Conheça um pouco mais do empresário Luciano Hang, da Havan
Foto: Rick LatorreMonday, 11 November 2019
O BLUMENEWS conversou com ele. na sede da empresa em Brusque, onde pudemos conhecer um pouco mais de sua história e posicionamento tanto político como empreendedor.
O país está polarizado, sim. Mas não é a primeira vez e tampouco a mais acirrada. A História nos mostra. Não a História que aquele professor maconheiro que sonha em viver de vender miçangas na praia te contou. A História imparcial. Mas existe história imparcial (uma vez que ela sempre vai passar pela lente de quem a escreve)? Existe. Registros financeiros, contábeis, pronunciamentos políticos pretéritos... os enormes arquivos que ninguém quer ler.
Nosso belo país sempre sofreu com cismas ideológicos. Na época colonial eram movimentos separatistas que se sentiam prejudicados fosse pela escravidão, fosse pelos altos impostos da Coroa. A abolição da escravatura gerou discordâncias que culminaram na Proclamação da República. Depois foram revoltas constitucionalistas. O senador Antônio Carlos Ribeiro de Andrada chegou a dizer, em 1929: “Façamos a revolução pelo voto antes que o povo a faça pelas armas”. Quase cem anos atrás. Cerca de 60 mil pessoas morreram nessas revoltas. E morreram em vão, uma vez que muito pouco mudou de lá para cá. Getúlio inventou o populismo barato no Brasil, militares tomaram o poder conclamados pelo povo para impedir que o Comunismo dominasse o Brasil e revoluções de guerrilheiros armados esboçavam acontecer. Algumas, inclusive, nas quais a própria ex-presidente Dilma Rousseff (PT) se envolveu. Que o diga os dólares do cofre da amante do Ademar de Barros que ela roubou.
Então, como fica bastante nítido apenas com os poucos exemplos acima, esse não é o maior momento de divergência ideológica pelo qual o Brasil já passou. Os chineses têm quatro maldições, sendo que a última diz: “que você viva em tempos interessantes”. Vivemos em tempos interessantes. E é nesse tipo de momento que figuras se destacam, atendendo a um chamado ufânico.
O general romano Lúcio Quíncio Cincinato era um herói de guerra e ex-senador quando, no século V a.C. foi convocado para servir Roma com um ditador. Dionísio de Halicarnasso conta que ele estava arando as terras onde vivia como agricultou quando recebeu o chamado. Ele vestiu a toga, formou um exército e atacou os équos que tanto prejudicavam os romanos, os vencendo na Batalha do Monte Álgido. Feito isso, renunciou ao título de ditador e retornou à vida pastoril. Mais tarde, aos 80 anos, ele seria mais uma vez aclamado como ditador, onde ficou até resolver o problema da distribuição de alimentos em Roma e, novamente, abdicar.
E uma das figuras que se destacou no Brasil nesse momento de incertezas foi o empresário Luciano Hang, fundador das lojas Havan, um admirável império entre as lojas de departamento. No começo as pessoas não sabiam a quem pertencia a loja e especulavam. Infelizmente, os brasileiros tendem a subestimar a si mesmos e começaram os boatos de que a empresa pertencia a políticos ou conglomerados estrangeiros. Foi quando surgiu a campanha ‘De quem é a Havan?’ e o rosto do empresário ficou conhecido pela primeira vez.
Ele afirma que não se importava quando diziam que a empresa era de americanos ou chineses, mas quando disseram que era do Lula, da Dilma ou seus respectivos filhos, isso começou a prejudicar seu movimento. "Foi um teaser de 30 anos", ele relembra, que usou para se envolver na política e ajudar a eliminar a Esquerda do poder.
Hang sempre se envolveu com a comunidade. Desde a doação de R$ 10 mil à Associação Brusquense de Proteção aos Animais (Acapra), até a doação de R$ 1,5 milhão para o Teleton ou o pagamento das custas advocatícias de Gilberto Alves Júnior, advogado detido pela Polícia Federal após hostilizar o deputado petista Zé Guimarães num voo (cujo assessor foi preso com R$ 100 mil na cueca e R$ 200 mil numa mala num aeroporto... o popular Capitão Cueca).
Hang conta que, durante o governo Dilma, precisou demitir 6 mil colaboradores, definindo os socialistas como “comunistas envergonhados”. Pessoa agradável e muito inteligente, ele ressalta que o Brasil está se tornando o país onde as pessoas mais vão querer investir no mundo e com isso o emprego e a confiança são retomados. “Enquanto China e Índia estão caindo nos investimentos, o nosso está subindo”, frisa.
