Conheça melhor o candidato Marcos da Rosa
Foto: DivulgaçãoFriday, 05 October 2018
Filiado ao DEM e de número 2577, ele é o atual presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau. Conheça algumas de suas propostas.
O BLUMENEWS começou essa semana com uma série de perguntas aos candidatos a uma vaga como deputado federal que representam a cidade. Publicaremos por ordem de respostas, portanto sendo a segunda publicação a do candidato Marcos da Rosa (DEM) de número 2577.
Faltam ainda, pela ordem alfabética, os candidatos Ericsson Luef, Jovino Cardoso Neto, Liliane Schuldt, Marco Antônio Wanrowsky e Rúbia Sagaz.
Por dois mandatos você foi o vereador mais votado de Blumenau. Que tipo de pressão isso exerce sobre você agora que a eleição é federal e abrange todo o estado? A forma de fazer campanha tem sido muito diferente entre o pleito municipal e o federal?
O fato de eu ter sido o vereador mais votado duas vezes em Blumenau só me favorece porque as pessoas acreditam na minha eleição para deputado federal, porque elas querem alguém que tenha um passado bacana, legal, ficha limpa e atuação exemplar, mas querem alguém que tenha viabilidade: uma candidatura que tenha viabilidade de emplacar, de chegar.
Então para mim isso só exerce uma pressão que, na verdade, me impulsiona e a dificuldade que encontro é a dificuldade financeira porque enquanto alguns receberam do Fundo Partidário um valor muito expressivo, acima de R$ 2 milhões, eu recebi uma quantia irrisória em comparação com o que eles receberam e também alguns concorrentes têm um poder econômico privilegiado, o que favorece também a eleição dessas pessoas.
Durante o seu mandato houve grande economia, inclusive reconhecida pela imprensa. Como é possível economizar dinheiro dos cofres públicos no Congresso ‘cortando da própria carne’? Quais suas ideias para aplicar isso em Brasília mesmo não sendo, no caso, presidente da Câmara Federal?
Como presidente da Câmara eu abri mão do carro oficial da Presidência, cortei 50% de verbas de gabinete para todos os vereadores, reduzi o combustível para todos, abri mão do telefone móvel (uso meu próprio celular), entre outras ações.
Eu tenho como proposta para a Câmara Federal o fim do Fundo Partidário, por exemplo. Eu acho que temos que “cortar na carne” realmente e isso tem que ser para todos. Todos os deputados têm que abrir mão de alguns privilégios e na Câmara Federal eu quero contribuir para que a austeridade seja realmente prática de todos. Acredito que dá para mudar isso.
É importante acrescentar, também, que agora no ano de 2018 a Câmara Municipal de Blumenau irá apresentar uma economia recorde de novo de cerca de R$ 8 milhões. Ou seja, R$ 1 milhão a mais de economia em comparação a 2017, sendo que a receita foi o mesmo valor.
O debate sobre a ideologia de gênero tem sido acirrado. Você, evangélico que é, vê de que forma essa pauta? Acredita que possa ser uma forma de o Estado tentar prevalecer suas próprias propagandas acima da criação e dos valores de cada família? Como combater isso quando chegar a Brasília?
Nós lutamos bastante contra a ideologia de gênero, especialmente quando da aprovação do Plano Municipal de Educação na Câmara e em Brasília vou atuar com a mesma rigidez em relação à essa ideologia que é destrutiva para a Sociedade. O Estado tem que parar de querer intervir na educação das crianças; aquela educação que pertence e que é dever dos pais e não da escola. Então, em Brasília vou ser implacável contra a ideologia de gênero.
Há alguns meses surgiu uma denúncia de que você, bem como outros vereadores e inclusive o atual prefeito, teriam comprado medalhas através de um suposto curso ministrado pelo Instituto Tiradentes. Essa situação realmente aconteceu?
A denúncia se deu através de um chefe de gabinete de um vereador da Câmara Municipal, atual vereador, que na verdade é meu concorrente para a Câmara dos Deputados, mas a denúncia é improcedente. O Ministério Público na verdade só fez um pedido de informação à Câmara Municipal.
Nem eu, nem os demais vereadores, nem o ex-vereador e atual prefeito Mário Hildebrandt fizemos qualquer pagamento por qualquer medalha.
No meu caso, eu fui eleito por quatro anos pelo Instituto Tiradentes como vereador destaque aqui da cidade e fui somente em dois anos buscar a premiação. Não precisei fazer pagamento pela medalha. E também outra empresa, chamada Globosul pesquisas, através de pesquisa de opinião pública me elegeu o vereador mais atuante da cidade, mas eu também não fui receber a premiação dessa outra empresa.
Algumas pessoas – principalmente mais alinhadas à esquerda – acusam candidatos evangélicos evocando o ‘Estado laico’ (apesar de, muitas vezes, esses mesmos acusadores serem praticantes ativos de religiões de matriz africana). Você poderia explicar para as pessoas a diferença entre laicidade, laicismo e secularização na política?
Bom, esses termos são de pouco conhecimento da população de modo geral e algumas pessoas causam confusão a respeito dos mesmos. A laicidade é algo positivo na medida em que reconhece que todos são iguais perante as leis independente da religião a qual faça parte. Também, outro aspecto positivo é que o Estado não deve interferir na religião e não a religião, através de uma convenção, por exemplo, vai definir as ações de um governo. Então a laicidade é algo positivo.
Agora, o laicismo já é prejudicial na medida em que pretende, assim como o secularismo, que são palavras que apesar de distintas tem algumas semelhanças. Eles tentam, tanto o laicismo quanto a secularização, excluir da sociedade qualquer influência da religião. Nós somos seres religiosos, nós temos fé. O Estado é laico, mas o cidadão brasileiro não é. Ele tem fé em alguma coisa. E nada é mais triste do que alguém ser impedido de expressar a sua fé em qualquer ambiente. O laicismo e a secularização pretendem excluir da sociedade toda a manifestação religiosa, toda influência da religião, todos os valores e ensinamentos da religião, seja ela qual for.
E no Brasil nós somos majoritariamente cristãos. O povo é cristão. O povo acredita em valores oriundos da fé cristã e que não podem ser extintos e nem excluídos da sociedade. Eu até acredito que um dos grandes problemas do atual sistema político é exatamente o desvirtuamento, o afastamento do ser humano de alguns princípios cristãos. Como, por exemplo, os princípios do amor, do perdão, do respeito ao próximo. Esses valores não podem se perder.
É importante salientarmos que as respostas do candidato Marcos da Rosa (2577) foram transcritas de áudio para texto na íntegra, respeitando a ordem de cinco perguntas por candidato.
Agradecemos a ele e esperamos que essas respostas tenham ajudado algum eleitor indeciso.