Nesta quinta-feira (19/01) um avião da empresa Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras caiu em Paraty (RJ), próximo à Ilha Rasa.

Entre os passageiros do avião estava o Ministro Teori Zavascki (68 anos), do Supremo Tribunal Federal, além de o dono da empresa que os transporta – Carlos Alberto Fernandes Figueiras (69 anos) – e o piloto, Osmar Rodrigues (56 anos). Havia mais dois corpos que ainda estão sem identificação.

O falecimento de Teori foi confirmado por seu filho, Francisco, durante a noite via Twitter. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que a aeronave, um bimotor modelo King Air C90, estava totalmente regular. O STF ainda não se pronunciou sobre a tragédia.

A mídia passou boa parte do dia batendo em cima do assunto e, como sempre se faz no Brasil, reforçando o conceito romano de ‘purificar’ quem morre. A mesma média que acusava-o de parcialidade há meses atrás, agora o ressalta como sábio jurista. Em redes sociais as mesmas pessoas que o xingavam durante o impeachment e o apelidaram de ‘Teorhidra’ lamentam profundamente a morte de um ‘juiz exemplar’ como um dos mais combativos grupos pró-impeachment se referiu a ele. A hipocrisia parece mesmo não ter limites.

Teori foi indicado ao cargo pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2012, Teori era o relator dos processos da Operação Lava-Jato e deixou um hiato enorme no Supremo Tribunal.

Que descanse em paz e que os hipócritas entendam que prestar condolências a alguém que faleceu é infinitamente diferente de rasgar elogios que contraponham sua própria opinião pretérita sobre o falecido. O mundo gira e a hipocrisia impera.