Começa a corrida pela Prefeitura de Blumenau
Foto: Rick LatorreThursday, 01 October 2020
Conheça um pouco sobre os 12 candidatos.
Oficialmente está aberta a temporada de campanhas eleitorais para a Prefeitura Municipal de Blumenau. Ao todo são 12 candidatos, alguns mais conhecidos, outros menos.
A propaganda de massa ainda não começou e muitas pessoas ainda ficam em dúvida sobre quem é quem nesse jogo que define quem administrará a cidade onde vivemos. Além dos nomes mais conhecidos, ou pessoas próximas, o que o eleitor vai ter para conhecer essa dúzia de candidatos é a propaganda. E todos sabemos que propagandas nem sempre fala verdades.
Abaixo colocaremos uma lista neutra com os perfis dos concorrentes à cadeira de prefeito (a).
Ana Paula Lima
PT
13
Ana Paula é enfermeira e foi primeira-dama de Blumenau, durante o governo de Décio Lima (PT). Representa junto com o esposo a força mais poderosa do partido na cidade e uma das mais relevantes no estado. Foi deputada estadual por Santa Catarina quatro vezes e por muito pouco não garantiu uma vaga na Câmara Federal em 2018.
Foi candidata à prefeitura em 2012. Era tida como a favorita, mas sequer conseguiu entrar para o segundo turno. Representa uma sigla partidária que nunca teve grande aceitação no município e vem perdendo cada vez mais desde o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
Débora Arenhart
Cidadania
23
Professora universitária, formada em Direito, muito ligada à Educação na primeira infância e presidente da Associação da Mulher Unimediana há 17 anos, ela não tem experiência política ou eleitoral, além de vir de um partido (antigo PPS) com pouquíssima estrutura.
Em chapa pura (ou seja, sem se coligar com outros partidos) também não conta com nenhum nome forte como vice e seu maior divulgador é o vereador Bruno Cunha, cuja votação (sem ter que envolver Jesus para isso) foi a maior da legislatura passada.
Geórgia Faust
PSOL
50
Professora com mestrado em Educação, militante feminista e simpática à causa animal, Faust teve 3.424 votos em 2018, quando foi candidata a deputada estadual. Além de sua pouca experiência política e do peso crescentemente negativo que a palavra ‘militante’ vem tomando, ela representa a arcaica ideologia socialista que, além de se provar ineficaz, deixa milhões de pessoas passando por necessidades na maioria dos locais onde foi implantada.
Ivan Naatz
PL
22
Naatz é uma caricatura de si mesmo. Eternamente candidato derrotado à Prefeitura de Blumenau, foi vereador e agora é deputado estadual. Iniciou brigas desnecessárias na Câmara para defender que a namorada de seu filho pudesse trabalhar em seu gabinete (o que não é nepotismo, mas é imoral), ameaçou o atual prefeito (então vereador) em uma sessão e teve um bate-boca vergonhoso com Edson Brunsfeld no salão nobre. É o típico perfil de pessoa que quer falar o que pensa, mas não suporta ouvir as respostas.
Aposta suas fichas no impeachment do governador Carlos Moisés sem perceber que tal protagonismo já foi tirado de suas mãos faz tempo.
Dizem que Naatz é um bom advogado. Vivia postando fotografias de causas ganhas em suas redes sociais. Dizem que isso não era permitido, mas não sou advogado para julgar. Naatz teve um papel irrelevante na Alesc (Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina) até encontrar a oportunidade de usar o impeachment do governador como trampolim eleitoral.
Numa matéria anterior na qual falamos sobre ele (e os demais 12), Naatz entrou com um pedido de liminar para tentar tirar a matéria do ar. O pedido foi negado. Mas, muito claramente, é uma pessoa pública que flerta com a censura. E isso nunca é bom.
Jairo Santos
PRTB
28
Por quase toda a vida Santos foi funcionário público. Seja para o município, estado ou União. Atualmente advogado, Jairo se alegra ao contar que gabaritou a prova da OAB e começou a ficar conhecido quando foi diretor do Presídio Regional de Blumenau.
Anos se passaram e quase todos os ex-diretores do presídio foram presos por corrupção na Operação Regalia, menos Jairo. É um bom indício de honestidade, certamente. Depois disso ele foi diretor da Praça do Cidadão, onde teve uma gestão exemplar e criou patamares até hoje muito difíceis de alcançar. Contudo, candidato a vereador pelo PSDB em 2016, obteve pouco mais de 1,3 mil votos.
Com a vida eleitoral começando no PSTU (partido de extrema-esquerda) e hoje um bolsonarista de fé cega, ele conta com o apoio institucional do general Hamilton Mourão (vice-presidente da República) e crê que seja um grande ponto de partida.
Jairo hoje é advogado criminalista e parte da sua vida foi no Exército, de onde saiu como sargento.
João Natel
PDT
12
Respeitado médico neurologista, Natel teve um excelente desempenho à frente da reitoria da Furb nos oito anos em que esteve no cargo. Foi um bom administrador. Contudo, por insegurança ou precaução, não tentou alçar vôos maiores na época (como a Alesc). E com isso perdeu seu momento. Agora, fora dos holofotes, são poucos eleitores que lembram dele.
