Faltando menos de uma semana para as eleições municipais, o BLUMENEWS resolveu fazer um ‘bolão’ para tentar adivinhar quem irá preencher as 15 cadeiras do Legislativo. Que fiquei claro que não é pesquisa e tampouco pedido de voto para alguém: é apenas uma análise dos nomes mais fortes que podem conseguir uma vaga na Câmara.

Por conta da legenda partidária, é quase certo que o Podemos (partido do prefeito) faça duas cadeiras. PSDB e PSD também têm chances, mas muito menores.

Começando em ordem alfabética, o Cidadania está em dois extremos: se por um lado pode fazer o vereador mais votado da cidade, por outro lado vai ter que correr muito para conquistar o direito a uma vaga no Legislativo. Essa vaga, se conquistada, pertence a Bruno Cunha, com toda a certeza. Bruno que pode fazer mais votos que a própria candidata da sua majoritária, Débora Arenhart. Ele entrou forte em seu mandato em 2016, apenas crescendo em popularidade e relevância. É um dos poucos representantes da dita ‘Nova Política’ que, de fato, fez uma política nova e surpreendeu positivamente. O acento é dele.

O DEM vai ter uma disputa curiosa. De um lado, um desidratado Marcos da Rosa, que perdeu grande parte do apoio evangélico que tinha. Do outro lado, o sempre subestimado Oldemar Becker, que causou constrangimentos a si mesmo. Dependendo do quanto os evangélicos se engajem na conversa de Rosa e do quão o eleitorado de Becker seja capaz de relevar as patacoadas que ele fez, a luta pode ser ou não acirrada. Marcos da Rosa leva vantagem.

O MDB está na coligação de Mário Hildebrandt e, só por isso, tem alguma chance de fazer um acento. Nesse caso, talvez Álvaro Pinheiro. Ainda assim é uma chance pequena.

O Patriota elege o Professor Gilson com folga. Assim como o Cidadania, está na coligação do prefeiturável Ricardo Alba e tem muito mais relevância que os demais (PROS, PSC. DC e PTB). Gilson talvez tenha sido o que se destacou mais puramente como bom exemplo de ‘Nova Política’ e sua cadeira é certa. Trabalhou duro por quatro anos e tem correligionários com relevância o bastante para tornar ainda mais certa a sua vaga.

O PDT, que tenta eleger o professor João Natel como prefeito, deve conseguir perfeitamente conquistar uma vaga na Câmara. Essa, pela lógica, ficaria com César Cim. Apesar de Cim não ter votações extremamente relevantes, ele está vereador (suplente, na verdade) e mostrou trabalho nesse mandato. Como ‘homem de leis’, ele é respeitável e tem seu eleitorado fiel.

A situação já não é tão tranqüila assim para o PL. O vereador Ito de Souza detém o mandato. E teve uma bela atuação. Aterrorizou maus fiscais e tornou-se persona non grata para muitos no Executivo. Pela lógica, seria o favorito, mas há um porém. João Paulo Taumaturgo, o ‘Coveirinho’, teve excelente votação no passado, está fazendo uma campanha ostensiva e conta com apoios que passam longe de Ito. O mais provável é Taumaturgo levar.

Partido do atual prefeito, o Podemos faz tranquilamente duas vagas. A primeira é sem sombra de dúvida do atual presidente da Câmara, Marcelo Lanzarin. Além de ter um desempenho respeitoso na presidência e uma boa vereança, Lanzarin tem feito uma das mais bem organizadas campanhas digitais. Merece parabéns. A segunda cadeira fica entre Tubarão (que costuma fazer boas votações) e Loureiro (ex-presidente da Pró-Família que soube usar a plataforma que tinha como agente divulgador). Em nossa opinião, Cristiane Loureiro fica com a segunda vaga.

O PP está com Kleinübing, que deve fazer uma votação expressiva. Logo, garante uma vaga. A disputa tem sido acirrada, mas Almir Vieira, atualmente vereador, leva vantagem. Além do seu eleitorado fiel, há seus projetos para melhorar a região do Grande Garcia e isso pode agir como impulsionador para sua campanha. Além, claro, dos eleitores fieis de sempre, como supracitado.

