Conheça melhor o candidato Jovino Cardoso

Conheça melhor o candidato Jovino Cardoso
Foto: Divulgação

Saturday, 06 October 2018

Filiado ao PROS e de número 9090, ele é ex-vice-prefeito de Blumenau. Conheça algumas de suas propostas.

O BLUMENEWS começou essa semana com uma série de perguntas aos candidatos a uma vaga como deputado federal que representam a cidade. Publicaremos por ordem de respostas, portanto sendo esta a do candidato Jovino Cardoso (PROS) de número 9090.

Faltam ainda, pela ordem alfabética, os candidatos Ericsson Luef, Liliane Schuldt e Rúbia Sagaz.

Você foi vice-prefeito no primeiro mandato do PSDB em Blumenau. Naquela época o então prefeito chegou a ser delatado por um dos envolvidos na Operação Lava Jato, bem como um dos mentores dele, o senador Dalírio Beber. Mas você, que era vice-prefeito, não foi sequer citado. Você acha que a corrupção é um mal endêmico? Ela tem como ser combatida? No caso de ter, como você ajudaria a fazer isso?

A corrupção deve ser combatida no dia a dia, das pequenas ações das pessoas até as mais importantes decisões do governo. Eu sempre pautei minha vida pública com muita seriedade e por isso apoio iniciativas como a operação Lava-Jato, que está trazendo moralidade ao país.

A classe política deve dar o exemplo principalmente nesse momento de grande descrédito nas instituições. Eu acredito que a corrupção começa a ser combatida quando nós mesmo nos policiamos para não agir de forma errada e depois podemos ter o alicerce moral necessário para combater a corrupção como um todo. Se todos fazem sua parte, o país cresce íntegro.

E é importante que nós da classe política sejamos as pessoas de quem parte o exemplo.

Em seu mandato como vereador você combateu as multas abusivas, que chamou de ‘indústria da multa’. Enquanto deputado qual será a sua postura em relação aos radares móveis que tantos criticam e que estão espalhados por todo o país.

O que acontece é um revanchismo pouco útil. Eu acredito que é mais importante evitar a infração do que punir o infrator depois que a mesma aconteceu. E é exatamente isso que acontece quando se usam os “secadores de cabelo” com o agente escondido atrás de uma placa ou com os medidores de velocidade tampados pelo mato em tantas rodovias do Brasil.

Isso não vai impedir que o condutor exceda o limite de velocidade porque não foi feito para isso. Foi feito para multar o flagrante delituoso. Então eu chamo de “indústria” porque já virou um comércio: uma forma estatal de conseguir fazer dinheiro à custa dos infratores e das vidas que eles colocam em jogo com sua irresponsabilidade.

Eu defendo as faixas elevadas porque ela obrigam o condutor a reduzir sua velocidade e  não prejudicam a parte mecânica de seus veículos como as lombadas fazem.

Mas também é importante revermos o Código de Trânsito que traz leis criadas décadas atrás e que hoje já encontram dificuldades em ser aplicadas na prática, como os limites de velocidade em rodovias. Além disso também precisamos garantir que nossas estradas recebam cuidados de infraestrutura. Nossa BR-470 é um exemplo de abandono: a promessa de duplicação nunca se realiza e isso também tem que mudar.

A Argentina legalizou o aborto. Políticos mais alinhados à esquerda brasileira têm tentado fazer o mesmo usando o Judiciário, que não pode legislar. Como evangélico qual o seu posicionamento em relação ao uso do Supremo Tribunal para passar uma pauta que sequer foi votada no Congresso? E qual sua posição sobre o aborto?

Em primeiro lugar eu sou a favor da vida. Só Deus pode tirar a dádiva que nos concedeu de estar vivos. No momento em que é formado o feto já é uma vida e precisa ser respeitado como uma.

Infelizmente os ministros do Supremo não são eleitos pelo povo e por isso não precisam se preocupar com a pressão popular ou a vontade dos brasileiros. Por isso um assunto sobre o qual a grande maioria do país é contra foi levada a eles. Porque nenhum deputado ou senador iria tentar passar um projeto repudiado pela maioria dos eleitores. Mas o Supremo não tem eleitores, então eles fazem o que bem entendem sem prestar contas a ninguém.

Só que eles não podem legislar. Isso é uma deliberação exclusivamente do Congresso Nacional. Ao fazer isso eles se apropriam de um direito que não lhes compete e é dever dos deputados e senadores fazerem cumprir a soberania constitucional e não permitir que um poder usurpe funções de outro.

Em 2016 houve uma denúncia sobre você, enquanto vice-prefeito, usar um funcionário público para cuidar de um sítio de sua propriedade. O que aconteceu com esse funcionário? Em que pé anda a ação? Você usou ou não?

Essa denúncia foi uma mentira. Um golpe baixo que partiu de adversários políticos desesperados para tentar me prejudicar e angustiados por não ter motivos reais para isso. Tanto que a 14ª Promotoria pediu o arquivamento do caso em Blumenau e o Tribunal de Justiça de Santa Catarina também. Nunca houve o uso de qualquer funcionário e a Justiça reconhece isso, mesmo que adversários mentirosos ainda se apeguem a essa farsa para tentar denegrir minha imagem sem perceber que com isso apenas demonstram minha honestidade. Fui caluniado por pessoas oportunistas e sem caráter, mas fui absolvido pela nossa justiça.

Essa é a sua terceira eleição a deputado federal. Na última você fez 69,9 mil votos, quase se elegendo. Qual é a diferença que você tem sentido nessas três eleições para o mesmo cargo que tens disputado?

Esse pleito tem sido difícil. As pessoas estão cansadas de maus políticos e acabam generalizando. E isso é algo que dá para entender. Com menos tempo de campanha, menor exposição e bem menos recursos financeiros, agora o que vai definir o sucesso de cada candidato é a simpatia do eleitor, o histórico de honestidade e os projetos. Nunca antes o corpo a corpo com o eleitorado e gastar sola de sapato foram tão importantes. Essa eleição não vai apenas definir nossos próximos deputados, governadores, senadores e presidente, mas também vai definir os rumos do que será o política brasileira daqui para frente.

É importante salientarmos que as respostas do candidato Jovino Cardoso (9090) foram colocadas na íntegra, respeitando a ordem de cinco perguntas por candidato.

Agradecemos a ele e esperamos que essas respostas tenham ajudado algum eleitor indeciso.


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Ricardo Latorre

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