"Fazendo certo dá certo... só que a Esquerda não sabe fazer o certo, por isso dá sempre errado. Por isso são vermelhos: você pode ver que perigo é cor vermelha, prejuízo no balanço é a cor vermelha... tudo que é coisa ruim é vermelho. Vamos ter agora o sinal azul. O sinal do lucro e da paz, também. Onde a esquerda está é só fofoca, só desavença, é anarquia, o país vive sob pressão", concluiu, “eles vivem da anarquia... eles vivem do mal”.
Para ele a Educação e a Cultura brasileiras tomaram um caminho errado, afirmando: "quanto mais estuda o livro errado, mais idiota fica. Lamentavelmente a nossa academia durante 30, 40, 50 anos está levando o jovem brasileiro para o lado errado. O lado do Socialismo, do Comunismo, de ganhar as coisas de graça. Para mim pode fechar a Ancine, pode fechar todo esse pessoal a quem eles só dão verbas para fazer cinema, para fazer filmes que venham a deturpar a sociedade brasileira. Fechem e usem como exemplo o cinema americano, onde se financiam os projetos através de patrocínios ou das vendas dos seus ingressos através de bons filmes e que não tenha viés ideológico comunista", pontuando, “Não é de graça que o Brasil está quebrado, porque as decisões no passado foram tomadas errado, o caminho foi errado... na verdade a esquerda não sabre administrar... eles não têm lógica. São incompetentes, ideológicos e corruptos que querem quebrar o Brasil para viver na anarquia que é a única forma que eles têm para conseguir dinheiro. Na Meritocracia eles estão fora”, pontua.
Hoje, claro, são poucas as pessoas alienadas ao ponto de acreditar na fábula marxista. A História e a Geografia Política provaram o engodo que era. Então, vendo que abordar o lado social poderia não dar mais certo, passaram ao terrorismo ambiental. Os verdes são os novos vermelhos. Eis o aquecimento global sendo discorrido por uma menina com Asperger na ONU para se blindar de ataques. Quem atacaria uma menininha autista? A covardia é abjeta. E o oportunismo também. Nos anos 80 o terror ambiental era o buraco na camada de ozônio. Trinta anos se passaram e ninguém mais fala disso. São previsões tão confiáveis quanto as do Al Gore.
Para Luciano: "Eles usam a bandeira ecológica para não deixar as cidades, os estados e o país crescerem. São ecochatos, são burocratas e tecnocratas que estão dentro do governo - que estudaram em universidade federais (a grande maioria) para parar o desenvolvimento. Eles querem que o brasileiro viva na miséria reclamando a vida toda porque é a única forma de eles levarem o discurso populista e se manterem no poder".
Claro que quem ouve as críticas tão contundentes do empresário, pode achar que ele está numa ‘posição privilegiada’ (termo que progressistas usam à exaustão). Mas Hang nem sempre foi um empresário de sucesso. Ele começou a vida trabalhando na expedição, se formou em Tecnologia da Informação pela Furb e, trabalhando como vendedor, viu o potencial que as vendas têm. Comprou com um sócio uma tecelagem com quatro teares e começou a trabalhar 24 horas por dia e sete dias por semana. Em três anos ele passou de uma empresa com um funcionário e quatro teares a uma com 200 funcionários e 60 teares. Montou uma tinturaria, uma malharia e até um bar que teve cerca de 40 colaboradores.
"Acredite: você é a diferença. Acredite que você pode tudo, que você consegue tudo com força, trabalho 24 horas. Você tem que estar o tempo todo ligado naquele negócio que você gosta para fazer. Mas também tem muitas coisas que você nunca fez e que você também consegue fazer. Um empreendedor precisa gostar do que faz, mas precisa também ganhar dinheiro. Você trabalhar, trabalhar, trabalhar em um negócio que dá prejuízo... troca de lugar. Vai fazer outra coisa", aconselha.
Ele conta que em uma palestra na Fundação Dom Cabral, como uma psicóloga chamada Katherine, aprendeu que uma pessoa nasce com 419 talentos e diz que está buscando os seus até hoje. “Já fiz uns 20, 30, 40 negócios diferentes. E vou fazer. Eu já vendia tecido, vendia cama/mesa/banho, vendia tapete... quer dizer, você vai aprendendo tudo. Você pode tudo. Você é a diferença", discorre.
Sobre o chamamento para a política, afirma que foi uma necessidade. Visionário e futurista, ele afirma que o povo brasileiro abriu os olhos e a cabeça. "Nós temos que extirpar a esquerda do poder. Na realidade a esquerda fez mal para muitos países e matou mais de 100 milhões de pessoas... na Alemanha Oriental, China, Cuba, Venezuela, Rússia”, ressaltando que esse o Brasil que ele não quer.
