Nomeação de filho de Mourão causa problemas ao novo governo

Nomeação de filho de Mourão causa problemas ao novo governo
Foto: Divulgação

Tuesday, 08 January 2019

Com um alvo enorme pintado nas costas, Bolsonaro chega ao seu nono dia de governo repleto de opositores oportunistas procurando motivos para lhe criticar.

Depois do problema envolvendo o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, mais uma questão indigesta tem afligido o governo que está em seu nono dia.

O filho do vice-presidente Hamilton Mourão – que trabalhava como assessor empresarial de agronegócio no Banco do Brasil com um salário de R$ 12 mil – foi nomeado assessor especial da presidência da instituição com um salário de R$ 36,5 mil.

Não demorou até que a Esquerda acusasse o novo governo da velha prática do nepotismo e até para que aliados criticassem o ocorrido, como foi o caso do apresentador e humorista Danilo Gentili, que disse em sua conta no Twitter: “Filho de Vice-Presidente nomeado pra cargo público com salário de 37 mil? Essa não é a ‘Nova Era’ é a ‘Era Sarney’’.

O presidente Jair Messias Bolsonaro ficou sabendo da nomeação de Antônio Mourão através da imprensa, como a maioria. Pessoas mais próximas ao chefe-de-Estado disseram que ele ficou surpreso e que o acontecimento gerou certo mal-estar na equipe de governo.

O vice afirmou que o filho foi promovido por mérito e acusou a oposição de estar-lhe perseguindo, mas foi evasivo em relação á ‘coincidência’ da mudança de cargo ou sobre o salário, que triplicou de valor. O Banco do Brasil se pronunciou em nota, afirmando que Antônio é um excelente funcionário e que sua nomeação não teve motivações políticas.

Apesar de a notícia ter sido mal recebida, inclusive, por funcionários do banco, Antônio disse que não deixará o cargo. De acordo com a súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) o caso não configura nepotismo, uma vez que o rapaz não foi nomeado pelo próprio pai e que o Banco do Brasil não é a mesma pessoa jurídica que a União.

Desgaste

No seu nono dia de governo, Bolsonaro – que tem como opositores ferrenhos boa parte da mídia oportunista e artistas de preço tabelado – já enfrenta o problema com Fabrício Queiroz, uma divergência com Paulo Guedes e, agora, com o filho de seu vice.

Mourão sempre foi um homem complicado que trouxe mais problemas do que soluções como, por exemplo, quando disse em plena campanha eleitoral: “Essa herança do privilégio é uma herança ibérica. Temos uma certa herança da indolência, que vem da cultura indígena”, afirmou sobre o dito ‘complexo de vira-latas’ do brasileiro.

Já no dia da posse muitos sentiram certo desconforto quando Bolsonaro, que é capitão da reserva militar, pediu autorização a seu vice, que é general, antes de um pronunciamento. Todo general responde ao presidente da República e, portanto, a patente de Bolsonaro é irrelevante nos próximos quatros anos. Além do mais, ele já está autorizado a falar quando julgar certo pelos votos dos eleitores, militares e civis. Agora ele não serve às Forças Armadas, serve ao Brasil.

Oposição

O fato é que a oposição hipócrita tem mirado em coisas como, a citar, R$ 24 mil que Queiroz recebeu enquanto faz vista grossa aos R$ 49,3 milhões movimentados por quatro assessores do deputado André Ceciliano (PT).

A tentativa é desgastar o máximo possível a imagem do governo atual. Damares Alves fala sobre cores de roupas para crianças? A militância protesta. A mesma Damares nomeia para cargos importantes uma mulher indígena e outra com deficiência auditiva? Fingem não saber.

Pela primeira vez o Brasil tem um governo de direita. Obviamente, se esse governo for mal, as chances da Esquerda (seja ela moderada como o PSDB ou radical como o PSOL) são maiores, mas se houver um bom governo, aos poucos a doutrinação e idiotização feita por quase cinco décadas de Socialismo Fabiano serão extirpadas do país.

Se houve um governo que não pode cometer erros, é o governo atual. Jair Bolsonaro já entrou para a História, mas só o tempo dirá se de forma positiva ou negativa.

Resta apenas torcer pelo Brasil.


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Ricardo Latorre

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