Deputados rechaçam proposta de voto em lista fechada para 2018
Foto: Solon SoaresWednesday, 29 March 2017
Posição foi tomada na sessão de ontem da Assembleia Legislativa.
Os deputados rechaçaram com veemência o voto em lista fechada, atualmente discutido no Congresso Nacional. “A lista fechada possibilita um fortalecimento dos partidos e da democracia intrapartidária, mas neste momento vai servir para acobertar as pessoas que não se elegeriam no modelo atual. Defendo a lista fechada como um modelo que deve ser perseguido, mas é casuísta neste momento histórico”, ponderou Fernando Coruja (PMDB) na abertura da sessão da tarde de terça-feira (28/03) da Assembleia Legislativa.
Ismael dos Santos (PSD) discordou em parte do colega. “Respeito a sua postura e principalmente a autoridade que tem no assunto, mas neste momento estamos em campos opostos. Concordo que é casuísmo, efetivamente quais serão os critérios para estar na lista? Tenho medo que os partidos virem balcões de negócios”, argumentou Ismael.
Cesar Valduga (PCdoB) também criticou a lista fechada. “Vai perpetuar os barões da política, precisamos de uma reforma ampla e não uma para beneficiar uns caciques que querem escapar da Lava Jato”, disparou Valduga. “Meteram a mão no dinheiro público e estarão no topo da lista, que será um biombo para esconder o indivíduo que não tem coragem de pedir voto, por isso querem acabar com voto na pessoa, no rosto, no serviço prestado, isso fortalece o caciquismo”, reforçou Darci de Matos (PSD).
Maurício Eskudlark (PR) seguiu os colegas. “Os caciques desejam se perpetuar, agora que temos a possibilidade com as redes sociais de renovação, querem simplesmente encontrar uma forma de serem os primeiros da lista, é um retrocesso”, assegurou o parlamentar.
Texto: Vítor Santos