Mas qual Brasil ele quer? Um que seja mais parecido com os Estados Unidos, onde o emprego e as empresas possam prosperar sem depender de um político.
Militante político de Direita e conservador, além de apoiador entusiasta do presidente Jair Messias Bolsonaro (PSL), Hang sentiu o lado negativo da notoriedade. Diariamente são ataques por parte da imprensa tendenciosa, mentiras e todo tipo de malícias, mas ele leva de forma positiva, dizendo: “Isso é prova de que eu estou do lado certo. Ninguém bate em cachorro morto ou em pé que não dá fruta”. E a maior prova do quão tendenciosa à canhota é a imprensa brasileira é essa patética CPMI das Fake News, onde apenas formadores de opinião de direita são abordados. Cadê o Incercept e o fruto do crime cibernético que cometeram?
Hang é hoje um patriota defendendo a bandeira brasileira, as cores do Brasil, defendendo o livre mercado, uma educação de qualidade sem ideologias, onde as escolas sejam plurais... com todos os partidos. Não como é hoje, onde há apenas a esquerda, que dominou o discurso universitário, onde advogados, jornalistas e médicos saem “comunistas”, nas palavras dele. “As universidades foram mais para o lado humano e deixaram a matemática, a inovação, a ciência, a tecnologia, as matérias que precisam ser ensinadas aos alunos brasileiros para que possamos desenvolver o país”, pondera, “onde pode ficar discutindo a vida toda o sexo dos anjos e não chega a resultado nenhum”.
Quando criança eu tive a oportunidade de conhecer a União Soviética, um ano antes de Gorbatchov derrubar a Cortina de Ferro. Luciano também esteve lá, bem como em Berlim Oriental e se perguntou, "Como podem tão poucos fazer mal para tantos?", respondendo, “são uma dúzia de vagabundos que estão no poder e que deixam milhões (na época, 44 milhões) de alemães numa cerca onde muitas pessoas morreram tentando atravessar e o estado quebrado do jeito que eu vi lá, a URSS quebrada. Eu vejo muitos esquerdopatas no Brasil, mas eles nunca saíram da rua deles. Nunca saíram do bairro deles. No máximo, da cidade deles. São esses que estão defendendo o Comunismo. Se eles fosse visitar países bons como os Estados Unidos, Coréia do Sul ou Cingapura, países que deram certo e países que não deram certo eles veriam qual é a ideologia que daria certo ou não”. Certamente a Esquerda de Copacabana discorda, mesmo quase nunca saindo de Copacabana. E isso é uma verdade. Estive em Cuba por seis meses. Um país onde crianças se prostituem em troca de material escolar. Um absurdo.
Questionado sobre a ditadura do STF e o direito que o Estado tem sobre os imóveis que você compra, Luciano respondeu: “O Brasil é um país comunista onde tem estados mais comunistas ainda, como o Rio Grande do Sul, o Rio de Janeiro, a Bahia e esses estados têm os piores IDH, ofertas de emprego e estão quebrados na gestão pública. O Brasil é um país comunista onde tudo depende de um burocrata, um político ou do serviço público. Isto nós precisamos acabar”.
Recentemente ele inaugurou um relógio chamado Atrasômetro no Rio Grande do Sul e em Joinville. O conceito é um billboard (chamado erroneamente no Brasil de outdoor) mostrando quantos dias a Havan tem que esperar por licenças e alvarás de prefeituras incompetentes.
Mas essa não é a única briga que o engajado empresário comprou com o Poder Público. Quem não lembra de suas críticas contundentes contra radares eletrônicos? “Bolsonaro também é contra os radares. Na verdade, radar é corrupção mais arrecadação. Não é educação”, ele diz, lembrando quando, em Brusque, o ex-prefeito Paulo Eccel (PT) queria instalar 30 radares na cidade para multar ao invés de educar. “Começa a educar o aluno na escola a respeitar faixa de pedestre, velocidade. Demora mais, mas é perene. O outro é para ganhar dinheiro e comissão”, diz.
Recentemente o empresário criou um novo personagem, o Capitão Brasil. Um amálgama entre Capitão América e Superman, o Capitão Brasil luta contra a burocracia, o carimbo, a licença, o alvará, o excesso de norma, o burocrata que senta no seu projeto e não deixa sair e a demora para você construir uma empresa. Visionário do marketing, ele também fez muito sucesso na internet quando lançaram o ‘Funko Pop do Véio da Havan’. Com o sucesso da campanha eles estão estudando criar bonecos de 10 cm do Capitão Brasil. Uma ação didática.
