visão de Estado Tecnológico são: educação, coordenação, planejamento estratégico, gestão, lideranças empresariais e políticas com foco no desenvolvimento do Estado Tecnológico. Um dos meus lemas é: Empreender é empregar. Empregar é empreender.

Um grande problema atual é o primeiro emprego: jovens buscam o início de suas vidas profissionais, mas as empresas exigem experiência na contratação. Como isso pode ser mudado para quebrar esse ciclo vicioso que tem contribuído para a crise em que vivemos?

O caminho é criar um programa de recrutamento para os jovens dentro das empresas. Depois de um processo de seleção, eles têm acesso a cursos de capacitação e os que se destacarem são absorvidos pelo mercado de trabalho. As empresas que adotarem este programa terão algum tipo de isenção ou compensação tributária. Ou seja: é um projeto de aprendizado e de inclusão, que pode abranger áreas, como: tecnologia, comércio, indústria, serviços, esporte e turismo.

Por dois anos e três meses você foi secretário de Desenvolvimento Econômico de Blumenau, mas acabou deixando o cargo em 2015 alegando motivos pessoais. Quais coisas você, que veio da Iniciativa Privada, viu no Poder Público que lhe desagradaram ou que poderiam ser feitas de forma mais eficiente?

O que mais me incomodou foi o engessamento da máquina pública. Qualquer movimento ou ação que você queira fazer demora muito, passa por vários trâmites e, às vezes, as coisas não acontecem. É preciso pensar em agilizar processos, destravar a máquina pública. A aplicação da tecnologia em diversas etapas no setor público pode e deve ser a saída para isso. Quando Santa Catarina inova, o Brasil renova.

Santa Catarina é um destino nacionalmente turístico por conta de suas festas, praias e região serrana. Uma de suas propostas eleitorais é promover ainda mais o turismo no estado que sedia a Capital Brasileira da Cerveja. Como isso seria feito?

Eu sempre digo que os visitantes encontram um mundo de atrações dentro de Santa Catarina. Temos um litoral deslumbrante, serras de tirar o fôlego, parque temático, festas maravilhosas e muito mais. Todas estas atrações merecem o nosso olhar e incentivos. Mas a minha proposta é de valorizar o turismo regional. Transformar as micro regiões em macro oportunidades de renda e desenvolvimento. As cidades menores e voltadas para o interior catarinense merecem uma atenção especial. Quero estimular o turismo local. Aquela família que faz queijos e geleias caseiras. A senhora que faz seu bordado ou artesanato, muitas vezes, de maneira única. Fixamos as pessoas em suas cidades e estimulamos o turismo de experiência, que é algo que cresce muito no mundo.

É importante salientarmos que as respostas do candidato Jorge Cenci (4088) foram colocadas na íntegra, respeitando a ordem de cinco perguntas por candidato.

Agradecemos a ele e esperamos que essas respostam tenham ajudado algum eleitor indeciso.