Blumenau já devia ter um novo presidente para a Câmara dos Vereadores desde terça-feira... da semana passada. Mas não aconteceu.

Inicialmente esperava-se que os candidatos seriam Alexandre Matias (PSDB) e Almir Vieira (PP). Entre as especulações, havia boatos sobre candidatos prometendo a vereadores aumento de salário e até no número de cadeiras no plenário (o que, diga-se de passagem, viria a calhar para os interesses de muitos deles que, após as eleições desse ano, sabem que não se reelegerão).

Mas uma terceira chapa, encabeçada por Bruno Cunha (PSB), surgiu. Sete vereadores comporiam esse grupo, mas Vieira disse que a candidatura não respeitou o prazo limite. Os ânimos se exaltaram e faltou pipoca. Houve discussão e até ofensas. Disputa acirrada.

Almir havia ganhado apoio usando táticas questionáveis e Matias decidiu apoiar a chapa de Bruno, o colocando em confronto direto com Vieira. Sylvio Zimmermann (PSDB) foi sondado como vice, o que soa como uma escolha coerente por parte de quem faz uma política ‘diferente’. Dizem que Zeca Bombeiro (SD) foi sondado. Isso seria um tiro no pé, afinal a chapa da ‘nova política’ se mancharia com um dos piores representantes da velha política.

Com a bagunça, a votação ficou para quinta-feira.

Entretanto, na sessão de quinta, vários servidores públicos fizeram uma algazarra enorme por conta da retirada do FGTS dos profissionais contratados no regime de Admitidos em Caráter de Urgência (ACT), uma forma que o município tem para forçar profissionais a aceitarem trabalhar com ‘bicos’ para não ter que abrir novos concursos.

O plenário ficou lotado, a sessão foi atrasada e só se resolveu quando uma comissão de parlamentares se prontificou a mediar uma reunião entre o Executivo e o Sindicato Único dos Trabalhadores do Serviço Público de Blumenau (Sintraseb). Ainda havia certa expectativa sobre a votação, mas a mesma deve ocorrer hoje ou quinta-feira.

Os servidores que estiveram na Casa quinta estarão hoje, segundo suas intenções declaradas. Afirmar querer estar na votação para fazer novo protesto contra a retirada do FGTS. Comenta-se que o prefeito Mario Hildebrandt (PSB) também possa estar.

Ou seja. Mais balbúrdia. Mas dessa vez, levarei pipoca.