Conheça melhor o candidato Rui Godinho
Foto: DivulgaçãoThursday, 04 October 2018
Filiado ao PSL e de número 1700, ele é policial civil. Conheça algumas de suas propostas.
O BLUMENEWS começou essa semana com uma série de perguntas aos candidatos a uma vaga como deputado federal que representam a cidade. Publicaremos por ordem de respostas, portanto sendo a terceira publicação a do candidato Rui Godinho (PSL) de número 1700.
Faltam ainda, pela ordem alfabética, os candidatos Ana Paula Lima, Ericsson Luef, Jovino Cardoso Neto, Liliane Schuldt, Marco Antônio Wanrowsky, Marcos da Rosa e Rúbia Sagaz.
Policial civil em um dos departamentos com o maior número de operações bem sucedidas do estado, você também deve ver o alarmante crescimento da violência em centros urbanos. Como você pretende aumentar a segurança do cidadão de bem quando alcançar um acento na Câmara Federal?
É um enorme prazer trabalhar na DIC de Blumenau, uma das equipes mais atuantes no combate a roubos e também combate ao tráfico de drogas. Eu sou um policial que atua diretamente no combate a criminalidade, é possível ver isso nas postagens, no TJ, no SISP. Eu sou um policial bastante ativo nesse momento. Um dos motivos que me fizeram querer estar na Câmara dos Deputados é para poder dar retaguarda jurídica para os policiais, acabar com essa audiência de custódia que é vergonhosa porque simplesmente joga todo o trabalho (não só dos policiais civis, mas como também dos policiais militares) pelo ralo, o que desmotiva os policiais.
O policial hoje não tem retaguarda quando ele vai combater algum criminoso que está atirando nele e muitas vezes aparecem muitos especialistas que não entendem nada da nossa realidade para falar besteira, esse é o termo. O policial sai todo dia para trabalhar e ele pensa que ele quer retornar para casa. Ele não sai para fazer mal para ninguém. Ele sai para cumprir seu trabalho. Mas infelizmente muitas pessoas acabam o julgando por algumas atitudes e isso precisa mudar. O policial é um ser humano igual a todo mundo, que tem família, que tem mãe, que tem pai, que tem medo, que tem angústias, que tem anseios e que precisa ser respeitado também dessa forma. Precisa ser visto dessa forma. E é por isso que eu quero estar lá. Para proteger os policiais. Não o policial bandido. Eu digo o policial mesmo. Quando falo policial falo de pessoas corretas, honestas e que fazem o seu trabalho.
Eu tenho certeza de que no momento em que o policial tiver toda essa estrutura ele vai oferecer um serviço de qualidade para a sociedade.
Sua formação é em História, além de Direito. Olhando para trás, você consegue dizer outros momentos em que o Brasil passou por tamanha efervescência e maniqueísmo político? E se passou, o que esse passado pode nos apontar em relação ao futuro?
Sim, o Brasil está numa fase que eu acho bem... não tem como a gente comparar um período histórico com outro, mas sim tirar aprendizado daquilo que já aconteceu.
Eu vejo o Brasil em um momento muito parecido com a Revolução Francesa lá de 1789. Nós estamos numa fase em que o povo está se levantando contra um regime em que aqueles que estão no poder não querem de forma nenhuma ceder um pouco dos seus privilégios. Eles continuam cada dia mais aumentando impostos, sacrificando aqueles que produzem, aqueles que trabalham. E nós sabemos o resultado do que aconteceu na Revolução Francesa. Alguns reis e nobres foram decapitados. E foram decapitados porque não aceitaram perder um pouco dos seus privilégios. Eu vejo isso acontecer muito no Congresso. Vejo isso acontecer também no Poder Judiciário, no Ministério Público. São várias pessoas do funcionalismo público que estão enriquecendo à custa do povo. Não tem cabimento nenhum juiz ganhar R$ 500 mil de salário, promotor ganhar altos salários como nós temos hoje dentro do Brasil. Uma população, um povo, que tem salário mínimo de R$ 900 e poucos e uma pessoa ganhar R$ 100 mil, R$ 200 mil por mês é uma afronta em qualquer lugar do mundo, menos aqui no Brasil. Essas pessoas não aceitam perder seus direitos e nós temos que mudar isso.