Outra curiosidade é que o nome ‘Havan’ nada tem com a decadente capital de Cuba, mas sim com as junções do sobrenome Hang (HA) com o nome Vanderlei (VAN), que foi seu primeiro sócio. Sobre a identidade visual única da empresa, ele conta: “Eu adoro os Estados Unidos. A terceira loja que eu montei eu queria uma loja que eu pudesse replicar com uma identidade. Aí peguei a fachada da Casa Branca”. Foi quando uma criança de sete anos sugeriu que ele usasse também a Estátua da Liberdade (representação da deusa romana Libertas). “Estamos feliz da vida com a estátua, que é o maior símbolo que poderíamos ter pegado. Da liberdade. Que a Esquerda não gosta”, decreta.
Outra escolha acertada da loja foi o Castelinho da Moellmann, aqui em Blumenau. Desenvolvido pelo arquiteto Henrich Herwig em 1978 como uma réplica da prefeitura da cidade alemã Michelstadt, o prédio é hoje o cartão postal mais fotografado de Santa Catarina.
Perguntado sobre como crescer em momentos de crise, Luciano afirmou: “A Havan sempre cresceu. Antes do Collor nós vínhamos crescendo assustadoramente, o Collor, abrindo a exportação, crescemos mais ainda. Eu só não cresci em 2015 e 2016 por causa da Dilma. Foram anos terríveis. Crescemos 35% em 2017 e 45% em 2018. Esse ano devemos crescer entre 50% e 55%", revela.
E a dica que deu, foi: “Investir em época de crise dá certo. Você já sai na frente. E como você investe em época de crise? Fazendo diferente, sendo diferente, produto diferente. A Havan tem uma gama de coisas que é diferente da concorrência e vamos continuar sempre tentando ser diferentes para continuar crescendo. O Brasil ano que vem deve crescer uns 2,5%, no outro ano quem sabe 3% e se continuarmos com essa equipe econômica, equipe de governo, governo Bolsonaro, nos próximos oito anos, o Brasil vai se transformar naquela nação que nós tanto queremos. De crescimento e com a mentalidade de empreendedorismo e Meritocracia e não de conformismo e de funcionalismo público”.
Ao final, ele afirmou que não pretende se candidatar a nada. Nem governador ou presidente. Apesar da certeza de que ganharia, ele diz que é apenas um patriota. “Nos próximos anos foco na Havan e mais foco ainda no país, mas sendo um ativista e sendo alguém que possa mostrar para o brasileiro o que é certo e o que é errado sendo um voluntário político. Eu não preciso do governo, não vendo nada para o governo, não pego dinheiro do governo. Eu quero um país para todos os brasileiros e não para um pequeno grupo político com a incapacidade que eles têm de gerir qualquer coisa. Não dariam certo na Iniciativa Privada, então eles vão para um lugar onde eles não precisam mostrar que são bons e sim que eles são enganadores, uns aproveitadores da máquina pública”, concluindo, “2022 é Bolsonaro presidente. O melhor presidente da nossa história. Fala a verdade, é contundente, não tem medo de nada, chuta o pau da barraca e tem a melhor equipe de ministros da nossa história".
"Não tenho sombra de dúvidas: o Brasil vai deslanchar. E acabar com a Esquerda: PT, PCdoB, PSOL, PDT, REDE... tudo farinha do mesmo saco", diz, terminando com: “Eles se infiltraram na Educação e na imprensa. É que nem pé de borracha... já viu pé de borracha? As raízes vão profundas, elas chegam a entrar em cano de plástico. Isso é a Esquerda", enquanto a entrevista se encerrava com o proativo empresário pedindo para a sua equipe uma foto de um pé de borracha.
Essa semana que passou, Hang – mostrando grande coerência entre seu discurso e suas ações – suspendeu os anúncios com a Rede Globo, empresa que ataca incansavelmente o atual presidente.
Numa época polarizada – como já foi no passado – a coragem de Luciano Hang faz mais do que inspirar seus fãs. Ele inspira outros empresários a tomar partido na luta política. Algo que muitos morrem de medo de fazer, temendo prejudicar suas vendas. Mostrando sua personalidade punjante, o empresário brusquense sai na frente novamente e faz a diferença fazendo diferente. Porque ele sabe que mais do mesmo nunca levará ninguém a lugar algum.
E nada melhor para encerrar essa matéria do que uma citação do ex-presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo que, ao reconhecer o PT como partido político em seu gabinete em 1980, disse: “Vocês querem, então vou reconhecer esse sindicato como partido. Mas não esqueça que esse partido um dia chegará ao poder e, lá estando, tudo fará para institucionalizar o comunismo. Nesse dia vocês vão querer tirá-los de lá. E para tirá-los de lá será à custa de muito sangue brasileiro”.