A briga no PSD promete ser feia. Isso, caso o partido não faça duas cadeiras, claro. De um lado temos o delegado Rodrigo Marchetti, que conta com uma estrutura respeitável e com uma equipe extremamente qualificada. Tudo para ser um rolo compressor dentro da sigla. No entanto, do outro lado, temos a pastora Silmara Silva Miguel, que traz consigo o apoio massivo na Nação Evangélica de Blumenau. E sabemos o poder que essa entidade tem para fazer os ‘eleitos mais votados’. Eu, sinceramente, acho que o partido faz duas cadeiras: uma para cada.

Também ver ter briga no PSDB. Tripla. Zimmermann e Matias, que são vereadores, vão disputar uma vaga. Por fora, vem Fernando Mantau, filho de Jens. Sylvio Zimmermann é o favorito e deve conquistar sua vaga. Já tem um eleitorado bastante leal e conquistou mais algumas pessoas no decorrer do mandato. Contudo, não podemos esquecer que a vice de Mário é tucana. Por isso, algumas lideranças partidárias acreditam em duas cadeiras. Nesse caso, a minha aposta seria Fernando Mantau. O esforço que seu pai, Jens, tem feito para transferir seu tradicional eleitorado ao filho é hercúleo. E a palavra de Jens tem peso e respeito.

O PSL, de Alba, deve eleger diretamente Carlos Wagner, o Alemão da Alumetal. Liderança no Vorstadt e Ponta Aguda, Wagner está nessa luta faz tempo e por mais de uma vez quase conseguiu. É natural que consiga agora. Na verdade, seria espantoso se não conseguisse.

O PT faz uma cadeira. Não tem voto o bastante para o Executivo, mas para uma vaga no Legislativo ainda deve ter. Nesse caso, Adriano Pereira. Como a cidade nunca foi muito simpática aos ideais petistas, Pereira foi inteligente e se manteve afastado da ala ideológica com partido. Fez suas cobranças e uma oposição muito inteligente, que trouxe para si e para aqueles representados por ele, benefícios. Ele sabe criticar quando seus eleitores precisam que critique, mas sabe agradecer quando a prefeitura faz algo por eles. A vaga é dele.

Por último, na ordem alfabética, o Solidariedade. Jovino enfrentando Zeca Bombeiro. Zeca tem um número gigante de detratores e seu trabalho passa longe de ser exemplar, na opinião de muitos. Já Jovino, que é polêmico e usa cueca de couro, conta com eleitores que angaria desde que surgiu e são absolutamente fieis a ele, além do apoio da Igreja Evangélica e de tantas comunidades que ele ajudou desde que entrou para a política. Pelo seu perfil independente e sua importante atuação no desaparecimento dos radares móveis escondidos que covardemente multaram sem prevenir um acidente sequer, Jovino Cardoso deve ficar com a vaga.

Como fica o nosso bolão?

1. Adriano Pereira (PT)
2. Alemão da Alumetal (PSL)
3. Almir Vieira (PP)
4. Bruno Cunha (Cidadania)
5. César Cim (PDT)
6. Cristiane Loureiro (Podemos)
7. Delegado Marchetti (PSD)
8. Fernando Mantau (PSDB)
9. João Paulo Taumaturgo (PL)
10. Jovino Cardoso (Solidariedade)
11. Marcelo Lanzarin (Podemos)
12. Marcos da Rosa (DEM)
13. Professor Gilson (Patriota)
14. Silmara Miguel (PSD)
15. Sylvio Zimmermann (PSDB)

Que fique claro que o bolão é apenas um exercício de criatividade. Não tem por intenção promover ou suprimir ninguém (até porque nem todos os nomes da lista são de pessoas que achamos que merecem estar lá). E também que a disposição foi em ordem alfabética conforme os nomes com os quais os candidatos tem se apresentado.