Em vídeo você disse que o Jiu-Jitsu mudou a sua vida. Apesar de ser uma modalidade crescente e elevar o nome de nosso país a patamares que nem mesmo o futebol conseguiu, o BJJ (Brazilian Jiu-Jitsu) não ganha o apoio que merece. Alguns dos maiores lutadores do mundo são brasileiros. Modalidades como MMA, Boxe e Taekwondo têm feito brasileiros despontarem. O que pode ser feito para que esses esportes (que também são filosofias de vida) recebam mais atenção pública?
O esporte, a luta, para mim, ela vai além das medalhas. Ela na verdade te fortalece no teu caráter, ela te ensina disciplina, te ensina a respeitar o próximo, respeitar o local onde você treina, te ensina a perder e a apertar a mão do adversário. Te ensina a ter paciência para vencer, te ensina que é necessário você ter paciência para aprender, tem todo um processo, então você vai se superando a cada dia e isso é muito importante para o ser humano. O ser humano precisa ser desafiado.
Nem todos serão campeões mundiais, serão campeões brasileiros. Muitos simplesmente só irão lá para praticar essa atividade.
O que nós temos que tirar do esporte é aquilo que fica: é a disciplina, é a amizade que você faz, é aprender a respeitar as regras, aprender a respeitar o seu adversário e isso é muito mais importante. Melhor do que você ter um campeão mundial ou um campeão olímpico é você ter todos como pessoas de bem, pessoas que realmente tiveram a oportunidade de melhorar enquanto ser humano. O esporte tem esse poder transformador e eu tenho certeza de que isso é extremamente importante para evitar que no futuro nós tenhamos vagabundos, criminosos, pessoas que não tiveram oportunidades. O esporte ele é uma das saídas do Brasil hoje para vencer a criminalidade.
Durante as pesquisas presidenciais deste ano, o candidato Jair Bolsonaro cresceu bastante, estabilizando no alto, enquanto o candidato Fernando Haddad cresceu do sexto colocado para o segundo. Um país onde um homem que sofreu um atentado é colocado quase em pé de igualdade com o títere de um ex-presidente preso por corrupção parece doente desde suas instituições até seu povo. Como você, enquanto deputado federal, acredita que possa impedir que esse tipo de imbróglio se torne comum? Porque hoje é ‘Lula Presidente’... amanhã será o que? ‘Fernandinho Beira-Mar Governador’?
O resultado é aquele. Eu espero que eles entendam que nesse momento eles vão ter que ceder e o povo está lutando para que as coisas aconteçam, que mudem.
Nós temos hoje uma pessoa que eu vejo que realmente quer fazer parte dessa mudança e se ele não ganhar, pode ter certeza, o Brasil vai continuar esse movimento e talvez não seja tão pacífico. Eu espero que quem está no poder entenda, não fraude urna, não tente manipular resultados. Porque se assim acontecer vai ser pior, porque hoje se o Bolsonaro ganha, legalmente e legitimamente, ele satisfez a vontade do povo. E dessa forma o povo vai se aquietar, as coisas vão se ajeitando. Agora, no momento em que o Bolsonaro não ganhar e se descobrir alguma fraude vai ficar bem difícil mesmo e é as pessoas que estão lá no poder e que tiverem envolvimento com isso não vão responder ao Moro, infelizmente.
Muito mais que a metade dos brasileiros votou contra o referendo do desarmamento e, ainda assim, o governo insiste em ignorar um plebiscito que ele mesmo convocou. Um presidiário faz campanha quando não poderia sequer ter um celular. Como garantir que nossas instituições respeitem nossa Constituição Federal de fato?
Infelizmente nós temos legisladores que não estão comprometidos com o povo ou com a vontade popular. Eles acabam utilizando a coisa pública para interesses particulares e isso tem que acabar. Precisamos com esse tipo de atitude, com esse tipo de postura. Os representantes do povo realmente devem representar o povo, representar a sociedade. Mas não é o que acontece hoje lá dentro e eu pretendo ir para a Câmara dos Deputados para combater esse tipo de atitude e para que as leis e as instituições realmente sejam fortes.
É importante salientarmos que as respostas do candidato Rui Godinho (1700) foram transcritas de áudio para texto na íntegra, respeitando a ordem de cinco perguntas por candidato.
Agradecemos a ele e esperamos que essas respostam tenham ajudado algum eleitor indeciso.