Um cavalheiro educado, culto e inteligente... é realmente inacreditável que esteja no partido de alguém tão obtuso, ignorante (com falsa cultura) e tóxico quanto Ciro Gomes, ex-candidato à Presidência da República.
João Paulo Kleinübing
DEM
25
Ex-prefeito por dois mandatos consecutivos, JPK ficou famoso por seu viés anti-petista ferrenho, até por ter sido antecedido por Décio Lima. Teve obras importantes para a cidade, como a Vila Germânica e o Complexo da Ponte do Badenfurt e é lembrado com muito carinho por um enorme número de pessoas, principalmente das classes mais altas.
No final do seu mandato foi acusado de participar de esquemas de corrupção na Operação Tapete Negro (que fomos os primeiros a noticiar). Isso prejudicou a sua imagem, mas nem tanto: em 2014 se elegeu deputado federal com a incrível marca de 132.349 votos, sendo mais de 46 mil só em Blumenau. Mais tarde assumiu a Secretaria de Estado da Saúde, a presidência do Badesc e foi inocentado das acusações do Tapete Negro.
Mário Hildebrandt
Podemos
19
Formado em Administração e Serviço Social pela Furb e pós-graduado em Contabilidade, foi voluntário no Cerene (Centro de Recuperação Nova Esperança) nos anos 90, secretário de Assistência Social do município durante o governo JPK, vereador por dois mandatos, vice de Napoleão Bernardes (PSDB) em 2016 e prefeito desde que Popô decidiu se aventurar pelo Governo do Estado e fracassou.
Hildebrandt tem cumprido um mandato-tampão à frente da Prefeitura e precisou encarar a Pandemia Global da Covid-19. Apesar disso foi responsável por obras estruturais bastante relevantes e tem grande aceitação entre uma significativa parcela da população.
Mário Kato
PCdoB
65
Kato é médico sanitarista, geriatra e professor na Furb. Disputa a vaga que anteriormente tinha sido tentada por Arnaldo Zimmermann (hoje no PSB).
Apesar de pessoas comentarem sobre a gentileza e simpatia de Kato, não podemos nos furtar de lembrar às pessoas que a sigla de sua agremiação significa Partido Comunista do Brasil e que o Comunismo foi responsável pela morte de dezenas de milhões de pessoas (cerca de 500 mil na Polônia, 35 mil na Mongólia, mais de 150 mil na ex-União Soviética, quase 50 milhões de pessoas na China, 7 milhões no Camboja, 100 mil na Bulgária, 100 mil na Alemanha Oriental, 300 mil na Romênia, 400 mil na Coréia do Norte, 150 mil no Vietnã do Norte e 500 mil na Etiópia, além de muitos outros). Apenas esses números apresentados dariam um total de 59 milhões de pessoas morta pela fome ou execução da patrulha ideológica. Mas o número real pode ser o dobro disso. Para que tenhamos uma ideia da proporção desse número o Nazismo matou 10 milhões de pessoas... número bem inferior ao Comunismo.
Dessa forma, com a mesma justiça que o Nazismo é criminalizado, não podemos falar de um regime genocida como o Comunista ignorando o sangue em seus ideais sem ser coniventes com o massacre de inocentes. Em um país justo, esse termo seria tão banido quanto o nazismo.
Odair Tramontin
NOVO
30
Tramontin foi um dos mais combativos e assertivos promotores do Ministério Público de Santa Catarina. Ele foi o primeiro coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em Blumenau e causava terrores noturnos em maus políticos.
Com a história de Eliot Ness e a aparência de Dirty Harry, ele tem se mostrado como forte defensor da Moralidade Pública em um país que ainda amarga a perda de Sérgio Moro.
Ricardo Alba
PSL
17
Alba começou sua escalada pública ajudando a promover os protestos pelo impeachment de Dilma Rousseff. Teve sucesso, se destacou e garantiu, por mais de uma vez, que não usaria isso para se candidatar a vereador. Em 2016 se candidatou a vereador. Teve excelente votação.
Seu primeiro ano no Legislativo foi muito bom. Depois ele começou a concentrar mais forçar em atacar os outros do que construir algo positivo. Com as eleições de 2018, apostou todas as suas fichas no candidato lunático (porém único que tinha popularidade para bloquear o PT, Jair Bolsonaro). Candidatou-se a deputado estadual e foi o mais votado de Santa Catarina.
Dali para frente tentou repetir a estratégia com o governador Carlos Moisés, mas dessa vez não deu certo. Alvo de muitas críticas por conta de suas ações na pandemia, Moisés atravessa um processo quase certo de impeachment e Alba, seu ex-aliado, vendo que a popularidade do governador ruía trocou de lado. E a falta de lealdade nunca é bem vista: nem pelos políticos, nem pelos eleitores, nem por... ninguém.
Wanderlei Laureth
Avante
70
Laureth é empresário e ficou conhecido em 2017 ao assumir a presidência do BEC (Blumenau Esporte Clube), um time com uma saudosa, barulhenta e grande torcida. Porém, sem coesão política. Laureth estréia sua candidatura e não tem atos públicos ou obras para serem comentados.
O MAIS FUNDAMENTAL É: NÃO IMPORTA EM QUE VOCÊ FOR VOTAR, VOTE CONSCIENTE.